“Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem.” Barão de Montesquieu
Montesquieu, idealizador da moderna república, com a tri-partição, e, independência harmônica entre os poderes.
Sua definição de liberdade é perfeita. Uma atuação restrita aos limites da Lei.
Se, aos fora-da-lei, óbvio, é um problema, ao cidadão é um arrimo, uma garantia. Se, eventualmente me “prejudica” quando incorro num delito qualquer, me beneficia sempre que pleiteio algo que me é devido, que é justo.
Quem acha a lei boa apenas quando o beneficia, longe está de ser um cidadão; é um déspota, um patife. Quando Cristo, O Salvador disse que devemos fazer ao próximo somente o que gostaríamos que fizessem a nós, estabeleceu uma isonomia insuperável.
De tal modo que, quando estou agindo, dentro ou fora da lei estou “legislando”; isto é; deixando patente com atitudes, o que é lícito que se faça comigo.
Ontem repercutiu a sessão do TSE; achei lamentável que o tribunal tivesse que julgar como fez, se a Lei seria cumprida ou não. Ora, se diz que condenado em segunda instância não pode concorrer, bastaria tê-la cumprido, a lei, quando apresentada a pretensa candidatura; todo aquele teatro patético de ontem seria desnecessário.
Se, as leis são como disse o grego Sólon, como redes para prender apenas insetos pequenos, não têm sentido nenhum. Entre as muitas coisas perdidas ultimamente, urge que resgatemos a noção de cidadania; isto é, em submissão às leis vigentes, seja o condenado quem for.
Alguém sacou com bom humor que o Brasil criou uma espécie de lei, “pesca esportiva”; aquela que o sujeito fisga o peixão exibe às câmeras, depois, solta; Moro, a PGR, e a Polícia Federal prendiam, Gilmar Mendes e companhia soltavam. Como se erguerá um país assim, com instituições desarmônicas, antagônicas, na verdade?
Querendo admitir isso ou não, devemos a vilipêndio da lei ao PT e associados, que atuam sempre ao arrepio da mesma.
- Empréstimos internacionais são vetados por lei, sem prévia aprovação do Congresso; o PT ignorou isso e doou o BNDS aos “companheiros” de outros países;
- a Lei de responsabilidade Fiscal limita os gastos possíveis ao Governo; o PT extrapolou muito e tentou esconder, as ditas “Pedaladas fiscais”;
- pior, Dilma, com amplo direito de defesa foi impedida por isso, num processo previsto em Lei; eles saem mentindo que foi golpe;
- Dirceu tubarão vermelho condenado a trinta anos, foi beneficiado pela suspeita “segunda turma” do STF e ganhou benefício da “pesca esportiva”; anda livre com se fosse ordeiro cidadão;
- Contrataram “influenciadores digitais” eufemismo aos mentirosos de aluguel, para, nas redes sociais, falarem bem deles, e atacarem aos adversários; coisa que a Lei veta; propaganda paga na Net;
- por fim, Lula condenado a doze anos de cadeia foi apresentado como candidato à presidência. (?)
Se fosse eleito como seria? Daria perdão presidencial a si mesmo e iria a Brasília? Receberia dona República para visitas íntimas na cadeia mesmo? Usaria tornozeleira vermelha como símbolo de sua autoridade? Faria abertura da Assembleia Anual da ONU por vídeo-conferência desde Curitiba?
Eu acreditei no PT. Votei em Olívio Dutra, Paulo Paim, Fortunatti quando era PT ainda, enfim, seu discurso por inclusão social e ética na política me convenceu um dia.
Mas, não abdiquei de meu cérebro, tampouco, do senso crítico. Os fatos se encarregaram de sepultar o discurso, e aquilo que inicialmente pareceu só uma fraude política como tantas, hoje, se revelou um partido fora-da-lei, sem noção do ridículo, sem visão de Estado, sem apreço por instituições, sem respeito aos fatos, nenhum compromisso com a verdade.
Aliás, a simples contratação de marqueteiros, esse nome bonito que dão para mentirosos profissionais é uma implícita confissão de fraude; de manipulação de incautos. Não por acaso, pois, os eleitores petistas são em sua imensa maioria pessoas simples; castradas de senso crítico, incapazes de pensar por si; meros robôs programados com mantras.
Bolsonaro não é fruto da “direita reacionária” como acusam; antes, do clamor de uma nação por um mínimo de ordem, respeito às autoridades, às crianças, às famílias, às leis... Mesmo não sendo perfeito, (nenhum humano é) de longe é o que melhor encarna o desejo nacional de que as leis voltem a valer novamente.
Quanto aos esclarecidos, gente com estudo, jornalistas que, malgrado a roubalheira e os ilícitos todos ainda defendem essa corja, falta um adjetivo “à altura” digo, à baixeza deles que, vendo laboram como se não vissem, ou, pior, para cegar aos que neles confiam.
