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terça-feira, 5 de novembro de 2019

A Escalada

"O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas..." Apoc 21;5

Há diferença entre fazer algo novo, e fazê-lo de novo; nesse caso significa recriar; naquele, regenerar. Quando Deus promete fazer novas todas as coisas, às quais, após criadas, contemplara e vira que era muito bom, é porque aos Seus Olhos, as mesmas envelheceram. Não prometeu recriar, mas restaurar.

"A terra pranteia, murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores..." Is 24;4 e 5

Tendemos a ver o incremento dos meios, a cada dia mais refinados, como novidades; O Eterno que atenta aos fins deprecia essas "velharias" que nos hipnotizam na morte; nos chama à vida.

Aprimoramos a cada dia o "como", enquanto não ousamos adentrar no "porquê". "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?" Is 55;2

Desse mirante o sábio olhou quando disse: "Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós." Ecl 1;10

Então incrementos cada vez mais high techs que saltitam a cada dia e soam como novidades não passam de testemunhas da nossa imperfeição.

Suponhamos que um bravo alpinista tenha escalado ao Everest e ainda esteja no topo. Caso deseje e possa ali permanecer terá uma situação estável; Dali não pode elevar-se mais; só poderá movimentar-se para baixo. Assim se dá com as coisas perfeitas. Nelas se pode permanecer; não, alterar sua essência, senão, rumando à decrepitude, à imperfeição.

Então, tudo o que pode subir, só o pode por estar numa situação inferior. A cada invento mais moderno que supera a outro, mais um reltório da humana imperfeição é escrito.

Deus não retoca Sua Palavra; tampouco, melhora o Sacrifício de Cristo; dado que, são coisas perfeitas. Qualquer mexida nisso, ainda que pareça algo novo, será sempre um movimento para baixo. Por isso, o ensino para que nos mantenhamos nas "veredas antigas". Modernismo nenhum cria alternativa à água quando a sede palpita.

Nenhum de nós, por melhor que seja sua caminhada em Cristo atingiu a perfeição; longe disso! O desafio nos insta a prosseguir na escalada; "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;" Col 3;1 e 2

Porém, "virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." I Tim 4;3 e 4 Advertiu Paulo.

O "Topo do Monte" deve ser o nosso alvo; devemos "escalar" "Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo" Ef 4;13

Quando O Salvador põe a necessidade de "nascer de novo" não tenciona criar o homem outra vez, estritamente; antes, regenerar aquilo que nele estava morto; o espírito, por estar alienado de Deus.

Todo nosso "modus vivendi" antes de Cristo em nós, não importa quão requintados meios dispunhamos, era apenas uma caminhada "Walking Dead" do "velho homem".

O processo de santificação ao que são desafiados todos os que renascem Nele pressupõe abandono disso; "Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade." Ef 4;22 a 24

As novidades que O Criador busca em oposição às nossas velharias atinam a justiça e santidade, totalmente na contramão do mundo que corre por tecnologia, modernidade.

Quando O Santo disse que faria novas todas as coisas foi num contexto pós juízo, onde muitas coisas velhas tinham sido detruídas; então, restauraria "todas" as que restaram, após as catástrofes apocalipticas.

Ás pessoas chama há mais de dois milênios já para que ouçam Suas Boas Novas que regeneram; como nos fez arbitrários Ele não nos salvará à revelia de nossa vontade; "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo." Apoc 3;20

Será com tecnologia de ponta que Satã contolará a marcará aos seus, como gado; é com a boa e velha Palavra da Vida, que O Eterno conduz Seu rebanho aos verdes pastos, e às águas tranquilas.

As vestes invertidas do novo e do velho não ludibriam mais a quem recebe a Luz do Espírito Santo.

domingo, 2 de novembro de 2014

Do abismo ao Everest



“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Luc 15; 7 

Temos uma repercussão festiva no Céu, por uma decisão triste na Terra. Todo arrependimento é acompanhado de tristeza, embora, as consequências sejam alegres, depois; no céu são imediatas. 

