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sábado, 18 de agosto de 2018

A Medicina do Arrependimento

“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada; cujo pecado é coberto.” Sal 32;1

Se, Deus É Amor, como ensina João, Grandioso em perdoar, como disse Isaías, por que não perdoa geral, para que todos sejam bem-aventurados, felizes?

Porque o Perdão Divino não opera no vazio; é um contraponto ao arrependimento sincero. Assim, não havendo arrependimento não existe o perdão; pois, violaria o arbítrio que, O Santo preza, dar a alguém, o que esse alguém não deseja.

Então, mesmo que as consequências sejam nefastas, se, o pecador segue decidido em sua obstinação pecaminosa, o perdão olha de fora para tal alma, anelando pelo momento em que possa entrar.

O mesmo salmista confessou: “Quando guardei silêncio envelheceram meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou sequidão de estio.” Vs 3 e 4

Quer dizer: O sujeito pecou e se fechou em si mesmo, alienado do Senhor, silenciou. O silêncio é uma coisa boa no devido contexto; mas, não, quando até os ossos e o humor anseiam pelo bramido de arrependimento perante O Senhor que sara.

Talvez tenha meditado nesse canto, Salomão, o filho do autor, para reduzi-lo depois, numa sentença; “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas, o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

O que há de mais belo no arrependimento é que ele recoloca o carro e os bois nos devidos lugares. Isto é: Quando pecamos atuamos segundo a autonomia egoísta proposta por Satanás; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.” Olhamos determinada tentação e decidimos que é um bem, desfrutá-la; indiferentes ao conselho Divino pecamos. Após isso, o “peso da Mão do Senhor”, a consciência, nos adverte que foi mal; há, no âmago de cada um, o contraponto patenteando que o dito do maligno foi mentiroso; que, a despeito de nossas carnais inclinações, a decisão final sobre bem e mal não é nossa.

Assim, persuadida por uma consciência pesada, a alma aflita passa a desejar refrigério; sabedor que é um derivado do Perdão Divino, busca-o como um enfermo pela cura; Ou, cala-se, simplesmente sofrendo consequências como as que vimos. Assim, o tentador assassino enverniza seus sujos prazeres e diz: Vai que é tua! A carne imprudente, mal inclinada vai; depois, vem a consciência, faísca Divina, e nos adverte: Foi mal.

Arrependimento, pois, é minha alma divorciando-se eventualmente, da carne, prestando continência à consciência; sob seu conselho buscando reconciliação com Deus. “Confessei-te meu pecado; a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; tu perdoaste a maldade do meu pecado. Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão. Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento.” Vs 5 a 7

Assim, cambiar de uma situação de “ossos envelhecidos”, alma mal humorada, para outra de “alegres cantos de livramento” é uma tênue faceta da superioridade do Conselho Divino em relação ao usurpador.

Adiante, noutro cântico, Davi descreveu seu pecado de forma mais nítida ainda: “Porque conheço minhas transgressões; o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei; fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.” Sal 52; 3 e 4

Esse negócio de, “A serpente me enganou... a mulher que me deste por companheira... eu pequei, mas...” nada vale diante de Deus. Se, pequei, foi escolha minha; ponto. Quem apresenta justificativas não está arrependido, mas, peca novamente tentando fazer Deus injusto. Paulo sentencia: “Sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.” Rom 3;4

E os que pecam “sem culpa”? As consciências já não acusam? A resiliência no mal cauteriza-as; sua voz suave fica cada vez mais distante, de tanto ser ignorada, que é como se não falasse mais. São doentes terminais nas almas.

De alguns, O Senhor Misericordioso nem espera arrependimento; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda...” Apoc 22;11 Lembram do “ih ih, Jesus é Travesti”? Quando o lixo apodrece assim, nem recicladores querem.

A superabundante Graça Divina fica impotente ante a superabundante maldade humana consorciada com o capeta.

Convém ser cuidadosos como nossas consciências; “Conservando a fé; a boa consciência, à qual alguns, rejeitando naufragaram na fé.” I Tim 1;19

“O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.” Balzac