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domingo, 1 de março de 2020

Só Pra Contrariar


“Quanto aos profetas, meu coração está quebrantado dentro de mim; todos meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, como um homem vencido de vinho, por causa do Senhor e das Suas Santas Palavras.” Jr 2;39

Sempre que analisamos a atuação de um falso profeta o fazemos em face às consequências da mensagem sobre aqueles que lhes acreditam; nas expectativas falsas que ocasiona e no dano por iludir o povo.

Porém, além disso, seu “trabalho” também tem efeitos colaterais danosos sobre os que são verdadeiros; nada ameaça mais a um mentiroso que o concurso da verdade.

Elias teve que enfrentar a 850 profetas falsos; Micaías também arrostou inúmeros; foram os tais, que a todo o tempo se opunham a Jeremias que o lançaram num fosso, e um deles chegou a agredir ao profeta do Senhor.

“... sua carreira é má, sua força não é reta. Porque tanto o profeta, quanto o sacerdote, estão contaminados; até na minha casa achei sua maldade, diz o Senhor.” Vs 10 e 11

Há diferença entre pecar e profanar. Pecar é simplesmente errar o alvo, o propósito Divino para nós, o que todos, uns em maior, outros em menor grau cometemos; profanar é pecar nas coisas santas, nas consagradas ao Senhor. Um falso profeta como diz falar “em Nome do Senhor” sua falsidade o faz profano.

Enquanto um profeta veraz se ocupa em transmitir o que lhe foi dado pelo Senhor, independentemente das consequências, um falso se ocupa de tentar parecer verdadeiro, pois, seu alvo é ser aceito pelo povo, independentemente da reprovação Divina.

Só é digno de acato, pois, o que pode dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que vos anunciei...”

Como uma criança enferma que carecesse de uma injeção para restabelecer a saúde, se tivesse que escolher entre isso e comer chocolate prosseguindo doente, escolheria a segunda opção, assim o povo comum normalmente prefere o agradável ao saudável. Tende a ter em mais alta conta os falsos profetas que prometem facilidades festeiras, que os verazes, esses sisudos que visam restaurar a saúde espiritual dos que erraram o caminho.

Por isso, o ministério profético veraz, num caldeirão de falsidades como, onde costumam arder as paixões humanas é um sujeito que atua “só para contrariar”; avaliemos a chamada de Jeremias, prestando atenção à palavra “contra” por um momento; “Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte, coluna de ferro, por muros de bronze, ‘contra’ toda a terra, ‘contra’ os reis de Judá, ‘contra’ seus príncipes, ‘contra’ seus sacerdotes, e ‘contra’ o povo da terra.” Cap 1;18

Normalmente as pessoas honestas costumam ser ingênuas, pois, atribuem a outrem que desconhecem os mesmos valores que esposam; assim, inicialmente não veem maldade nos outros; costumam esperar por honestidade, pelos mesmos valores que em si habitam.

Quando Jeremias deparou com a apostasia, o desvio do Senhor, pensou ser um defeito da ralé apenas; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus...” Cap 5;4 e 5

Essa gentalha à toa não sabe das coisas, mas os do Sinédrio, os grandes sabem; vou falar com eles, pensou; Todavia, “... estes juntamente quebraram o jugo e romperam as ataduras.” V 5

O Senhor lhe dissera que entre os que deveria contrariar estavam os “príncipes do povo”, foi ingenuidade esperar diferente.

A orquestra do mundo regida por Satanás, cunhou nos últimos anos novos “pecados graves”; “Fundamentalismo, radicalismo e discurso de ódio”; como se, ter raízes, fundamento, e combater os pecados que O Senhor detesta fosse muito grave. De certa forma, aliás, a mensagem verdadeira traz um “discurso de ódio” sim; vejamos: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

Então, nessa reta final, além do paladar infantil duma geração sem gosto pela Palavra da Vida, os verdadeiros profetas terão que lidar com a oposição mortal do establishment ímpio; sofrer a amargura da rejeição; toda sorte de combates, pois, a iniquidade assumiu proporções tais, que Deus não é apenas rejeitado pelo mundo; antes, tem sido combatido, zombado, blasfemado em todo tempo.

