sexta-feira, 21 de outubro de 2022

O Santo e o profano


“Havendo sacrificado seus filhos aos seus ídolos, vinham ao Meu Santuário no mesmo dia para o profanarem...” Ez 23;39

Profanar: Tratar com irreverência, desonrar à santidade; desrespeitar; ofender, afrontar, macular, transgredir (regra, princípio); violar, infringir.

Na Bíblia temos: “Para fazer diferença entre santo e profano entre imundo e limpo. Lev 10;10 “Ao Meu povo ensinarão distinguir entre santo e profano; farão discernir entre impuro e puro.” Ez 44;23 Imundo, impuro; sinônimos de profano.

Aqueles não faziam nenhuma diferença entre O Todo Poderoso e os ídolos; até os seus filhos ofereciam em sacrifício. Depois, migravam desses infanticídios para O Templo do Senhor. Como se, tudo fosse válido. Mais ou menos como aquele candidato que toma umas baforadas do Zé Pilintra, depois, gaba-se que fala com Deus, em seu próprio quarto, sem necessidade de padres ou pastores.

Um emissário de Senaqueribe quando esse estava assediando Jerusalém, alistou diversos deuses derrotados; tratou ao Eterno como mais um. Ezequias colocou os pingos nos is: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens... por isso destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra, que só Tu És O Senhor.” Is 37;18 a 20

O Eterno patenteou a diferença entre Ele e os bibelôs que o orgulhoso rei assírio derrotara. “Então saiu o Anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles...” V 36

O culto aos ídolos foi adjetivado pelo Senhor, como prostituição espiritual, derivada dos costumes egípcios. “Assim farei cessar em ti tua perversidade e tua prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” V 27

O Eterno não força ninguém; ensina Seu Caminho, e onde levam os caminhos alternativos; deixa a escolha sobre o rumo a seguir, com o homem; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz...” Deut 30;19 e 20

O Criador É Zeloso; não Aceita as misturas profanas nas quais incorrem os que são privados de noção; “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus: Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a Mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

Paulo também cotejou coisas santas com as profanas, desafiando os Coríntios à necessária separação: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Por isso saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos Receberei;” II Cor 6;14 a 17

Mesmo os que se “convertem” em nossos dias, não raro, os tais se recusam a uma mudança cabal, como O Novo Nascimento requer; também trazem seus ídolos do “Egito” que, embora inúteis para fazer algo, são “úteis” para acender os Divinos Zelos, como ensinou Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que, a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita Tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Portanto, não pensemos como o candidato citado, que o entendimento com Deus se dá em nossos termos, à nossa maneira;

Ao que preserva o modo ímpio de viver, O Santo veta até que mencione Sua Palavra: “Mas ao ímpio Diz Deus: Que fazes tu em recitar os Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal e tua língua compõe o engano. (?) Sal 50;16 a 19

Não é a minha presunção que me faz pertencer a Ele; é a santificação, obediência; “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Iguais; diferentes


“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;18

As diferenças entre as pessoas sempre foram elementares; “Ninguém é igual a ninguém; todo ser humano é um estranho ímpar.” Carlos Drummond de Andrade.

“O amor é quando as diferenças não são mais capazes de separar.” Luany Moura

“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.” Rom 14;5 etc.

Porém, o sistema globalista com sua onda massificante, como que, criminaliza às diferenças, sonega peculiaridades, tenta descaracterizar indivíduos submergindo-os na massa. Vícios furtaram vestes da virtude; escrúpulos morais foram relidos como radicalismos, exclusões, fobias.

Há uma igualdade inegável entre humanos, no que tange a direitos, dignidade, liberdade de consciência, locomoção, escolhas, valor da vida; isso vai muito além de etnias, cultura, nível intelectual.

Entretanto, como nas possibilidades da caminhada, nem todos optam por veredas virtuosas, (na verdade, muitos tomam rotas viciosas) tendo todos, embarcado na igualdade do arbítrio, no desenrolar de nossas vivências, desembarcamos no porto da diversidade social, moral, econômica, cultural, espiritual, para onde nos levaram os ventos das nossas predileções, e os frutos das nossas ações.

