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domingo, 7 de junho de 2020

Bolsonaro, o patinho feio


“Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação.” Henry Kissinger

Dizer de forma irônica que apenas dez por cento dos políticos são honestos me parece até generoso, por parte do diplomata judeu-americano.

Malgrado os louvores que se canta à democracia, que contemplaria à vontade popular expressa mediante escolha livre dos eleitores, os fatos tristemente insistem em mostrar que a coisa não é bem assim.

Nas últimas três décadas, após o regime militar, infelizmente o que nos governou foi uma oligarquia de safados; um amontoado de “coronéis” corruptos, que usava o compadrio enganador, o toma lá dá cá fisiológico, e encenava fazendo a coisa parecer vontade popular.

Com a inesperada vitória do “Patinho feio” Jair Bolsonaro, pela primeira vez as promessas de campanha são efetivamente levadas a sério após o pleito, e a vontade popular expressa nas duvidosas urnas eletrônicas que esconderam muitos votos mais, tenta ser representada enfrentado uma vergonhosa, tríplice oposição.

A normal dos derrotados, como sempre, e duas inesperadas; do poder judiciário, mormente o STF, vergonhosamente militante, invés de imparcial, e a maioria da imprensa, venal, que invés de informar apenas como deveria o bom jornalismo ocupa-se de deformar ao Governo e ao país.

A preconizada desde Montesquieu, harmonia e independência entre os três poderes foi pro beleléu. Interesses mesquinhos do Mecanismo têm monopolizado ações do Congresso e Judiciário, em prejuízo dos legítimos interesses de quem paga a conta, o cidadão.

Não fosse a teimosa obstinação dos patriotas “reelegendo” Bolsonaro a cada fim de semana com vigorosas manifestações de apoio nas ruas, e já teriam dado um jeito de lhe puxar o tapete.

Não obstante a narrativa de democracia, e a camuflagem de disputas legítimas entre ideologias antagônicas, há muito a coisa deixou de ser mero pleito político, para ser um gládio entre polícia e bandidos.

Embora o braço podre da mídia fazendo tudo para conduzir o enredo de modo a que a gente torça pelos bandidos, não dá.

Não tem credibilidade nenhuma. A cada ato “jornalístico” que tenta enfiar goela abaixo dos incautos mereceria certo chavão de uma personagem exposta na Rainha da Sucata, da podridão, digo, a Globo. “Aí como eu sô bandida!” dizia.

Ante um geração imbecilizada pelo método Paulo Freire, obra prima do PT, se vende que cidadãos pacíficos e ordeiros reiterando seu apoio ao resultado das urnas são “antidemocratas”. Afinal estariam apoiando ao “fascismo”. Isso foi durante a segunda guerra mundial sob Benito Mussolini na Itália, e fim.

No nosso caso a escolha não tem nada a ver com aquilo. É entre corruptos, ladrões e mentirosos, ou, patriotas legitimamente eleitos. O que passa disso é safadeza, narrativa oca para cooptar aos idiotas úteis.

Por outro lado, bandidos vestidos de preto, com armas, queimando bandeiras nacionais, agredindo policiais, depredando o patrimônio são vendidos pela “Valéria” a bandida, digo, a imprensa, como atos antifascistas em prol da democracia. (?) Alto grau de filhadaputice mascarado de jornalismo.

Dizia muito mais que ele próprio preveria, atrevo-me, o Presidente, quando esposava a fala de Jesus; “Conhecereis à verdade e a verdade vos libertará”.

Pois, mesmo ele, habitante desconfortável no lago há trinta anos rejeitado porque suas penas e estatura não combinavam com os demais “patos”, até ele digo, acabou conhecendo coisas inesperadas, ao ser alvo de traição por muitos que, durante a campanha e um pouco depois da eleição ainda lhe pareciam consortes no objetivo de sanear o país.

Para minha vergonha alheia, vejo muitos torcendo pelos bandidos e postando até provocações nas redes sociais, como se, a coisa fosse apenas uma questão de escolha entre duas vias, igualmente legítimas.

Ora, torcer pelo Inter, Grêmio, São Paulo etc. questão de escolha; preferir o azul, o verde, o vermelho, idem; todas igualmente válidas.

Agora tratando-se verdade ou mentira, probidade ou corrupção, honestidade ou engano, polícia ou bandido, não é uma questão de escolha legítima, mas, de devassidão moral, lapso de caráter.

Excluí muitos por essa causa de minhas redes sociais com a naturalidade de quem coloca o lixo na rua. E continuarei a fazê-lo.

Nunca dissemos que Bolsonaro é perfeito, nem ele pretende isso.

Mas, que nos identificamos com os valores que defende, e o respeitamos pela sua ficha limpa; pois, passar quase três décadas no “lago” e não virar “patinho bonito” é para muito poucos. Acho que está só, nessa.
Mas, em questão de apoio, acreditem além do “Supremo”, Deus, aqui embaixo ele acho o seu bando.