Somos radicais, da “Raiz de Jessé”; Fundamentalistas; “Ninguém pode por outro fundamento além do que está posto, Jesus Cristo”; discursamos o amor Divino ao pecador, mas Seu ódio ao pecado.

Seremos tachados de inimigos da humanidade enquanto arriscaremos anunciar o Amor e a justiça do Salvador.

Ele prometeu nos abençoar por isso; “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.” Mat 5;11

Será que somos contra tudo, ou o mundo que está contra Deus...?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Encantadores de serpentes



“Odeio, desprezo as vossas festas, vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro. Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, a justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5; 21 a 24   

Quando uma oferta era aceitável a Deus, a Bíblia diz que subia em “cheiro suave ao Senhor”. Aqui, o Eterno está desprezando um culto solene, bem como as oferendas “pacíficas”. 

Havia dois tipos de sacrifícios, o expiatório e o pacífico. O primeiro era associado a uma confissão de culpa, busca de remissão pelo pecado cometido. O segundo, como o nome sugere, pacífico, presumia que o servo estava em paz com Deus. Ofertava em adoração, gratidão por bênçãos recebidas. 

Deus disse: “Corra, porém, o juízo como águas, a justiça como ribeiro impetuoso.” Implica que estava identificando injustiça nos “fiéis”.  Contudo, cultuavam, cantavam no templo em “paz” com Deus.

Sua falta de noção em relação ao Santo os levava a prestarem um culto, ostentação, que agradava e eles próprios apenas. “E oferecei o sacrifício de louvores do que é levedado; apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus.” Cap 4; 5 

Ofertas com fermento eram vetadas, contudo, ofereciam, em atenção ao próprio prazer, invés do Divino. 

Quando o culto se torna um fim, não é melhor que qualquer clube recreativo, onde, as pessoas vão se divertir; na verdade é pior, pois, lá não se profana o nome do Santo.

Quem santifica sua própria vontade, naturalmente rejeita a de Deus e quem  anunciá-la. “Odeiam na porta ao que os repreende, abominam ao que fala sinceramente.”  5; 10 

Esse mesmo mal permeia os cultos modernos de uma igreja, em sua maioria antropocêntrica, ostensiva, pouco afeita à Palavra de Deus.  Os “louvores” que seriam nossa “oferta pacífica” ganham espaços dobrados em relação à Palavra, ou, oração. Muitas letras têm pouco, ou nada, de bíblicas, mas, é o que ensinamos em forma de cânticos. 

Somos radicais “do bem”. Explico: Enquanto radicais islâmicos matam sumariamente aos que recusam abraçar sua fé, nós agradamos educadamente aos mortos que querem se divertir em nosso meio. Matamos também, contudo, somos muito mais civilizados. 

O pregador que opta por ser agradável invés de medicinal, não passa de um encantador de serpentes. Os bichinhos se contorcem inofensivos ao som de sua “música”; vão e voltam de posse de seu veneno. Em tempos como esse, da ditadura do “politicamente correto” e pressão por ecumenismo, isso tende a recrudescer. 

Contextualizar a mensagem é uma boa prática, desde que, isso signifique verter valores eternos para a linguagem corrente; não perverter o que é Santo, para adaptar ao gosto de uma geração perversa, sem noção. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30; 12. 

Paulo falou dos inimigos da cruz; Pedro e Judas dos pastores de si mesmos. Aqueles buscam religião como entretenimento; esses, como fonte de renda, meio de ganhar a vida. 

A definição precisa de nossa função é um tanto diversa. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” I Cor 5; 19 e 20  

Sim, embora não pareça, a questão é de inimizade entre a humanidade e Deus. Enquanto a paz não for refeita mediante Cristo, não há espaço para culto pacífico. 

Ímpios religiosos sempre irritam a Deus. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos e tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito,  eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 16 a 21 

Exortando sobre a seriedade do louvor sem noção, Salomão o figura como um caminho, um jeito insano de andar. “Guarda teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.” Ecl 5; 1