Como disse alguém, “somos todos iguais; mas, uns mais iguais que os outros.”

Só na hora do juízo é que se verá claramente a diferença entre justo e ímpio; subentendemos então, que a sorte pode fazer trapaças; dar ao de mau caráter, haveres que lhe não pertencem; bem como, ao bom, permitir privações não condizentes com seus méritos.

Alguém ficou perplexo um dia, vendo a fartura, a boa vida, em consórcio com os maus; “Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como os outros.” Sal 73;3 a 5

Chegou a cogitar que seria inútil a opção pela virtude na caminhada; “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração; lavei minhas mãos na inocência.” V 13 Depois, considerou a Justiça Divina e refez: “Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração de Teus filhos. Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Vs 15 a 18 Outra vez, a diferença entre o justo e o ímpio perante Deus.

Pois, se a recompensa fosse imediata, bem poderia que, o mero interesse patrocinasse atos dos espertalhões, sem o desejável amor pela justiça.

Platão disse mais ou menos o seguinte: “Quando alguém for considerado justo, lhe caberão elogios, reconhecimento, aplausos por isso; assim ficaríamos impedidos de saber se o tal é justo por amor à justiça, ou, aos louvores recebidos. Convém, pois, privá-lo de todas essas coisas; se ainda assim, persistir na vereda da justiça, certamente o é, porque ama-a.”

Deus não apenas Permite que soframos privações; desafia-nos a sermos coautores delas. “Negue a si mesmo”; “Crucifique à carne e suas paixões”, “Quem perder sua vida por amor de Mim, achá-la-á”; etc.

Aquela igualdade inicial, do ponto-de-partida, perde-se ao longo da carreira; pois, os direitos iguais para fazer escolhas foram usados de maneiras diferentes, tornando diversos também, os viventes e suas sortes.

Aristóteles disse com muita propriedade: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Deus não age assim: “Longe de Ti que Faças tal coisa, que Mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti. Não Faria justiça O Juiz de toda Terra?” Gn 18;25

No prisma do amor e do propósito, a igualdade permanece; “Pregai o Evangelho a toda criatura” “Vinde a Mim Todos...”

Para comunhão, diferenças separam; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem luz, com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com ídolos? Porque vós sois templo do Deus Vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor, não toqueis nada imundo, e vos receberei.” II Cor 6;14 a 17

Nem tanto ao mar, nem à terra; iguais a ponto de não nos sentirmos superiores; mas, cientes que, não se pode mesclar vício e virtude.

“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem; lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.” Boaventura de Souza Santos

domingo, 16 de outubro de 2022

Os "donos" de Deus


“... Não nos faças ouvir tua voz, para que porventura homens de ânimo mau não se lancem sobre vós, e percas a tua vida, e a vida dos da tua casa.” Jz 18;25

Fica pianinho, cala-te para que não sejas morto. Mica sendo furtado de seu deus, um ídolo, e privado do levita que se fizera sacerdote daquilo. A tribo de Dã passara por ali e desejara a coisa; como eram mais numerosos, levaram na marra, e aconselharam ao roubado: Aceita que dói menos.

Uma diferença gritante entre O Deus Vivo, e deuses de humana feitura; esses podem ser disputados à força; quem puder mais, chora menos. Contudo, a “força” que atrairia ao Eterno é outra: “Porque, quanto ao Senhor, Seus Olhos Passam por toda a terra, para Mostrar-se Forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...II Cron 16;9 “Os Meus Olhos Buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo...” Sal 101;6

Ele não se torna nossa propriedade; antes, todos nós somos Seus, bem como, as demais coisas criadas; “Porque Meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se Eu Tivesse fome, não te Diria; Meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50;10 a 12

Em caso de disputa, não contaria a força do braço; tampouco, o número de litigantes desse lado, ou, daquele; Ele mesmo É O Juiz, e Arbitra, onde está Sua Aprovação.

