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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Você tem fome de quê?

“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer...” Is 55;2

Uma antiga canção questionava? “Você tem fome de quê? Você tem sede de quê?” Além do básico diziam querer diversão, arte, liberdade, fazer amor; enfim,
“A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade”.


Plenitude dos prazeres, realizações desejadas e cantadas em prosa e verso. Da ótica estritamente terrena parece lógico.

Além dos prazeres doentios, e o engano espetaculoso do circo, ainda se gasta rios de dinheiro, em aquisição de cultura inútil.

Mas, diria um hedonista; usar dinheiro, bens, apenas para aquisição do que é básico à manutenção da vida não é viver, é vegetar. Quem ainda não tomou a cruz não entende o que significa.

Ocorre-me um diálogo de Sócrates com um de seus discípulos quando tentavam “construir” uma cidade modelo; o aluno sugeriu algo assim da esfera supérflua e o sábio objetou: “Vejo que pretendes uma cidade com febre.”

Pois, quem ousar verazmente seguir ao Senhor também deverá aprender medir a temperatura no tocante às superfluidades e insanidades pecaminosas.

Questione a um jovem padrão dessa geração; ele saberá o nome dos personagens todos de “Games of Thrones” os seriados da Netflix, a escalação do time A, o salário do jogador B; etc. Todo esse caldeirão cultural reunido não paga um caramelo.

Agora desafie-o a pensar, descrever a diferença entre democracia e fascismo, entre narrativa e fato, entre meritocracia e assistencialismo; menos; peça para escrever umas dez linhas de própria mente sobre o tema que quiser; uma em cada dez palavras estará errada ortograficamente, nem me refiro à concordância.

Bem, e daí me diria o imaginário interlocutor; o que o CDF que arrasasse nisso tudo pagaria com seu conhecimento?

Conheço duas pessoas de meu convívio que dirigem bem, e por limitação de estudo não conseguem tirar habilitação; esses milhões de desempregados que estão pelo país são fruto de nossa ignorância política que escolheu desonestos e incompetentes por inaptidão dos eleitores; sem falar que a aptidão intelectual, quanto maior, capacita seu hospedeiro a trabalhos mais complexos de rendimentos superiores.

Creio que esses exemplos grosseiros já bastam para mensurar o valor da cultura com propósito.

Quando o profeta pergunta: “Por que gastais dinheiro naquilo que não é pão?” trata-se de uma figura de linguagem; a segunda parte interpreta: “O Produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer.”

Tratando-se das coisas espirituais o valor, ou, o prejuízo assumem dimensões eternas, incalculáveis.

Textos e vídeos que trazem ainda o sabor de sal da Palavra de Deus já são censurados, bloqueados descaradamente; A Internet e seus meios estão nas mãos dos globalistas satanistas; breve, escritos como esse (que a maioria nem lê, pois, a navegação é veloz demais para perder tempo com essas monótonas ilhas;) e similares desaparecerão.

Israel rejeitou a Voz Divina que enviara tantos profetas; Deus prometeu que estariam “livres” Dele por um tempo. De Malaquias a João Batista houve silêncio profético durante 400 anos; “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro mar, do norte até ao oriente; correrão por toda parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8;11 e 12

Esse longo estio explica a sede com que foram a João Batista; chegaram a pensar que era O Messias.

Se fosse um enfoque meramente cultural, que importaria se, as pessoas perdessem algo? Mas, trata-se de vida.

Como não lembrar de Belsazar, o rei da cultura inútil? “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Se, no natural “Bebida é água, comida é pasto” como cantaram os Titãs, os salvos são desafiados a uma dieta superior; “Porque minha carne verdadeiramente é comida; meu sangue verdadeiramente é bebida.” Jo 6;55

Quando O Eterno exortou à parcimônia, a buscarem ao que pode, deveras, satisfazer, falava de relacionamento espiritual, não de dinheiro, estritamente; “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

A “cultura inútil” de então era a autonomia suicida como atualmente. A exortação que valeu naquele tempo ainda fala: “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos; se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” V 7

domingo, 13 de maio de 2018

Sabor de Sal

“Todas tuas ofertas de alimentos temperarás com sal; não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas tuas ofertas oferecerás sal.” Lev 2;13

Naquela época sem energia elétrica, um dos poucos conservantes usados era o sal. A carne salgada pode resistir por muito tempo em condições de ser consumida; seu uso inibia a putrefação, processo célere em climas quentes, sobretudo.

