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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Clássico do Universo



“A mim, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça, anunciar ... as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto... para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Ef 3; 8 a 10 

Quando Paulo diz que foi escolhido para demonstrar um mistério, esse, deixa de existir. Digo, o que está revelado não pode mais ser mistério. 

O texto expõe que o obstáculo era a compreensão limitada; o objeto; “as riquezas... de Cristo;” o alvo; “principados e potestades nos Céus”.  

Se restringirmos o labor da igreja a salvar almas, veremos apenas um lado da questão; sua marcha vitoriosa tem objetivos celestes também. Em suma: Mesmo os anjos dos Céus não conheciam devidamente as riquezas de Cristo; podem fazer isso agora, contemplando a marcha da igreja e Seu cuidado para com ela. 

Não há melhor professor que o exemplo; mais facilmente aprendemos imitando, contemplando, que refletindo. 

Como houve rebelião de anjos, a terça parte foi seduzida, certamente, muitas coisas indevidas foram atribuídas a Deus. Por ocasião da queda temos uma amostra do pano de como age o traidor mor; enganou o primeiro casal atribuindo ao Santo, mentira, e egoísmo. 

Não é verdade que morrereis, se, pecardes; Deus não quer que sejais como Ele. Coisas semelhantes devem ter sido espalhadas entre as miríades celestes. Um terço sucumbiu ao desejo de aventura e seguiu ao novo líder. Dois terços permaneceram fiéis; mas, as coisas que ouviram sobre o Eterno certamente ficaram palpitando em seus pensamentos.

Há duas formas de obedecer; uma, por medo das consequências, simplesmente, de eventual castigo; com esses predicados, até os maus, os sem caráter governam; outra, por amor, por reconhecer a dignidade, a majestade de quem detém o poder. 

Assim, entre os que seguiram obedientes, poderia haver resquícios de dúvidas sobre o amor e dignidade do Santo; estarem obedecendo por medo, apenas. Então, o calvário foi o teatro, a cruz, o “grand finale,” a consumação de um Enredo Eterno, cujo fito era demonstrar cabalmente, a justiça e amor, Divinos. 

Mesmo de servos humanos, Deus não deseja obediência por medo, antes, amor. “Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” Mat  10; 39 Quando adverte do inferno Seu motor ainda é amor; quer nos livrar de lá.  

Tal qual a seleção de um esporte qualquer vai representar seu país noutro, distante, e seu desempenho transmitido via satélite conta com a torcida de todo país, nossa atuação aqui é contemplada dos céus; quando alguém está jogando um “bolão” dando um “chocolate” seu torcedor não deixa de tocar uma “flauta” por lá. “E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, que se desvia do mal.” Jó 1; 8 

Sei que sirvo-me de um exemplo pobre, dado, o que está em jogo; um Reino Eterno, milhões de vidas. Minha ilustração visa ser didática não, engraçada. 

Aliás, a célebre galeria dos Heróis da fé de Hebreus, capítulo 11, depois de evocar seus exemplos como estímulo a nós  pinta um quadro, como se, estivéssemos num estádio defendendo as “cores” do Céu, eles na torcida atentos ao nosso desempenho. Leiamos: Portanto nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta...” Heb 12; 1 

E o que está proposto é a renúncia de prazeres  pecaminosos, em busca dos eternos. “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” V 2 Para uma conquista assim, todo sacrifício é válido. 

Paulo ilustrou seu “Preparo físico”; “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9; 25 a 27 

O mesmo que fazia receitou ao  discípulo Timóteo. “...exercita-te  em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas,  piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4; 7 e 8 

Se, nossa luta aqui tem reflexos celestes, natural que os vencedores comemorem lá, com sua torcida.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Fé, ou burrice emocional?

“E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”  “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Jo 1; 5 e 11
 
Na introdução de sua narrativa evangélica, João apresenta dois problemas quando do advento do Verbo feito carne; um intelectual, “não compreenderam”; outro, volitivo; “não receberam”.

 Embora seja possível crer sem compreender, instintivamente, não parece ser esse tipo de fé que o Senhor busca. “Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram de mau grado…  fecharam seus olhos; Para que não vejam…, ouçam … compreendam com o coração,  se convertam, e eu os cure.” Mat 13; 15
 Outra vez, o problema intelectual, compreender antes da conversão.

Muitos agem como se possuir determinada receita curasse sua enfermidade, mesmo sem provar o remédio. Seguido ouço a citação do “conhecereis a verdade e a verdade os libertará” dos lábios de gente que, notadamente não a conhece. 

Acontece que, antes dessas palavras, tem mais algumas que convém considerar; “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” Jo 8; 31. Mesmo os que criam, deveriam permanecer na Palavra, para serem aprendizes, e, aprendendo, se tornariam livres. É possível, pois, crer, e seguir amarrado à ignorância.

Em seus dias, o filósofo Sócrates já depreciava a arte dos sofistas, pois, produz crença sem ciência; os políticos são legítimos representantes daquela classe; mas, infelizmente, muito do que circula no meio dito evangélico, se enquadra nesse perfil.

Gente que crê num líder que idolatra, numa heresia que aprendeu amar, ou numa denominação com a qual acostumou. Ao invés de peregrinar no meio cristão como aprendiz dedicado da sã doutrina, traz “na ponta da língua” coisas que ouviu alhures, decorou sem compreender.

Os ministérios alistados em Efésios não foram preceituados para ensinar idiossincrasias, formar imitadores de ídolos humanos, mas, para um fim nobre, sublime; “… o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguem à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4; 12 a 14
 
Precisamos acostumar com o óbvio; verdade é verdade, mesmo em lábios ímpios; sofisma segue sendo o que é, até em ambientes “góspeis”. 

Infelizmente, quem está em apreço conta mais do que o quê está sendo apreciado. Assim, o ídolo é defendido, não a verdade. Paulo ensinou diferente: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1; 8 Para ele, mais importante que anjo ou apóstolo ser o mensageiro, era o teor da mensagem.
 
Certa vez ouvi de um cretino que era “pregador” o seguinte: “Quando estiveres sem mensagem basta dizer que está vendo um anjo, que a igreja se empolga”.  Ora, anjo é mensageiro; e, mensageiro é para se ouvir, não para ver. Quem está incumbido do púlpito é o “anjo” da vez, para ajudar a “ver” melhor a Vontade de Deus expressa em Sua Palavra.

Vontade que tem sido vilipendiada por interesses mesquinhos. Não poucos deixam seus rebanhos atraídos pelas luzes de Brasília, e ainda “espiritualizam” suas escolhas dizendo aos seus seguidores que foram lá combater às “potestades espirituais” que dominam a nação.


Ora, quando alguém se rebela contra o propósito de Deus para sua vida, não combate contra uma potestade, acaba lutando contra o Todo Poderoso.  “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63; 10 

Deus já tinha falado, não! Mas, Balaão orou de novo como que, pedindo “licença para pecar”… O Eterno “concedeu” que ele fosse profetizar maldições por ouro; aí a extrema humilhação; quem rejeitou a instrução de Deus, acabou tendo que aceitar de uma mula; ela viu o anjo, mas, o anjo da morte.
 
Não carecemos de novos Messias; mas, melhores expoentes do Único. Afinal, desde os dias do Velho Testamento Deus já anelava que os seus fossem conhecidos também pela sabedoria; deu ensinos precisos e acresceu: “Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida.” Deut 4; 6

Todavia, a história mostra que o povo não cumpriu; o que deu azo ao lamento do profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;” Os 4; 6

“Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então, as sombras ficarão para trás” Sabedoria oriental.