Quando Datã, Abirão e Coré se levantaram, junto com suas famílias, contra a liderança de Moisés e Aarão, escolhas do Eterno, Moisés, embora fosse muito mais numeroso o povo que permanecera com ele, não pelejou; antes, entregou o pleito ao Senhor, dizendo: “... Amanhã pela manhã O Senhor fará saber quem é Seu; quem é o santo que Ele Fará chegar a Si; aquele a quem Escolher Fará chegar a Si.” Núm 16;5

Os conhecedores das Escrituras sabem que, todos os sediciosos foram engolidos vivos pela Terra; colossal sinal de Ira Divina contra os rebeldes.

Em períodos eleitorais, todos se dizem pertencentes a Deus. Haddad e Manuela Dávila, comunistas ateus, “comungaram” em Aparecida; Lula, devoto de Zé Pilintra, disse que não precisa esses intermediários pobres, tipo padres e pastores; ele mesmo entra em seu quarto e se entende com Deus.

Ardilosamente, pois, todo mundo é devoto; digo, faz qualquer coisa que acredita que dê votos. Se puder arranjar alguns mais, de eventuais incautos favoráveis à ideia, a coisa está valendo, pensam.

Pois, uma vez mais, poderemos dizer como Moisés: “... O Senhor Fará saber quem é Seu; quem é o santo que Ele Fará chegar a Si...”

Bolsonaro, com todas suas imperfeições, não é um falsário que entra em igrejas em períodos eleitorais apenas. Frequentemente está entre o povo cristão, orando e recebendo orações em qualquer tempo. Sua esposa, Michele, prega A Palavra, inclusive. Seu lema que honra a Deus vem desde a eleição passada: “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Assim, pode ter suas imperfeições, mas não é um oportunista sem caráter.

Se, no caso dos deuses mortos, o velho Mica teve que calar e deixar prevalecer a maior força humana, em se tratando do Todo Poderoso, O Deus Vivo, toda a força do sistema corrupto inclinada e servil diante do corrupto mor, não basta.

Quando O Eterno Quis, Usou um homem apenas, Moisés, e humilhou o maior império da época; o de Faraó. Com trezentos sob liderança de Gideão venceu inumeráveis midianitas.

Assim, achando um que agrade aos Seus Olhos, faz esse valer por milhares; reclamou certa vez, pelo lapso desse valoroso solitário; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a Destruísse; porém a ninguém Achei.” Ez 22;30

No caso de nossa política, tão suja e desonesta, no espaço de algumas décadas, Ele Achou um honesto; Jair Bolsonaro. Agora já não está só; O Criador Fez um exército de Cristãos lutarem ao lado dele.

Então, que mostrem sua força os danitas, façam calar as falas que os incomodam, como têm feito tanto. Quando O Eterno Soar Sua Voz, não será algo vil como as canetadas dos tiranos travestidos de juristas; nem como as sujas calúnias dos escribas do monturo disfarçados de jornalistas;

“Por muito tempo Me Calei; Estive em silêncio, Me Contive; mas agora Darei gritos como a que está de parto...” Is 42;21
“A Voz do Senhor separa labaredas do fogo. A Voz do Senhor Faz tremer o deserto...” Sal 29;7 e 8 “Então os olhos dos cegos serão abertos, os ouvidos dos surdos se abrirão.” Is 35;5

sábado, 15 de outubro de 2022

Medo da Água


“Pois Eu vos digo que, a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.” Luc 19;26

À lupa de uma humana análise soaria injusto; dar ao que já tem algo, e privar ao que não tem, de seu pouquinho. Na contramão do “socialismo”, que prega retirar bens dos empreendedores, dos que trabalham, e ratear com vagabundos avessos ao labor, em nome da “inclusão social”. Ao que trabalhara e multiplicara seus talentos, O Senhor daria também o talento inerte, do preguiçoso que, se recusara trabalhar com ele.

