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sábado, 5 de março de 2016

A "defesa" do Lula

Depois de ouvido pela PF, Lula foi ao diretório do PT, onde, “deu entrevista”, na verdade, falou o que quis em sua defesa, não facultando à imprensa que fizesse perguntas.


Disse, entre outras coisas, que muitos que por aí estão nem haviam nascido quando dona Marisa com onze anos já trabalhava como doméstica, de modo que, merecia respeito. Bem, a figura usada serve apenas para mostrar a idade dela, superior à de muitos. Se, é certo que os mais velhos merecem respeito, também é, que, quando ela comandou as reformas milionárias no Triplex e no sítio, usando dinheiro de corrupção desrespeitou toda a nação brasileira; respeito se oferece para receber. Idade por si só não é credencial. Ruy Barbosa dizia: “Não se impressione com os cabelos brancos, os canalhas também envelhecem.” É o caso dele, aliás.


Uma vez mais atacou a justiça e a imprensa invés de defender-se do que está sendo acusado. Disse que lutou pela liberdade de imprensa, mas, suponho que a “liberdade” que defende é a de elogiar ele e seu partido. Veículos como Globo, Veja, e Época que denunciam mal feitos, não deveriam usufruir liberdade, ao que parece.


Falou com a cara de pau costumeira que a imprensa está preocupada com um barco de quatro mil, e pedalinhos de dois mil que Marisa comprou para os netos. A ideia é que, para quem dispõe os bens dele, tais coisas são ridículas, como se, esse fosse o ponto. Ninguém duvidou que tivesse meios para comprar tais coisas, a pergunta sempre foi outra: Se, o sítio não é dele, como afirma, por que essas coisas dele estão por lá? Essa é a pergunta da qual fugiu, fingindo abordar.


Uma vez mais, tentou transformar caso de polícia em caso de política seu truque usual. Não está sendo investigado por que é corrupto, ladrão, antes, porque enriqueceu aos pobres deste país, e as elites não suportam isso. Seu “pobrema” é ser bom, não, desonesto.


Resta saber quem são as tais elites. Serão as maiores empreiteiras? Os empresários beneficiados pelo “Bolsa BNDS”? Os coronéis de sempre da política? Todos esses estão do lado dele. Quem são essas malditas elites que tanto mal fazem ao país? A oposição? Que nada, temos uns senis políticos, brochas cívicos, inúteis. São movimentos espontâneos como o Revoltados Online, o Brasil Livre, o Vem pra Rua, gente nova sem partido político, mas, cansada da roubalheira, que se opõem.


Disse que se sentiu preso, e que não precisava nada daquilo, pois, bastaria convocar que iria a Curitiba, Brasília, ou, onde fosse. Convenientemente “esqueceu” que fugiu via chicanas, de duas convocações do Ministério Público de São Paulo, de modo que sua disponibilidade só serve para discursos safados, mentirosos; da Lei, foge quando pode.


Sempre se coloca como se fosse um poder rival, aos que o investigam, não, como um cidadão qualquer que deve prestar contas à Lei quando necessário. É um ex presidente? Sim, de modo que, deve ser tratado respeitosamente por isso, mas, ele mesmo testificou que os policiais foram muito respeitosos, gentis, queria mais o quê?


Enfim, falou, falou, acusou, acusou, e não se defendeu de nada. Além dos, mais de 50 milhões, mal explicados, terá ainda que se ver com a delação de Delcídio, que trouxe à luz muito esterco pretérito.


Dizer que ele é mero mentiroso e vingativo não cola. Antes de ser pego era Líder do Governo no Senado; ademais, a delação premiada só paga seu “prêmio” se o delator fornecer elementos que permitam comprovar a veracidade das acusações, de modo que, escapar disso não é tão simples assim.


Mas, incendiou os imbecis úteis que chama de militância, e os sindicalistas superfaturados pra botarem as mangas de fora numa resistência como se fosse o PT, não ele, que estivesse sob acusação. Os baderneiros profissionais “causando” nas ruas serão seus “argumentos” de defesa?. A irresponsabilidade de açodar microcéfalos apaixonados, vândalos de aluguel ainda fará correr sangue inocente; se isso acontecer, o “mérito” será dele.