Como os sacrifícios deveriam subir perante O Senhor em “cheiro suave”, Ele ordenou que se fizesse assim. Além disso, há um tipo profético apontando para “sacrifícios” futuros da Nova Aliança, onde, piedade, testemunho, constância e gravidade dos salvos foram figuradas usando o sal como parâmetro. “Vós sois o sal da terra; se, o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13

Paulo aludiu à linguagem sadia esperável dos salvos usando a mesma figura: “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4;6

Infelizmente, muito da “piedade” humana é biodegradável; isto é: Não resiste à ação do tempo, nem, as adversidades que testam-na. Camões, o poeta disse: “A verdadeira afeição na longa ausência se comprova”. Aquele que É Amor, Deus, por certo não se contentará com algo que não seja vera afeição; correspondência real ao Seu Amor. Mas, como reagirá nosso sentimento em relação a Ele, em caso de demorada ausência? Seguirá conservado na redoma da constância, como se, carne temperada com sal, ou, apodrecerá indefeso ante o calor da provação?

Na Parábola do Semeador O Senhor figurou os meramente emotivos como sementes que caíram sobre pedras; presto nasceram e ao primeiro calor secaram. Como crianças que “desgostam” de um brinquedo assim que divisam outro diferente, se portam os que fazem calorosas profissões de fé em momentos de abalos emocionais e saem de fininho ao primeiro sinal de luta.

O exemplo de Jó, que, privado de todos os seus bens preservou sua integridade é o que O Santo espera dos Seus. Ele não permitiu aquilo tudo que Seu servo fiel sofreu por algum rasgo de sadismo em Seu Caráter Santo; antes, para desbancar falácias do inimigo e nos ensinar algo sobre a fé que Ele aprecia.

O Mesmo Senhor, aliás, depreciou nuances de “piedade” tão tênues, que comparou ao orvalho, o qual foge rápido com a chegada do sol; “Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã, como o orvalho da madrugada que cedo passa.” Os 6;4

Em Platão também encontramos algo interessante sobre o caráter; disse mais ou menos o que segue: “Quando alguém for considerado justo, virtuoso, lhe caberão elogios, louvores, aplausos; e, não saberemos se, o tal, é justo por amor à justiça, ou, aos louvores que recebe; Convém testá-lo numa situação em que todas essas coisas lhe sejam negadas; se, ainda seguir sendo justo ama a justiça”.

Pois, na caminhada com O Senhor somos desafiados a uma peregrinação entre adversários, e ainda levando nossas cruzes; não há aplausos, louvores, reconhecimento algum, enquanto, na Terra. Ainda há situações em que o Próprio Senhor parece se distanciar para infundir em nossas almas a preciosa têmpera da fé; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Entretanto, há pregadores melosos, de um lado, outros, espancadores inchados na carnal compreensão, com ênfase doentia em usos e costumes pensando que falta de educação seja sal. Felizmente há saudáveis também, claro! Mas, a carne viva detesta sal; arde. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Devemos, os ministros, aprender com o exemplo de Davi que recusou-se a oferecer ao Senhor sacrifícios que não lhe custassem nada. Assim, antes de nos candidatarmos à fala, emprestarmos ouvidos apurados e submissos à Palavra de Deus; quem sai por aí espalhando mel ainda não aprendeu o valor do sal. Aquilo que cheira suave ao paladar natural se faz nauseabundo às Narinas de Deus.

Aplausos e facilidades terrenas onde deveria ser campo de batalha, não mostram que Deus alargou a porta, antes, que há ímpios usando verniz.

Quem ama a justiça faz réu a si mesmo todos os dias; policia-se revendo seus passos e busca perdão sempre que falha; pois, quando despertar no além anseia seu parecido com o Pai; “Quanto a mim, contemplarei tua face na justiça; me satisfarei da tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15