Os que se excluem por índole, do processo de produção, deveriam ser incluídos pela predileção ideológica, no usufruto dos produtos? O Estado patrocinaria a vadiagem e penalizaria o empreendedorismo, o labor? Qual motivo para se trabalhar, num cenário assim? A falência econômica dos “paraísos socialistas” pretéritos testifica das consequências dessa visão, moralmente deformada.

Apontar uma injustiça aqui, outra acolá, do capitalismo é fácil; não é perfeito; apenas, mais próximo da justiça que o oponente. Na verdade, acho que, mais que capitalista, o liberalismo econômico é meritocrata; isto é: Costuma premiar quem merece, pelos esforços, trabalho, iniciativa.

Do seu ponto-de-vista, dos mega capitalistas que fomentam o socialismo, visando chinalizar o globo inteiro, a coisa deve ser feita mesmo; o povo baixaria a cabeça, abdicaria de direitos, liberdades e se submeteria ao Estado/deus e para ele trabalharia.

Então, patrocinam todo tipo de vandalismos, perversões morais, violações de direitos, visando “desconstruir” o mundo atual, para, sob seu tacão e valores implementarem o “Reset Global”, (reinicialização do mundo) submisso a eles; sem os valores do cristianismo que tanto os incomoda.

Para isso, o socialismo tem funcionado muito bem; afinal, não labora para melhorarmos, nem poderia, com suas ferramentas destruidoras; antes, é para falirmos, no prisma econômico, educacional e dos valores.

Esse sistema, enriquece meia dúzia, líderes, (que nem precisam mais dinheiro, mas o amam) e empobrece o gado; destrói as estruturas de toda sociedade, por onde ele passa; exemplos sobejam, para quem, ainda não convertido em idiota útil, consegue somar, dois mais dois.

O colapso econômico da Europa, decadência dos Estados Unidos, certa proeminência incipiente, ainda em “stand by”, da Rússia e da China, eventuais protagonistas do globalismo comunista, mostram quão avançado o plano está.

No aspecto religioso, o fantoche deles, o Papa Chico faz com louvores seu trabalho de destruição. 

Imaginemos que a água tenha sido criada para matar a sede. Tenha sido usada assim, durante toda a história humana.

De repente, sem nenhuma razão plausível, se decreta que whisky, cachaça, cerveja, etanol, arsênico... podem e devem ser misturados à ela; todos devem beber da mistura, sob pena de serem acusados de radicais, fundamentalistas, misturofóbicos, proponentes do discurso do ódio.

O ecumenismo forjado pelo comunista argentino apelidado de Papa Francisco; todos os credos, por discrepantes que sejam, devem ser considerados igualmente válidos; no fundo, o objetivo do líder obscuro dessa porcaria toda, é estragar a pureza da água. É essa que o devora. Assim todos dessa “arca de Noé” rebanho de desiguais, devem concordar em não discordar.

O Salvador ensinou: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a Água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14 Qual dos demais credos “válidos” traz uma promessa semelhante? Falicismo? Islamismo? Pajelança? Hinduísmo? Espiritismo? Budismo...?

Todos buscam a Deus, cada um à sua maneira, defende o Papa; a única maneira possível, segue solene, sóbria, imutável: “... Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Jesus Cristo não Deu Sua Vida Preciosa para validar predileções humanas; antes, deixou claro que Falava com mortos espirituais, e condicionou a migração do cemitério para a luz, a darmos ouvidos À Palavra Dele; “Na verdade, na verdade vos Digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos Digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Socorrer aos mais pobres é mandamento; mas, deve ser iniciativa de cada um, usando suas posses, não dividindo às alheias. Direito à propriedade é sagrado; “Não furtarás.”