Por fim, fez uso de seu jeito favorito de falar, a metáfora. Disse que acertaram a paulada no rabo da jararaca, invés da cabeça, de modo que só a deixaram mas braba. Agora se dispõe a viajar pelo país reerguendo o PT. Bravata, só fala para plateias amestradas, ou, como hoje, em microfones domesticados pelo monólogo. Não encara a Imprensa independente, nem o povo que não se vista de vermelho, a esmagadora maioria. O Titanic afundando, e ele segue o show de humor.



De qualquer modo, se sobreviver à Aletheia, a etapa 24 da Lava Jato, tudo indica que não sobreviverá à 25. A “Operação Paulada na cabeça” porá fim aos desmandos do fanfarrão, quem viver, verá; aplaudirá.

sábado, 1 de novembro de 2014

O "Purismo" e a pureza



“Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; Boaz gerou de Rute a Obede; Obede gerou a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.” Mat 1; 5 e 6 

A princípio, esse texto é só mais um daqueles  monótonos,  genealogias que dá preguiça de ler. Entretanto, nele aparecem três mulheres que são “penetras” no purismo racial e religioso que havia entre os israelitas.

Raabe, Rute e Batseba. A primeira, ex prostituta, de Jericó, convertida; Rute, uma estrangeira oriunda das terras de Moabe; por fim, Batseba, viúva de Urias, outro estrangeiro, um heteu, com a qual Davi cometeu adultério. 

Se a Bíblia fosse mera compilação humana, como acusam seus oponentes, jamais traria na genealogia do Salvador, três personagens como essas. Aliás, Ele viria voando num cavalo alado, invés de nascer entre animais.

Eles eram zelosos de sua “pureza”, sobretudo, do pacto da circuncisão, que os fazia separados para Deus. Tanto que, quando Davi resolveu duelar com Golias, uma das coisas que evocou foi essa: “... Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar aos exércitos do Deus vivo?” I Sam 17; 26 

A bem da verdade é preciso que se diga que, foram  escolhidos, de fato, pelo Eterno; “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19; 5 e 6 O Criador queria uma Embaixada na Terra, e escolheu a descendência de Abraão. 

Acontece que, se uma escolha dessas traz privilégios, encerra também responsabilidades proporcionais. Ouvir com diligência e guardar a Palavra de Deus, por exemplo. Mas, quem ler os livros históricos  facilmente verá que isso nunca se deu plenamente. Geralmente esperavam usufruir favores Divinos sem cumprir os deveres. Ou, simplesmente, voltavam as costas para Deus. “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 1; 13   

Assim como Deus aceitava mulheres estrangeiras que decidissem obedecer Suas Leis e viver entre Seu povo, rejeitavam aos próprios nativos quando desobedeciam. O Salvador pontuou isso uma vez mais: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente, do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mat 8; 11 e 12   

Aliás, a enfática mensagem de João Batista arrasou a pretensão de serem favorecidos de Deus a despeito do quê fizessem. “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. Também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.” Luc 3; 8 e 9 

A questão crucial para a Salvação não era ser judeu ou gentio; antes, produzir os devidos frutos; ou, sofrer o machado da rejeição Divina. 

Embora agregue aos Seus, em rebanhos, Deus trata com indivíduos. “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14; 14 Então, esse truque comum na política, de institucionalizar adversários demonizar coletivos, tipo: “A culpa é dos ricos, da Veja, da Globo, etc.” não funciona nas coisas espirituais. 

Entretanto, muitos posicionam-se assim ainda. Se, é católico acerta mesmo quando erra, dirá um católico fanático; o mesmo fará dos seus, um evangélico espiritualmente insano. O fanatismo não vê erros nem faz concessões. Se, é dos nossos está certo; se, dos deles, errado. Jesus não fez assim. Quando recebia a resposta certa, mesmo de oponentes, concedia. “Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus...” Mc 12; 34 

Entretanto, advogar que Deus espera frutos de nós não equivale a defender salvação pelas obras, por mérito humano; ademais, o primeiro fruto mencionado por João foi arrependimento, que demanda fé na Palavra para gerar contrição. Pois, a situação da igreja é semelhante à que foi de Israel; privilégios e responsabilidade em “Terra estranha”; mera embaixada em cenário adverso. 

Claro que o Santo demanda purificação dos Seus; mas, essa é espiritual, não, denominacional, tampouco, racial. 

Sujeira Ele não pode ver; “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal... “ Hc 1; 13 E Sujos, não poderemos Vê-lo. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14