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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

A Primeira Pedra

“A sabedoria do prudente é entender seu caminho, mas a estultícia dos insensatos é engano.” Prov 14;8

“Médico; cura a ti mesmo”. Provérbio de origem grega corrente nos dias de Cristo já. O motivo é óbvio; se alguém pretendia curar males alheios, por certo seria, antes de tudo, eficaz para com os próprios.

O que são a fofoca, a maledicência, senão, frutos do “trabalho” humano em “curar” as vidas dos outros? Como vimos, a sabedoria consiste e entender o próprio caminho.

Todavia, esse viés de cada um ser mordomo da própria casa, muitas vezes é usado fora de contexto, não numa diatribe que recoloca eventual enxerido no devido lugar, mas como um escudo contra correções amorosas que procedem de Deus.

Se, em nossa fala ou escrito denunciamos pecados, presto surgirá o clássico, “atire a primeira pedra quem não os tem.” Ora, quem disse isso não tinha; foi Cristo. Assim deixou claro que não estamos em condições de julgar um ao outro, dado que, estamos no mesmo barco. Ele não. “Quem me rejeitar e não receber as Minhas Palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado; essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Quando as pessoas se mostram resilientes às Palavras Dele que fluem por nosso intermédio não estão rejeitando eventual intromissão nossa; mas, ao juízo Dele. “Segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

Afinal, a primeira coisa que precisamos entender sobre nossos caminhos para sermos sábios é que eles não são tão nossos assim, ao ponto de termos autonomia neles; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Meu caminho é totalmente meu na relação com o semelhante, no sentido que, minhas vicissitudes, alegrias, preocupações, motivos, dores, são estritamente minhas, não de domínio público; “O coração conhece sua própria amargura, e o estranho não participará no íntimo da sua alegria.” Prov 14;10

Se, a intromissão está vetada ao estranho, e eu rejeito ao Divino conselho, querendo ou não, declaro com minhas ações que Deus é um estranho em minha vida; Todavia, a intenção do Santo é ser de casa; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará minha palavra; meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Quando apresentamos os juízos Divinos ensinados na Palavra também estamos debaixo deles; o ensino não é algo que se origina em nós tencionando corrigir outros; antes, algo que é dado através de nós, para corrigir-nos primeiro, depois, quiçá servir ao aperfeiçoamento de terceiros.

Hoje deparei com um vídeo que trazia um menino de sete, oito anos talvez, apresentando dicas de auto-ajuda. “Não desista jamais, aprenda com seus erros, não se culpe por isso, aquilo, blá, blá, blá...”

Inocente em duplo sentido; sem culpa, e sem noção. Fruto de “pais modernos” que acham “bonito ser feio” como dizia o Batoré.

O que sabe um menino quase nas fraldas sobre as agruras da vida para ser conselheiro de adultos que já conhecem a dor das calúnias, exploração, traições, rejeições, cinismo, maldades, enganos, e demais calores do deserto da vida? Nada. Reduziram-no a um papagaio treinado pra articular grunhidos, invés de educá-la como convém.

Spurgeon dizia que uma coisa boa não é boa fora do seu lugar; do tempo também, acrescento.

Nem se lhe pode aplicar o desafio aquele; “Médico cura a ti mesmo;” Não tem idade para ficar “doente”; seus pais sim; e estão.

Quando O Salvador disse que dos pequeninos é o Reino dos Céus fez alusão à inocência, não, experiência ou, sabedoria deles. Triste geração que sabe o preço de tudo e o valor de nada.

Meninas da mesma idade já postam fotos todas maquiadas, cheias de caras e bocas, como se essa postura fosse própria de crianças; a maldade adulta envernizando gente inocente; que será que escolherão quando crescerem?

Se, Deus fosse ouvido conduziria por melhores rumos; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

Sabe O Senhor dos efeitos colaterais da educação ou, da falta dela e avisa; “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Erram os que escolhem o caminho pela facilidade, não, pelo destino; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

“Às vezes, quando considero as tremendas consequências advindas das pequenas coisas sou tentado a pensar; não existem pequenas coisas.” Bruce Barton