Invés de ficar devaneando e julgando a Justiça Divina com a lupa de Marx, que tal aprender na escola de Abraão? “Longe de Ti que Faças tal coisa; Mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti. Não Faria justiça o Juiz de toda Terra?” Gn 18;25

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Judas em nós


“Começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.” Luc 22;23

Cristo revelara que um dentre os discípulos, O trairia. Sabendo que O Senhor sempre tinha total segurança do que Dizia, não ousaram duvidar. Antes, duvidaram de si próprios.

Até quem não tinha nenhuma intenção de trair O Mestre, no tremor das suas inseguranças questionava? “Por acaso serei eu?” O que sabia que era consigo, para efeito de manter as aparências, dar uma de desentendido, também fez a mesma pergunta: “Respondendo Judas, o que O traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.” Mat 26;25

Embora tendo ouvido, eles não entenderam a denúncia clara do Salvador. Como se algo deixasse seus raciocínios lentos.

Como seria se, O Senhor apontasse abertamente o traidor? Teriam os demais discípulos, mantido a calma? Continuariam comendo a Páscoa? O precipitado Pedro seria o primeiro a “malhar Judas”.

Ao Senhor bastava falar com o próprio traidor; de modo que ele entendesse. Enquanto cada um revisava seus motivos, receoso, ao peso do, “Acaso serei eu?” O que era fora revelado e convidado a se retirar; pois, havia instruções preciosas que O Senhor reservara aos Seus chegados.

Se alguém pensa que O Santo tem coisas íntimas para revelar aos traidores se engana; “Certamente o Senhor Deus não Fará coisa alguma, sem ter revelado Seu Segredo aos Seus servos, os profetas.” Amós 3;7 “O Segredo do Senhor é com aqueles que o temem; Ele lhes Mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14 Aos pérfidos, basta ter reveladas suas perfídias.

Então, a Judas ordenou que fizesse de uma vez, a nojeira que pretendia; não por pressa de ser traído; mas, para ter o ambiente sadio, e revelar Seu Segredo aos íntimos. “... O que fazes, faze-o depressa. Nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto. Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres. Tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.” Jo 13;27 a 30

Oxigenado o lugar, o foco mudou; invés de temer à morte que se aproximava, O Salvador Falou como Quem Via as consequências dela; “Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem e Deus É Glorificado Nele.” v 31

Enquanto o traidor errava por vielas escuras sob o conveniente manto da noite, em busca dos compradores de sua alma barata, O Mestre ensinava preciosas lições aos demais. O novo mandamento; v 34

A certeza de ir preparar lugar para os salvos; Cap 14;2 A promessa de enviar O Consolador; v 26 o ensino sobre A Videira Verdadeira; cap 15;1 ss Advertiu sobre perseguições que os discípulos sofreriam; o ódio do mundo; vs 18, 19 ss etc.

Traidores se dão melhor no escuro, como foi o caso de Judas; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Paulo também usou essa figura: “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12

Tomemos as coisas espirituais por espirituais, como disse o mesmo apóstolo. A noite que ele aborda é da alma; de quem age precisando da cumplicidade do escuro; ocultar feitos.

Os salvos são desafiados a andar de “dia”, mesmo à noite: “Esta é a mensagem que Dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus É Luz; não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos; não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;5 a 7

Quem reconciliou com Deus, faz bem em suspeitar de si mesmo; de que em algum momento esteja traindo ao Senhor. Embora tenhamos nascido de novo, da Água (Palavra) e do Espírito (Santo), ainda somos carne, e “a inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois, não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Então, uma série de revelações só foram entregues após o afastamento do traidor, nós depois que reconhecemos e abandonamos nossas falhas, teremos restaurada a comunhão, e poderemos conhecer O Segredo do Senhor.

Facilmente identificamos nossas traições; basta lembrar atos do escuro. “Quer saber se os conselhos da noite são bons? Pratique-os durante o dia.” Zeferino Rossa

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

O pastor de si


“O coração entendido buscará conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia.” Prov 15;14

A sabedoria pode ser dividida em dois compartimentos; princípio e contingente. Por exemplo: “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria”; Prov 1;6 Quem teme ao Senhor é “sábio”, no princípio; O Senhor É A Sabedoria. Fonte d’onde mana todo saber.