Pois, o “canto dos cisnes” que tirou o “patinho feio” do lago do desprezo e lhe mostrou seu lugar, não é uma escolha estética apenas, antes, ética, proba, civilizatória, restauradora dos valores que vinham sendo vilipendiados e enterrados na vala comum da dissolução moral.

quarta-feira, 16 de março de 2016

O Cristão e a Cidadania

“Admoesto-te, que se façam deprecações, orações, intercessões, ações de graças, por todos os homens, pelos reis, por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta, sossegada, em toda a piedade e honestidade;” I Tim 2;1 e 2

Duas correntes antagônicas são visíveis no meio cristão, no que tange à cidadania. Uns, preferem não se envolver, não discutem política, não se manifestam, apenas oram pelas autoridades; outros se engajam de tal forma, que sonham eleger pastores a Deputados, Senadores, quiçá, Presidente, influenciam seus rebanhos, usam até púlpitos para assuntos políticos. Quem está certo? O Salvador ensinou a darmos a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Algumas considerações contextuais: A Bíblia foi escrita em tempo de Monarquias, “Orai... pelos reis...” Aconselhou Paulo. Ele estava ecoando o que dissera Jeremias, por seu turno. Profetizara que o cativeiro Babilônico seria de setenta anos; um falso profeta se opôs dizendo que seriam apenas dois anos. Isso custou a vida do mentiroso. 

Depois, o profeta que ficara em Jerusalém, escreveu aconselhando os anciãos, que trabalhassem na terra, orassem pelo Rei, pela sua paz, pois, na paz de Babilônia, eles teriam paz. Noutras palavras: Não lutem contra, aceitem, trabalhem, é Vontade de Deus. Entretanto, cumpridos os setenta anos, Daniel orou pelo retorno à Jerusalém e foi ouvido.

Assim, em tempos de monarcas absolutos, seria insano pleitear qualquer mudança, senão, apelando a Deus; levantar-se contra um rei seria morte certa. Salomão desaconselhou aos jovens, disse: “Teme ao Senhor, filho meu, ao rei, não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará a sua destruição, a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22

O Rei tinha poder absoluto; ditava leis, executava, julgava, fazia o que lhe desse na telha; por isso, seu período é tido como, absolutismo.

Acontece que, com a evolução civilizatória, a Democracia, alternativa ao absolutismo gestada na Grécia antiga, a República, e seu poder tripartido, aperfeiçoada à partir das reflexões de Montesquieu, passou a ser o sistema político dominante na imensa maioria das nações. Legislativo para fazer leis, fiscalizar; Executivo para gerir, executar; e Judiciário, para dirimir conflitos, julgar. Três poderes interligados na República, porém, autônomos, independentes, condição indispensável para que o sistema funcione a contento.

Ré pública, o nome já diz, o público deve acusar a eterna ré, no tribunal constitucional, quando não estiver cumprindo os deveres pactuados. Esse é o contexto onde devemos exercer nossa cidadania.

Assim, os que acham que não devem se envolver, “com o mundo” basta orar pelas autoridades, não percebem que nossa cidadania celeste não tolhe labores terrenos. “Dai a César o que é de César...” Nossos deveres cidadãos persistem. “A Deus o que é de Deus.” Veta que A Casa de Oração, a igreja, seja rebaixada de suas funções nobres de Reino de Deus, para se ocupar das coisas da Terra. Nossa participação política é inevitável, mas, na igreja, não. Cada vez que reclamamos do custo da gasolina, energia, inflação, etc. estamos, querendo ou não, fazendo uma crítica política.

Quem acha que basta orar, fugindo das coisas práticas da vida, não deveria trabalhar pelo pão também, basta orar que “Deus dá seu pão enquanto dormem”. A política na República lida como nosso trabalho, nosso dinheiro, nossas vidas; os governantes eleitos não são nossos donos e nós seu gado. São empregados que contratamos para gerirem nossas coisas por quatro anos. Depois disso pesamos se renovamos contrato, ou não.

Mesmo nesse ínterim, a Constituição possui meios legais para deposição de quem foi eleito, se, descumpriu a Lei, o Pacto que jurou defender.

Assim, pelos pecadores, sejam do tipo que forem, oro visando conversão; autoridades corruptas, que malversam o dinheiro alheio, oro por justiça, para que todo lixo venha à luz, cumpram a merecida punição.

Não digo que Evangélicos não possam se candidatar a cargos públicos, é um trabalho como outro qualquer, que pode ser bem, ou, mal feito. Mas, quando alguém tem clara chamada para o Ministério Espiritual e troca isso pelas luzes de Brasília, abdica da primogenitura por um prato de Lentilhas, como Esaú.

A função de Embaixador do Reino dos Céus é infinitamente mais honrosa e nobre que Presidente da República, e é “cargo” vitalício.

Separar-se do mundo quer dizer de valores contrários a Deus, sobretudo, quando esses “valores” estão nos falsos cristãos. “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo... porque então vos seria necessário sair do mundo.