Talvez seja lícito inferir que, o contrário também é verdadeiro. Digo, que quando um servo de Deus abandona a fé, há um júbilo no inferno.  Se, nosso individualismo é intocável no campo das decisões, cada um é senhor de suas escolhas, no prisma das consequências, o reflexo extrapola ao indivíduo. Toca Céus, Terra, Inferno. Somos figurantes num teatro universal. 

Embora a cultura moderna apregoe e incentive a conquista da independência, realização individual; a beleza aos olhos Divinos se dá por outro ângulo. O coletivo; interdependência, cooperação, interação, solidariedade. Olhamos admirados para o triunfo de grandes campeões; Deus contempla a beleza no cardume, no bando, enxame, rebanho...


Quando ouço pessoas afirmando tolices, tipo: “Se  bebo é problema meu”, ou, “Faço o que  quiser; ninguém paga minhas contas”, ou, ainda; “minhas escolhas dizem respeito única e exclusivamente a mim;” etc. fico pensando quão desinformados estão sobre as consequências dos atos. Não raro se ouve dos mesmos lábios, elogios aos bons exemplos, bem como, críticas ácidas aos maus; o quê, na prática, é a negação de sua “filosofia”.

Se, mesmo os Céus acusam consequências de nossas escolhas, que dizer dos que nos rodeiam? A Bíblia expressa claramente a interligação de Céus e Terra, tanto em coisas boas, quanto más, que fazemos. Quando o Eterno Fala, deseja ser ouvido lá e cá; “Ouvi, ó céus,  dá ouvidos, tu, ó terra; porque  fala o Senhor:..” Is 1; 2 Se o assunto for, nossas más escolhas, das quais não nos envergonhamos, os Céus se envergonham; “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, o manancial de águas vivas; cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2; 12 e 13 

Então, tanto quanto, o bom porte é uma pregação silenciosa que ilumina e pode atrair pessoas a Deus, a dissolução, o vício de toda ordem, apostasia, dissipam valores que O Eterno preza, e estimulam a queda de pessoas influenciáveis que a isso contemplam.

A inter-relação é tal, que, nos vestimos em função das pessoas, falamos, escrevemos, atuamos, buscando influenciar de alguma forma; mesmo que, inconscientemente. Cada melhoria que fazemos em nossa habitação, cada conquista material, emocional, precisamos dividir. 

Claro que, ao buscarmos o bem alheio necessariamente colheremos o nosso. “Mais bem aventurado é dar que receber”; ou, como diz um provérbio: “Quem acende uma luz é o primeiro a ser iluminado.” 

No fundo, somos peças, de um gigantesco quebra-cabeças, que só fazem sentido, encaixadas no devido lugar, mas, nos desprendemos dele via egoísmo; cada qual visa improvisar desenhos alternativos. Bem disse Pascal, que o homem tem dentro de si um vazio com o formato de Deus; enquanto esse vazio não for preenchido devidamente, seremos apenas, uma peça fora do lugar. 

Assim como a gente vibra se conseguir encaixar uma difícil, vemos no texto supra, aos anjos celebrando um passo semelhante por ocasião da conversão de um pecador.  

E uma peça fora do lugar, dada a inevitável interação, acaba tirando muitas outras; como disse Salomão: “Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9; 18 

Quantas vezes, a peça está encaixada, mas, acossada por devaneios insanos cogita achar para si um lugar melhor? O Caso clássico do Filho Pródigo que, tendo tudo, na casa do Pai, avaliou mal a realidade e superdimensionou seus enganos. 

Estando nossa vida escondida em Deus, o devido lugar, somos como alpinistas no cume do Everest; não podemos mais cambiar de nível, exceto, para baixo. 

Às vezes vejo sexagenários, ou, mais idosos até, ansiosos na fila das lotéricas quando a Mega está acumulada. Que fariam os tais, se acertassem? Pois, lhes restam poucos dias de vida que poderiam viver em paz com o quê já possuem. 