Enfim, caro petista, seu partido se apequena rumo à extinção não por culpa de Bolsonaro, ou, outro qualquer. O PT morre de petismo. Sua identidade vera aparece; máscara nenhuma consegue ajudar ainda ao “Fantasma da Ópera”.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador Cidadania. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cidadania. Mostrar todas as postagens
sábado, 1 de setembro de 2018
PT; Saudações
Marcadores:
Cidadania,
Fantasma da ópera,
Fora-da-lei,
influenciadores digitais,
Pedaladas Fiscais,
pesca esportiva,
PT saudações
quarta-feira, 16 de março de 2016
O Cristão e a Cidadania
“Admoesto-te, que se façam deprecações, orações,
intercessões, ações de graças, por todos os homens, pelos reis, por todos os
que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta, sossegada, em toda a
piedade e honestidade;” I Tim 2;1 e 2
Duas correntes antagônicas são visíveis no meio cristão,
no que tange à cidadania. Uns, preferem não se envolver, não discutem política,
não se manifestam, apenas oram pelas autoridades; outros se engajam de tal forma,
que sonham eleger pastores a Deputados, Senadores, quiçá, Presidente,
influenciam seus rebanhos, usam até púlpitos para assuntos políticos. Quem está
certo? O Salvador ensinou a darmos a César o que é de César, e a Deus o que é
de Deus.
Algumas considerações contextuais: A Bíblia foi escrita em
tempo de Monarquias, “Orai... pelos reis...” Aconselhou Paulo. Ele estava
ecoando o que dissera Jeremias, por seu turno. Profetizara que o cativeiro
Babilônico seria de setenta anos; um falso profeta se opôs dizendo que seriam
apenas dois anos. Isso custou a vida do mentiroso.
Depois, o profeta que ficara
em Jerusalém, escreveu aconselhando os anciãos, que trabalhassem na terra, orassem
pelo Rei, pela sua paz, pois, na paz de Babilônia, eles teriam paz. Noutras
palavras: Não lutem contra, aceitem, trabalhem, é Vontade de Deus. Entretanto,
cumpridos os setenta anos, Daniel orou pelo retorno à Jerusalém e foi ouvido.
Assim, em tempos de monarcas absolutos, seria insano
pleitear qualquer mudança, senão, apelando a Deus; levantar-se contra um rei
seria morte certa. Salomão desaconselhou aos jovens, disse: “Teme ao Senhor,
filho meu, ao rei, não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se
levantará a sua destruição, a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22
O Rei tinha poder absoluto; ditava leis, executava,
julgava, fazia o que lhe desse na telha; por isso, seu período é tido como,
absolutismo.
Acontece que, com a evolução civilizatória, a Democracia,
alternativa ao absolutismo gestada na Grécia antiga, a República, e seu poder
tripartido, aperfeiçoada à partir das reflexões de Montesquieu, passou a ser o
sistema político dominante na imensa maioria das nações. Legislativo para fazer
leis, fiscalizar; Executivo para gerir, executar; e Judiciário, para dirimir
conflitos, julgar. Três poderes interligados na República, porém, autônomos,
independentes, condição indispensável para que o sistema funcione a contento.
Ré pública, o nome já diz, o público deve acusar a eterna
ré, no tribunal constitucional, quando não estiver cumprindo os deveres
pactuados. Esse é o contexto onde devemos exercer nossa cidadania.
Assim, os que acham que não devem se envolver, “com o
mundo” basta orar pelas autoridades, não percebem que nossa cidadania celeste
não tolhe labores terrenos. “Dai a César o que é de César...” Nossos deveres
cidadãos persistem. “A Deus o que é de Deus.” Veta que A Casa de Oração, a
igreja, seja rebaixada de suas funções nobres de Reino de Deus, para se ocupar
das coisas da Terra. Nossa participação política é inevitável, mas, na igreja,
não. Cada vez que reclamamos do custo da gasolina, energia, inflação, etc.
estamos, querendo ou não, fazendo uma crítica política.
Quem acha que basta orar, fugindo das coisas práticas da
vida, não deveria trabalhar pelo pão também, basta orar que “Deus dá seu pão
enquanto dormem”. A política na República lida como nosso trabalho, nosso
dinheiro, nossas vidas; os governantes eleitos não são nossos donos e nós seu
gado. São empregados que contratamos para gerirem nossas coisas por quatro
anos. Depois disso pesamos se renovamos contrato, ou não.
Mesmo nesse ínterim, a Constituição possui meios legais
para deposição de quem foi eleito, se, descumpriu a Lei, o Pacto que jurou
defender.
Assim, pelos pecadores, sejam do tipo que forem, oro
visando conversão; autoridades corruptas, que malversam o dinheiro alheio, oro
por justiça, para que todo lixo venha à luz, cumpram a merecida punição.
Não digo que Evangélicos não possam se candidatar a cargos
públicos, é um trabalho como outro qualquer, que pode ser bem, ou, mal feito.
Mas, quando alguém tem clara chamada para o Ministério Espiritual e troca isso
pelas luzes de Brasília, abdica da primogenitura por um prato de Lentilhas,
como Esaú.
A função de Embaixador do Reino dos Céus é infinitamente
mais honrosa e nobre que Presidente da República, e é “cargo” vitalício.
Separar-se do mundo quer dizer de valores contrários a
Deus, sobretudo, quando esses “valores” estão nos falsos cristãos. “Já por
carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto
não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo... porque então vos
seria necessário sair do mundo.
Mas, ... aquele que, dizendo-se irmão, for devasso,
avarento, idólatra, maldizente, beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda
comais.
Assinar:
Postagens (Atom)