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terça-feira, 5 de abril de 2016

Haja luz!

“Orou Eliseu: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e viu; o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” II Rs 6;16 e 17

Uma situação inusitada; um exército numeroso em busca de um homem, apenas, Eliseu. O rei da Síria, ao saber que suas escaramuças militares eram previstas pelo profeta, por isso, frustradas, decidiu acabar com a festa. Mandou seu exército cercar a cidade de Dotã, e prender o desafeto. O moço que acompanhava Eliseu, ao deparar com o cerco assustou-se. Mas, o profeta orou para que O Senhor lhe abrisse os olhos, e, feito isso, viu um exército ainda mais numeroso, de hostes celestiais a protegê-los.

Quando intentaram o ataque, Eliseu orou uma vez mais; foram feridos de cegueira, conduzidos a Samaria e entregues ao rei, como prisioneiros.

Entre outras coisas, esse incidente realça duas visões distintas; a natural, e a espiritual. O Jovem, com seus olhos naturais, tudo o que pode ver foi o perigo, a ameaça; o profeta, com sua relação estreita com Deus, via além; a providência, o livramento.

Ah, a juventude! A dita primavera da vida, onde floresce o vigor do corpo e turba a visão do espírito! Se tais soubessem a importância de se aconselharem com os de, mais visão, os mais experimentados antes de suas decisões vitais. Mas, geralmente, “O sangue novo não obedece a um velho mandamento”, como dizia Voltaire.

Em muitos momentos de Seu Ministério O Salvador curou cegos. Entretanto, a cegueira espiritual, raramente é admitida, de modo que, sequer, os doentes buscam a cura.

Interessante que essa foi a “arma” que deu livramento ao profeta. Orara par que seu moço visse mais; depois, para que o exército inimigo visse menos.

Isso coaduna-se com algo que O Salvador falou na parábola dos talentos: Ao que tem, se lhe dará, terá em abundância; ao que não tem, até o pouco que tem ser-lhe-á tirado.

Muitas dores nem seriam dolorosas se, lográssemos ver as coisas além do aspecto natural. Oro e as coisas ficam piores, reclama alguém. “Pedis e não recebeis porque pedis mal”, ensina Tiago. Imaginemos dois filhos ante um Pai sábio: Um pede dinheiro para material escolar; outro, para comprar drogas; qual seria atendido?

Muitas coisas que devaneamos como bênçãos no prisma espiritual não passam de drogas letais, que podem tolher nossa salvação. Natural que um Pai Amoroso como Deus, não nos “abençoe” como queremos. Nesse caso, convém a oração de um Eliseu por nós: “Senhor, abre seus olhos para que veja!”

A miopia espiritual, ou mesmo, cegueira, não combinam com um filho de Deus. Naquele evento foram cegados os inimigos do profeta; no nosso tempo, o são, os que se fazem inimigos de Deus abraçando a incredulidade em vez da fé. “Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Ora, alguns, instados por falsos mestres devaneiam com facilidades na vida espiritual. Ignoram voluntariamente que somos peregrinos em terra inóspita, adversa, e, tanto quanto mais próximos de Deus estivermos, maiores adversidades enfrentaremos. Como Eliseu, íntimo do Senhor, foi caçado pelo exército inimigo. Falsos mestres induzem incautos a pensarem que o Evangelho é para que as pessoas vivam melhor, quando, na verdade, admoesta a que morram melhor.

Nossas motivações mesquinhas, egoístas, naturais, têm que ser pregadas na cruz; se, queremos pertencer ao Santo. Quando oramos pelo suprimento das mesmas estamos rogando por drogas, não contemos com Santo Favor, nesses casos.

Nem podemos ignorar que, não! Também é resposta. Os nãos à vontade natural são  sins do amor Divino. Muitas vezes nossos próprios desejos insanos são as ameaças que nos cercam. Ampliar a visão, nesses casos, é entendermos a Vontade Divina, e a ela, nos amoldarmos invés de, como Paulo, darmos murros em pontas de facas.

Lembrei da história de dois missionários que serviram no exterior por meio século; ao retornarem jubilados, esperavam ser recebidos com honras. Foram ignorados. O homem furioso saiu remoer mágoas; desafiou a esposa que orasse perguntando se era assim que o Senhor honrava quem lhe serviu uma vida toda, ao chegarem em casa.

