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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Morrendo na praia

"O prudente procede com conhecimento, mas, o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

O prudente oposto ao insensato; os predicados de ambos, também; àquele, conhecimento; a esse, loucura.

Uma característica amalgamada à prudência é o recato, pois, sendo a “ciência do santo”, muitas vezes o faz ciente de que certos pleitos não valem à pena; prefere silenciar a entrar num litígio inglório. Entretanto, o insensato “espraia sua loucura.” Isto é; espalha-a de modo amplo como a vastidão da praia.

Prudência é uma virtude sapiente, não, moral; digo, deve tributos mais à experiência que aos valores. Assim, mesmo tendo razão, eventualmente, mas, sabendo os inconvenientes de uma disputa e os pífios resultados possíveis, o prudente prefere ignorar afrontas e ficar em paz.

No aspecto da doutrina cristã, porém, quando uma heresia é posta em relevo, só um pusilânime optaria pelo silêncio, quando, seu zelo de Deus deveria ser um impulso ao combate.

No Velho Testamento, onde, o contexto era de inserção do povo na Terra Prometida muitas guerras foram necessárias e, quem se omitisse em um combate era amaldiçoado; “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

Então, embora seja prudente não atirarmos pérolas aos porcos, omissão quando deveríamos falar não é prudência, antes, covardia. Com pretexto de tolerância, inclusão, paz, muitas cobras e lagartos têm sido lançados entre os cristãos, que, para “não polemizar” permitem um mosaico de ensinos e posturas espúrias, onde deveria viger apenas a Palavra de Deus.

Um truque diabólico é fundir tolerância com aquiescência, como se fossem a mesma coisa. Tolerar é coexistir em paz, isso é fácil; mesmo discordando coexistimos com qualquer credo; aquiescer seria concordar, aí depende. Se, no Pacto Antigo maldito era quem evitasse a luta, no Novo, é quem falsifica a doutrina: “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gál 1;9

Circula um texto atribuído ao Frei Beto, onde ele equaciona a preconceito dizer que são erros os sacrifícios de macumba oferecidos nas encruzilhadas. Deus sendo amor aceitaria qualquer um que expresse do seu jeito sua fé. Para quem se dispôs a discursar em defesa de um condenado com uma faixa advogando o aborto adiante, não consigo imaginar que autoridade ele tem.

Para início de conversa a Palavra de Deus não é nenhum um pouco inclusiva, doutrinariamente. Se, a mensagem é para todos; “pregai o Evangelho a toda a criatura”, a forma de entrada é única, terminante, radical; “Ninguém vem a Pai senão, por mim”.

Quanto a oferendas para orixás, ou, velas para imagens a Palavra é categórica: “Portanto meus amados fugi da idolatria. Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão, um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão. Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas, que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, sacrificam aos demônios, não a Deus. E não quero que sejais participantes com demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da dos demônios.” I Cor 10;14 a 21

O Senhor chamou aos hipócritas, sepulcros caiados, assassinos, todos pelo nome. Quem disse que amor condescende com mentira, hipocrisia, ou, sacrifica a verdade? Se, estou prestes a pisar no poço de areia movediça e outrem que sabe e vê não me avisa para me salvar é um filho da mãe, não, alguém que ama.

Há enorme diferença entre ser incluído na Igreja, e ingressar no Reino de Deus. Se a coisa toda se resume à Terra apenas, quem precisa de Igreja? Agora, se há um juízo com recompensas além, quem autorizou-nos a adulterar os termos Divinos?

Não são pendores “politicamente corretos” nem comichões por aplausos humanos que encontraremos lá; antes, “... a palavra que tenho pregado; essa o há de julgar...” Jo 12;48

Em suma, uma banana pro cantado em prosa e verso, ecumenismo; outra aos falsificadores da Palavra que espraiam sua loucura ante ouvidos incautos; o servo prudente é remédio amargo, uma vez que se mantém fiel à Palavra, todavia, é medicinal.

Os “inclusivos” não passam de encantadores de serpentes; suas flautas não tocarão lá; é lugar de ovelhas; a essas basta a voz do Bom Pastor.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Encantadores de serpentes



“Odeio, desprezo as vossas festas, vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro. Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, a justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5; 21 a 24   

Quando uma oferta era aceitável a Deus, a Bíblia diz que subia em “cheiro suave ao Senhor”. Aqui, o Eterno está desprezando um culto solene, bem como as oferendas “pacíficas”. 

Havia dois tipos de sacrifícios, o expiatório e o pacífico. O primeiro era associado a uma confissão de culpa, busca de remissão pelo pecado cometido. O segundo, como o nome sugere, pacífico, presumia que o servo estava em paz com Deus. Ofertava em adoração, gratidão por bênçãos recebidas. 

Deus disse: “Corra, porém, o juízo como águas, a justiça como ribeiro impetuoso.” Implica que estava identificando injustiça nos “fiéis”.  Contudo, cultuavam, cantavam no templo em “paz” com Deus.

Sua falta de noção em relação ao Santo os levava a prestarem um culto, ostentação, que agradava e eles próprios apenas. “E oferecei o sacrifício de louvores do que é levedado; apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus.” Cap 4; 5 

Ofertas com fermento eram vetadas, contudo, ofereciam, em atenção ao próprio prazer, invés do Divino. 

Quando o culto se torna um fim, não é melhor que qualquer clube recreativo, onde, as pessoas vão se divertir; na verdade é pior, pois, lá não se profana o nome do Santo.

Quem santifica sua própria vontade, naturalmente rejeita a de Deus e quem  anunciá-la. “Odeiam na porta ao que os repreende, abominam ao que fala sinceramente.”  5; 10 

Esse mesmo mal permeia os cultos modernos de uma igreja, em sua maioria antropocêntrica, ostensiva, pouco afeita à Palavra de Deus.  Os “louvores” que seriam nossa “oferta pacífica” ganham espaços dobrados em relação à Palavra, ou, oração. Muitas letras têm pouco, ou nada, de bíblicas, mas, é o que ensinamos em forma de cânticos. 

Somos radicais “do bem”. Explico: Enquanto radicais islâmicos matam sumariamente aos que recusam abraçar sua fé, nós agradamos educadamente aos mortos que querem se divertir em nosso meio. Matamos também, contudo, somos muito mais civilizados. 

O pregador que opta por ser agradável invés de medicinal, não passa de um encantador de serpentes. Os bichinhos se contorcem inofensivos ao som de sua “música”; vão e voltam de posse de seu veneno. Em tempos como esse, da ditadura do “politicamente correto” e pressão por ecumenismo, isso tende a recrudescer. 

Contextualizar a mensagem é uma boa prática, desde que, isso signifique verter valores eternos para a linguagem corrente; não perverter o que é Santo, para adaptar ao gosto de uma geração perversa, sem noção. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30; 12. 

Paulo falou dos inimigos da cruz; Pedro e Judas dos pastores de si mesmos. Aqueles buscam religião como entretenimento; esses, como fonte de renda, meio de ganhar a vida. 

A definição precisa de nossa função é um tanto diversa. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” I Cor 5; 19 e 20  

Sim, embora não pareça, a questão é de inimizade entre a humanidade e Deus. Enquanto a paz não for refeita mediante Cristo, não há espaço para culto pacífico. 

Ímpios religiosos sempre irritam a Deus. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos e tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito,  eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 16 a 21 

Exortando sobre a seriedade do louvor sem noção, Salomão o figura como um caminho, um jeito insano de andar. “Guarda teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.” Ecl 5; 1