Quem sai em busca do não precisa, carece urgente aprender a avaliar o que tem; ou, o quê, deveras falta. Esses, diverso dos alpinistas, estão no fundo do abismo da ignorância; aí, só podem mudar para cima. Quando as cordas da salvação são lançadas, e os anjos conseguem içar a um, com razão festejam, como os chilenos quando tiravam os mineiros soterrados na mina. 

Somos ímpares, mas partes do todo; só os tolos ignoram isso. Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.” Prov 18; 1

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A escalada inversa



“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade.” I Ped 1; 12 

Pedro na introdução de sua epístola meio que justifica-se por estar “chovendo no molhado”. Disse que não deixaria de exortar seus leitores sobre coisas que eles sabiam e nas quais, estavam firmados. 

É, temos uma tendência a nos enfadarmos das repetições e andarmos sôfregos por novidades. Naqueles dias era assim. “Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade”. Atos 17; 21 Isso,  até saudável no prisma humano, científico, por exemplo, no campo espiritual pode ser nefasto. Por quê? Porque é natural que seres imperfeitos laborem em busca de melhoramentos; também, que os consigam a medida que novo saber se agrega. 

Entretanto, naquilo que é perfeito, qualquer mudança será necessariamente “para baixo”, rumo à imperfeição. Quem galgou o topo do Everest só pode descer, a menos que aprenda a voar. 

A ciência humana anda célere como nunca; compramos uma engenhoca hightec hoje, em meses, está obsoleta, superada por outra mais moderna. Desse modo, tanto a sede de novidades quanto a busca de conforto confluem na veloz corredeira tecnológica. O conceito que determinado invento é “de ponta” agrega valor;  faz desejado. 

Nesse contexto impregna-se automaticamente no inconsciente coletivo a ideia que o novo é  bom; o demais, ultrapassado. Assim, basta a pecha que algo é “jurássico” para justificar sua rejeição. Desgraçadamente, quanto mais dominamos à tecnologia, menos logramos ascender em domínio próprio. Ampliamos meios de extravasarmos nossa própria maldade.

Daniel anteviu esses dias de progresso científico acelerado, associado à ignorância espiritual. “...muitos correrão de uma parte para outra, o conhecimento se multiplicará. ... nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.” Dn 12; 4 e 10 

Mas, citar isso não é muito antigo, portanto, ultrapassado? Aqui chegamos ao xis da questão. Se, nas coisas humanas, quanto mais moderno melhor, nas Divinas, a excelência não reside em inovar, mas, permanecer. “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30; 5 e 6 

Isso no Antigo Testamento; na conclusão do Novo, preservar, vai além duma reflexão sapiencial; vira mandamento. “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele, as pragas que estão escritas neste livro;  se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22; 18 e 19 

O conceito bíblico de sabedoria nada tem a ver com domínio tecnológico, conhecimento filosófico; antes, com escolhas certas no prisma espiritual. Notemos que Daniel não opõe aos sábios, os ignorantes, como deveria ser; antes, ímpios. “Nenhum dos ímpios entenderá, mas, os sábios entenderão.” Falando de nossos dias. 

O mais sábio entre os homens, Salomão, também pôs vestes espirituais na sabedoria. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1; 7 Se Daniel deu um componente moral àquela, chamando de ímpios os opostos, Salomão põe como questão de sanidade psicológica, dado que, os avessos são loucos.

Escrevendo instruções para seu filho, o rei deixou coisas muito úteis para nós. Desaconselhou mudanças se, o fito fosse insurreição contra o governo humano, ou, Divino. “Teme ao Senhor, filho meu, ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças,  porque de repente se levantará a sua destruição, a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22 

As correntes religiosa influentes, mas, descomprometidas com Deus, como não podem rejeitar A Palavra de Deus, tentam “modernizá-la” flexibilizando-a. A mesma Bíblia tem uma má notícia para eles. “Jesus Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13; 8 

Aliás, Salomão dissera também algo semelhante. “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3; 14 

Não que o Eterno tenha algo contra o novo, contra mudanças. Ele preceitua e deseja desde que não seja para baixo. “...quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou... não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5; 24 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17 

Quem sabe onde está, facilmente identificará se carece de coisas novas ou velhas.