“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio...” Prov 9;9 Trata-se outra vez, do sábio pelo princípio, não pela sabedoria; senão, não precisaria instrução.

Nosso “entendido” do início, entende, sobretudo, suas necessidades de saber. Por isso, invés de outra empresa qualquer, investe na busca de conhecimento. Paulo orou pelos efésios, “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da glória, vos Dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;17 e 18 A fé não é cega; A Palavra de Deus sempre desafia quem crê a buscar entender o teor daquilo em que acredita.

E, ser relapso nisso pode custar as vidas dos descuidados; “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento...” Os 4;6 “Porque Eu Quero a misericórdia, não, sacrifício; conhecimento de Deus, mais que holocaustos.” Os 6;6

O Salvador desafiou: “Ide e aprendei o que significa: Misericórdia Quero, não sacrifício. Porque não Vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” Mat 9;13

“Todos os homens bons que conheci,
- disse Spurgeon - estavam descontentes consigo mesmos; inquietos em busca de algo que lhes fizesse melhores.”

Os maus tendem a estar satisfeitos por serem como são; “obras acabadas” tanto que, se sentem aptos a cuidarem de si mesmos desde as fontes das suas tolices; “a boca dos tolos se pascentará de estultícia.”

“... se apascentará”;
o corpo, exposto a determinado período privado de alimentos entrará num processo deletério chamado autofagia, onde se consumirá para “se alimentar”. As almas dos que acham que bastam a si mesmos, de certa forma também vivem sua “autofagia”, onde suas tolices viram alimento, com o qual, “apascentam a si mesmas.”

Tentemos anunciar Jesus Cristo a um desses; presto reduzirá O Príncipe da Vida, a mera religião; postulará seu direito de ter também a dele; por fim, concluirá que todas são iguais. Ele “não precisa” ouvir nada do que temos a dizer.

“Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12 No tolo pode surgir uma faísca que acenda o desejo de aprender; investindo alguém nisso, poderá vir a ser iluminado; enquanto o presunçoso que acredita saber o necessário, baterá a porta na cara de qualquer tentativa de abrir seus olhos.

Mesmo o domínio de alguns aspectos da ciência pode ser um fogo fátuo a arder no sepulcro da vaidade humana, ao ponto de descartar as coisas que ainda desconhece; quase todos os ateus que conheci eram pessoas cultas. Como advertiu Blaise Pascal: "Um pouco de ciência afasta ao homem de Deus; um muito de ciência, o aproxima.”

O “entendido” tem seus lapsos no profundo; no coração. “O coração entendido buscará conhecimento...” Quanto mais sabemos, mais cientes ficamos de nossa ignorância. Quem adotou a sabedoria como princípio, sofrerá a falta dela; sempre sentirá sede de mais. Embora o aumento nisso traga efeitos colaterais pesados, (Porque na muita sabedoria há muito enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor. Ecl 1;18) pelo prazer dos ganhos, sofrerá de bom grado as perdas necessárias.

O tolo trata as coisas na superfície, não, no coração; “... a boca dos tolos se apascentará...” ao tal, basta ter suas “defesas” na ponta da língua; sairá vendendo seu peixe, orgulhoso de sua mente cauterizada.

Cristo debateu com alguns assim: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Infelizmente, há muitos com coroas de latão posando de reis no império das palavras, que erram como mendigos na sarjeta, nas avenidas das virtudes. Tolos apascentando a si mesmos com enganos.