Mas, ... aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Sou de direita; devo me envergonhar?

“A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.” ( Aristóteles )

Se, em certo aspecto somos todos iguais, no prisma da dignidade, direitos humanos, noutro, que atina à nossa atuação no teatro social, somos diferentes; ignorar isso não equivale a promover justiça, antes, seu oposto.

Acaso são iguais o diligente e o vagabundo? O cidadão e o marginal? O legalista e o anarquista? O de bons costumes e o imoral? O viciado e o abstêmio? Óbvio que não.

Entretanto, a disputa político-ideológica entre conservadores, ditos, “direita” e “progressistas” de “esquerda” não centra sua artilharia na atuação social, estritamente, antes, em pressupostos ideológicos. A esquerda, sobretudo, com seu discurso “inclusivo” de defesa dos explorados que, seriam vítimas do sistema, da sociedade.

Tais, não estariam desocupados, marginais, viciados, não fosse por culpa de um sistema burguês que os deixou de lado na hora da partilha das oportunidades. O pensamento de direita tende a achar cada um responsável por suas escolhas; daí, preconiza soluções diversas para casos igualmente, diversos; Prosperidade para o diligente, punição para quem se comporta à margem da lei, do Direito, e devida privação de bens ao vagabundo que recusa trabalhar.

Montesquieu dizia: “o que é bom para a abelha, é bom para a colmeia.” Assim, o que é bom para o cidadão em particular, deve ser bom para o País. Kant foi além: "Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal".

Então, a mais cabal prova de coerência ideológica que alguém pode dar, é pautar a administração de suas coisas, pela sua ideologia. Por exemplo, um empregador qualquer, de esquerda, assalariar, recompensar todos igualmente; ao que trabalha, cumpre deveres, horários, normas, e traz produtividade, com outro que é relapso, ausente, desleixado, preguiçoso. Se o sistema é bom para si, deve ser bom ao país, quiçá ao Universo.

Mas, qual empregador agiria assim? Se houvesse um, acaso não faliria? Todos sabemos que, os “socialistas” da moda socializam bens alheios, não os seus. Mas, se todos são iguais perante a Lei, igualdade necessária à justiça, o direito de propriedade deles é sagrado, dos demais, profano?

Ora, direito e dever são como dois pratos de uma balança, que, devem se equilibrar, se, sonhamos com qualquer nuance de justiça. Essa coisa doentia que se apressa em socorro do marginal e ignora ao policial; que faz concessões a pedófilos, estupradores, mais, que às suas vítimas, é de uma indecência, que, excede a qualquer cerca ideológica, só pode ser defendida por safados.

De qualquer forma, acho respeitável todo viés ideológico desde que, seja honesto, coerente; que apregoe o mesmo, em situações diversas, mas, não é o que se verifica com “socialistas” tupiniquins.

Se, são oposição pregam a necessidade de alternância de poder; se, são governo “fazem o diabo” pela manutenção do mesmo; se crimes são dos adversários, como dos militares, “viajam no tempo” em busca da “verdade” que acusa oponentes e omite crimes de comparsas; se têm uma nuance mínima de razão são guerreiros, militantes, belicosos em suas denúncias, donos da ética e da moral; se têm um arco íris de culpa, são indulgentes, compreensivos consigo mesmos, perseguidos pelo “establishment” pelo “sistema” pela “imprensa” a “zelite”, inventam um esqueleto qualquer no armário dos oponentes para provar que, agora, são iguais.

Como posso confiar num caro que, uma hora o pedal acelera, outra, o mesmo pedal, freia?

Já confiei um dia, acreditei em seus discursos “inclusivos”, agora, pensando melhor, descobri que nunca fui um dos tais, pois, não administraria minhas coisas pessoais, com o método que impõem ao país. Ele empobreceu sob seu tacão, pois, a “maldita visão direitista” que pretende ser consequente dando a cada um o que merece, é mais que questão de escolha ideológica, é uma necessidade da vida.

Qualquer sistema que desencoraja o mérito, a honra, o labor, a ordem, em prol da vadiagem, do vício, da indulgência aos marginais, é um sistema autofágico, fadado ao fracasso. É compreensível e defensável certo assistencialismo para casos extremos, não para relapsos.

Sou de direita sim! Contra o aborto, a descriminação das drogas, a imoralidade, sou pela valorização da polícia, da Lei e da ordem, da responsabilização criminal mesmo de menores que já sabem o que fazem, enfim, por uma sociedade meritocrata, ande as pessoas colhem o que plantam.

Devo me envergonhar disso? Talvez eles digam que sim. Já posso ouvir suas pechas: “Fascista, nazista, burguês, elitista” etc.

Acontece que, sou trabalhador braçal, pobre, e construí minha identidade psicológica e moral com meus próprios neurônios, errando e acertando, e não permito que imbecis analfabetos, safados imorais me digam o que devo ser. Sério assim.