Quando voltou perguntou se ela orara. Disse que sim. E qual foi a resposta? “Ele disse que ainda não chegamos em casa”. Que O Senhor nos abra os olhos para que melhor nos situemos na batalha!


Paremos de tentar influenciar O Eterno com nossas lamúrias, e deixemos que Ele nos aperfeiçoe pela Sua Palavra.

sábado, 5 de março de 2016

O "Nepotismo" Divino

Sucedeu, que, no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho; eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Núm 17;8

Durante o Êxodo, Moisés fora acusado de “nepotismo”; empregar parentes em cargos de honra, uma vez que, Aarão, seu irmão, e seus filhos foram escolhidos para administrarem o sacerdócio. Para os oponentes, não se tratava de escolha Divina, mas, de abuso de poder.


Moisés apresentou o caso Ao Senhor que o ordenara, e, foi instruído a que todos os líderes colocassem seus cajados perante a Arca por uma noite; aquele que florescesse, seria o escolhido. Na verdade, como vemos no texto, O Eterno fez melhor que isso; invés de produzir flores, simplesmente, fez a Vara de Aarão produzir frutos, amêndoas, confirmando Sua escolha.


Esse incidente foi evocado pelo Santo quando da chamada de Jeremias, para deixar patente que, O Eterno se responsabiliza por Suas escolhas: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? Eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre minha palavra para cumpri-la.” Jr 1;11 e 12

Entretanto, meu foco, não é a chamada da tribo Levita para o sacerdócio, antes, um aspecto doentio da alma humana caída; por que tantos se “voluntariam” para o poder, a honra, e não, para o serviço?

Ora, O Salvador ensinou que, quem quiser ser o maior deve se fazer serviçal de todos. Em dado momento falou de si mesmo como sendo o menor no Reino dos céus, Sua posição voluntária; para depois ser visto como Maior, Sua posição Real: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas, aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mat 11;11

Há um provérbio hebraico que diz: “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela”; assim, precisamente, se deu com O Salvador que sujeitou-se a ser tratado como o mais indigno dos homens; hoje, tem “O Nome que É Sobre Todo O Nome”.

Paulo lançou mão de Seu exemplo para ensinar aos Seus seguidores: “Não atente cada um para o que é seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, antes, esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente, lhe deu um nome que é sobre todo o nome;” Fp 2;4 a 9

Claro que é saudável a valorização da honra, bom nome, reputação; mas, se, “Diante da honra vai a humildade”, como ensina A Palavra, é, justo, o esvaziamento de nossas pretensões naturais que dá azo a que O Eterno nos honre, fazendo-nos, como a morta vara de Aarão, florescer, frutificar. A escolha pode parecer humana, num primeiro momento, como em Moisés, mas, aos que chama, O Senhor se encarrega de testificar.

De Levi, não obstantes eventuais imperfeições, testificou de uma resposta aceitável ao Divino Propósito, disse: “Minha aliança com ele foi de vida e paz; lhas dei para que temesse; então, temeu-me, assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, a iniquidade não se achou nos seus lábios; andou comigo em paz, retidão, da iniquidade converteu a muitos.” Mal 2;5 e 6

Há diferença entre Escola de Profetas, e escolha de Profetas. Aquela deriva de iniciativa humana; essa, Divina. Os da Escola se viram às voltas com um machado emprestado que caíra no rio; Eliseu, o da escolha, o fez flutuar; os da Escola queriam buscar Elias após seu arrebatamento, apegados ao Homem; o da escolha, se apegou a ele antes, reconhecendo Deus na Sua vida e desejando dons superiores.

Não que haja Profetas como antes; porém, os que Deus Escolhe cumprem um ministério profético, à medida que, por obediência falam somente, Segundo Deus. “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor, quem não profetizará?” Amós 3;8

Tencionar para si algo diverso da Vontade Divina, como fez Uzias, invés de honra, acaba em lepra. O profeta não busca sua honra, antes, fala como Davi: “Saberão que há Deus em Israel”; De um assim Deus testifica, como fez com Ezequiel: “...saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33;33


A bem da verdade, Deus comete certo “nepotismo”; Só faz florescerem e frutificarem, Seus filhos, os demais, não passam de varas sem vida.