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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Os salvos; fora de si


“Rodearam-no os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, diga-o abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vos tenho dito, e não credes. As obras que faço, em nome de Meu Pai, essas testificam de mim.” Jo 10;24 e 25


O velho vício da transferência de culpa para se justificar. Não estavam crendo, não porque fossem incrédulos; antes, era O Senhor que fazia suspense.

Ele realçou a incredulidade deles e ainda evocou o testemunho das obras. Portanto, tinham o aval da Palavra do Senhor e dos feitos miraculosos Dele; se ainda assim não conseguiam crer, a causa deveria ser outra.

O Salvador pontuara a má vontade para com a Sua Mensagem como a razão; daí o consequente endurecimento do coração, e o fechamento às demais bênçãos. “Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram de mau grado; fecharam seus olhos para que não vejam nem ouçam e compreendam com o coração, se convertam e Eu os cure.” Mat 13;15

A Ação do Espírito Santo de convencer e persuadir pecadores ao arrependimento foi figurada como um transplante de órgãos, dada a dureza resultante de uma vida em pecado. “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e dos vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo; porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27

O processo de regeneração começa com tratamento “externo”; espalharei Água Pura “sobre” vós; sendo a água uma figura da Palavra; espalhar sobre relembra a parábola do Semeador que lançava a semente indiscriminadamente sobre todo tipo de solo; assim A Palavra é pregada “sobre” qualquer tipo de ouvintes; os que creem e frutificam, os ambíguos que mesclam com as coisas do mundo, e os incrédulos. Concomitante temos um tratamento “dentro” dos que serão purificados; espírito novo, coração novo, bênção exclusiva aos que dão crédito e se deixam moldar pela Palavra.

Como O Espírito Santo pode ser resistido, aqueles que, convencidos se fazem de desentendidos e desconversam justificando-se patenteiam sua escolha, que, prioriza ao “si mesmo” o qual deveria ser negado, invés do Salvador, do qual devemos aprender a ser mansos e humildes de coração.

Não se trata de não entender a mensagem, antes de entendê-la muito bem e compreender sua demanda estando afeitos demais às obras do escuro para aceitar as implicações da luz; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Culpar a Deus por minhas escolhas lembra uma pergunta Dele a Jó: “Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares?” Cap 40;8

No meio do direito humano existe uma máxima latina que reza: “In dúbio pró reo”; (Em caso de dúvida decida-se à favor do réu) no espiritual a coisa é mais complexa. A dúvida não é filha da sabedoria, antes, da ignorância; então se em nossas vicissitudes espirituais alguma dúvida honesta resultar, de interpretação, entendimento de algo, Paulo criou o “in dúbio, pró Dio”; “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.” Rom 3;4

Diferente da pecha gratuita que a fé é cega, Deus não requer que creiamos sem entender; antes, explica minúcias do contrato, com seu custo em perseguições, rejeição, calúnias, aflições, para que ninguém tome sua cruz enganado.

Nisto, em compreender e praticar a necessária mortificação dos apetites insanos é que reside, precisamente, a racionalidade da fé; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Se, a mensagem de Cristo acena com privações aqui em troca de venturas eternas, e os que ouvem querem venturas aqui invés de privações, por religiosos que se suponham, seguem à “Bíbliado Capeta com um versículo só que promete: “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”. Natural que tais “seguidores” aproximem-se de Jesus para culpá-lo invés de aprender.

A Parábola do Semeador apresenta sementes que são comidas por aves assim que caem; há corações endurecidos demais para que elas germinem. Com esses aconselha-se a nem perder muito tempo; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” Tt 3;10 e 11

Por isso Cristo requer a negação do “si mesmo”; porque nele estão os condenados; Ele veio salvar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Moleza de Cana

“... Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?” Mat 11;7

Figura usada pelo Senhor para tipificar pessoas que estão a todo o momento mudando de opinião. Canas agitadas pelo vento.

Será que a firmeza em si é uma qualidade? Oponentes do Senhor, malgrado, centenas de argumentos mostrando-os, hipócritas, desalinhados das Escrituras, não obstante isso, digo, seguiram firmes em suas convicções, tanto Fariseus, quanto, Saduceus.

Então, a firmeza é uma coisa boa tão somente quando, estamos firmados na verdade. “Uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.” (Spurgeon) Davi cantou: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, (pecado, mentiras) pôs os meus pés sobre uma rocha, (Verdade) firmou meus passos.” Sal 40;2

A resiliência no erro é um derivado do fanatismo; longe de ser virtude é apenas um traço indelével de coração endurecido. A força do conhecimento é maleável, flexível na etapa de aquisição; depois, passada à prática, consolida-se. “O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5 Como, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” nosso “sábio” não carece ser um mestre, mas, um que discerne bem, a qual Mestre seguir.

Daí, a necessidade do ensino; Pois, é justo o conhecimento da verdade que nos aproxima da estatura desejada; “... o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus; homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Será o crescimento espiritual que nos legará firmeza com propósito; afastando da sina de “cana agitada pelo vento.” “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia agem fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Vs 14 e 15

Paulo equacionou o amor à maturidade espiritual; tanto que, depois de alistar a inutilidade de todos os dons sem amor atribuiu tais lapsos, aos tempos de meninice espiritual; “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Contudo, o amor também é uma coisa boa que fica mal, fora do seu lugar. Onde a cadeira é do ódio o amor não deve assentar; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que aos teus companheiros.” Sal 45;7

Entre os muitos predicados desse nobre está dito que, “Não folga com a injustiça, antes, com a verdade.” I Cor 13;6 Entretanto, vivemos dias de aversão à Verdade, que, o simples mencionar porções dela é presto equacionado com “discurso do ódio”; embora, a Palavra ensine que, “Deus é Amor”.