A sabedoria os busca, clamando: “Entendei, ó simples, a prudência; vós, insensatos, entendei de coração. Ouvi, porque falarei coisas excelentes; meus lábios se abrirão para a equidade. Porque a minha boca proferirá a verdade; meus lábios abominam a impiedade.” Prov 8;5 a 8

Ela tem dois “problemas;” ilumina e desafia a andar na luz. Contudo, “todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

O tolo não anseia cura, (está vendendo saúde) só deseja aprovação. Apascenta a si mesmo, porque recusa ser apascentado pelo Bom Pastor.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

O Rosto de Deus


“... porque escondes de nós o Teu Tosto, nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.” Is 64;7

Deus esconder Seu Rosto é figura de linguagem; Ele É Espírito. A forma do Sumo Sacerdote abençoar o povo também mencionava Seu Rosto: “... Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor Faça Resplandecer Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti Levante Seu rosto e te dê a paz.” Nm 6;23 a 26

Rosto voltado significava bênção, proteção, no caso Divino; e obediência, submissão, no nosso caso; estando nossos rostos voltados a Ele.
Ele mesmo Reclamou certa vez: “Viraram-me as costas, não o rosto; ainda que Eu os ensinava, madrugando e ensinando-os; contudo, não deram ouvidos, para receberem o ensino.” Jr 32;33

Intentando julgar aos rebeldes O Eterno usou a mesma figura; “Com vento oriental os espalharei diante do inimigo; mostrar-lhes-ei as costas, não o rosto, no dia da sua perdição.” Jr 18;17

Quando nossos pecados pesaram sobre Cristo, O Eterno Teve que virar as costas por um momento, algo que O Próprio Salvador Sentiu: “Perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é: Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Mat 27;46 Porque nossos pecados O Faziam virar o Rosto.

“... porque escondes de nós o teu rosto, nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.” Um juízo. Deus esconde Seu Rosto por causa das nossas faltas; mais ou menos o que Isaías disse noutra parte: “A Mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Habacuque observou: “Tu És tão Puro de Olhos, que não Podes ver o mal; a opressão não Podes contemplar...” Hc 1;13

O Eterno Quer Ser Conhecido pelo que É, não por alguma forma que apelaria aos olhos, mais que ao coração. Filipe pediu para ver O Pai; Jesus o desafiou a olhar para Ele; “Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem vê a Mim vê O Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” Jo 14;9

Na Epístola aos Hebreus, temos mais detalhes; “... Falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a Quem Constituiu herdeiro de tudo, por Quem Fez também o mundo. O Qual, sendo o resplendor da Sua Glória, Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;1 a 3

A Palavra é totalmente omissa sobre os traços físicos de Jesus; razoável supormos que se parecia com os judeus, pois, veio com um deles. Isso eliminaria ao “Jesus” de Hollywood de olhos claros e traços europeus.

Quando A Palavra O descreve como “feio” (não tinha beleza nem formosura; olhando nós para Ele, não havia boa aparência Nele, para que O desejássemos.” Is 53;2) não se refere necessariamente aos aspectos físicos do Senhor;

antes, à reversão de expectativa que Sua Vinda causaria; invés de um Rei Poderoso, num garboso corcel branco, liderando um exército pra expulsar os intrusos romanos, um simples carpinteiro, perdoador de romanos, prostitutas e publicanos, que, invés de vingança por meios belicosos, ensinava orar pelos inimigos; um “peão” andarilho, que, no apogeu de Sua popularidade entrou na Capital num jerico emprestado; para as expectativas dos judeus, soava “feio” demais.

Entretanto, fora exatamente assim que as Escrituras O anunciaram; “Dizei à filha de Sião: Eis que teu Rei aí vem! Manso, assentado sobre uma jumenta, sobre um jumentinho, filho de animal de carga.” Mat 21;5

A beleza nos domínios do Espírito não tem, necessariamente, ligação com os conceitos físicos; “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu Nome, adorai O Senhor na beleza da santidade.” Sal 29;2

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.” Sal 19;8 e 9

Essas nuances do “Rosto de Deus” têm belezas que apenas homens espirituais conseguem ver.

Nenhum do nós poderia, num corpo carnal encarar A Face do Eterno; nossos pleitos junto a Ele, devem ser mediados pelo Filho do Homem; “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a Face de Deus;” Heb 9;24

As retinas que terão privilégio de ver O Eterno treinam agora separando-se tudo que Ele abomina; “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14