Essa geração psicologicamente mimada, moralmente apodrecida perverte o sentido das palavras ao sabor das suas preferências. Assim, amor passa ser um sentimento amoral; amor ao errado deve fazer vistas grossas ao erro; advertir dos riscos do pecado soa intromissão.

É O Amor Divino que nos adverte dos riscos da perdição; uma vez que O Criador “deu corda” aos relógios e deixou andar; nos fez arbitrários, não pode mais interferir em nossas escolhas, apenas, advertir das consequências.

Primeiro convém pensarmos no logro das aparências; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Cientes disso, optarmos pela direção de Um, que não é vitimado pelas vistas; “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Se, o que evita de sermos abalados por ventos de doutrinas é a edificação, essa não se dá alheia à nossa participação. Carecemos diligência para ouvir e praticar À Palavra, sob pena de nos tornarmos apenas meninos velhos como se deu com alguns; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;11 e 12

Firmeza é algo bom; tratando-se dos caminhos do Senhor, indispensável. Mas, antes carecemos ser maleáveis, ensináveis, obedientes. Há muitos orgulhosos da própria ignorância, cegos, que se jactam: “sempre fui assim; não vou mudar”.

Ora, aos ventos do engano, também recuso mudar; mas, há certo “Vento” Bendito que nos muda de mortos para vivos; “O vento assopra onde quer; ouves a sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Fé, ou burrice emocional?

“E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”  “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Jo 1; 5 e 11
 
Na introdução de sua narrativa evangélica, João apresenta dois problemas quando do advento do Verbo feito carne; um intelectual, “não compreenderam”; outro, volitivo; “não receberam”.

 Embora seja possível crer sem compreender, instintivamente, não parece ser esse tipo de fé que o Senhor busca. “Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram de mau grado…  fecharam seus olhos; Para que não vejam…, ouçam … compreendam com o coração,  se convertam, e eu os cure.” Mat 13; 15
 Outra vez, o problema intelectual, compreender antes da conversão.

Muitos agem como se possuir determinada receita curasse sua enfermidade, mesmo sem provar o remédio. Seguido ouço a citação do “conhecereis a verdade e a verdade os libertará” dos lábios de gente que, notadamente não a conhece. 

Acontece que, antes dessas palavras, tem mais algumas que convém considerar; “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” Jo 8; 31. Mesmo os que criam, deveriam permanecer na Palavra, para serem aprendizes, e, aprendendo, se tornariam livres. É possível, pois, crer, e seguir amarrado à ignorância.

Em seus dias, o filósofo Sócrates já depreciava a arte dos sofistas, pois, produz crença sem ciência; os políticos são legítimos representantes daquela classe; mas, infelizmente, muito do que circula no meio dito evangélico, se enquadra nesse perfil.

Gente que crê num líder que idolatra, numa heresia que aprendeu amar, ou numa denominação com a qual acostumou. Ao invés de peregrinar no meio cristão como aprendiz dedicado da sã doutrina, traz “na ponta da língua” coisas que ouviu alhures, decorou sem compreender.

Os ministérios alistados em Efésios não foram preceituados para ensinar idiossincrasias, formar imitadores de ídolos humanos, mas, para um fim nobre, sublime; “… o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguem à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4; 12 a 14
 
Precisamos acostumar com o óbvio; verdade é verdade, mesmo em lábios ímpios; sofisma segue sendo o que é, até em ambientes “góspeis”. 

Infelizmente, quem está em apreço conta mais do que o quê está sendo apreciado. Assim, o ídolo é defendido, não a verdade. Paulo ensinou diferente: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1; 8 Para ele, mais importante que anjo ou apóstolo ser o mensageiro, era o teor da mensagem.
 
Certa vez ouvi de um cretino que era “pregador” o seguinte: “Quando estiveres sem mensagem basta dizer que está vendo um anjo, que a igreja se empolga”.  Ora, anjo é mensageiro; e, mensageiro é para se ouvir, não para ver. Quem está incumbido do púlpito é o “anjo” da vez, para ajudar a “ver” melhor a Vontade de Deus expressa em Sua Palavra.

Vontade que tem sido vilipendiada por interesses mesquinhos. Não poucos deixam seus rebanhos atraídos pelas luzes de Brasília, e ainda “espiritualizam” suas escolhas dizendo aos seus seguidores que foram lá combater às “potestades espirituais” que dominam a nação.


Ora, quando alguém se rebela contra o propósito de Deus para sua vida, não combate contra uma potestade, acaba lutando contra o Todo Poderoso.  “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63; 10 

Deus já tinha falado, não! Mas, Balaão orou de novo como que, pedindo “licença para pecar”… O Eterno “concedeu” que ele fosse profetizar maldições por ouro; aí a extrema humilhação; quem rejeitou a instrução de Deus, acabou tendo que aceitar de uma mula; ela viu o anjo, mas, o anjo da morte.
 
Não carecemos de novos Messias; mas, melhores expoentes do Único. Afinal, desde os dias do Velho Testamento Deus já anelava que os seus fossem conhecidos também pela sabedoria; deu ensinos precisos e acresceu: “Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida.” Deut 4; 6

Todavia, a história mostra que o povo não cumpriu; o que deu azo ao lamento do profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;” Os 4; 6

“Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então, as sombras ficarão para trás” Sabedoria oriental.