sábado, 14 de maio de 2022

A necessária leveza


“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Esperável do “Juiz de toda a Terra”, que a justiça paute Suas Ações. Quando diz que Ele não nos sobrecarrega, significa que não requerer que portemos uma carga maior que nossas forças.

Após ensinar as consequências, tanto da obediência, quanto da rebeldia, O Eterno “condena” os Seus, à liberdade de escolha.
“Os Céus e a Terra Tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência;” Deut 30;19

Deus não manda ninguém para o inferno; antes, chama todos a Si; a ida para lá é uma escolha humana, por cegueira, incredulidade, rebeldia, autonomia, não importa. No fundo, todas as variáveis derivam do conselho que sugeriu a independência humana em relação ao Criador. “Vós mesmo sabereis o bem e o mal”.

Esse “sabereis” é a maior "fake” de todos os tempos. Pois, se os homens deveras, soubessem as consequências das escolhas perversas não as fariam. Se, não por amor, obediência, ao menos, por esperteza.

Após a queda o homem já não pode escolher o bem, sem a bendita regeneração em Cristo.

Paulo explica os dilemas da boa vontade alojada num corpo refém do pecado; “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim; quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;19 a 21

Ao pensar numa carga Divina devemos ter como “carregados” os que decidem dar ouvidos ao Senhor. Apenas esses poderão se evadir ao juízo; o mundo já está perdido.

Jesus não veio falando com quem poderia ser, eventualmente, morto; mas, com quem já estava. “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Os que ouvem O Divino Chamado devem tomar para si a carga correspondente; “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

O jugo, nada mais é que submissão completa a Deus; “achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;8

Aprender Dele, excede em muito ao preencher de uma lacuna intelectual; deve moldar nosso viver; mais do que saber, devemos permanecer na Sua Palavra. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Conhecedor da natureza humana após a queda, (Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... Rom 8;6 e 7) O Eterno capacitou, mediante O Espírito Santo, os que O recebem Cristo, a levarem a carga necessária, que mantém o homem livre do juízo. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Semeadura e ceifa, muitos entendem mal, como se fosse uma via de salvação mediante obras; incide sobre os que recebem Jesus. Só esses têm a opção de “semear no espírito”, embora, também possam fazê-lo, na carne.

Seria um escárnio se, alguém abraçasse apenas o rótulo, seguisse vivendo conforme os disparates do mundo, e herdasse com Cristo; não! “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Como uma lousa totalmente escrita não pode receber um texto legível sem que aquilo seja primeiro apagado, nossas almas precisam “apagar” tudo do modo mundano entranhado, para que possamos “ler” a nova direção.

Antes da carga Divina precisamos nos esvaziar de nós mesmos; “Deixe o ímpio seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Para a carne rebelde a obediência é insuportável, aos que andam em espírito, a novidade de vida enseja uma leveza e segurança que não querem mais perder; “Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;30

quinta-feira, 12 de maio de 2022

No apagar da Luz


“... Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10;21

Se pode abrir os olhos de alguém literalmente, curando da cegueira; ou, figuradamente, no sentido de aclarar o entendimento, ensinar, advertir, informar, fazer entender.

No caso, tratava-se de uma cura que O Senhor fizera; quando alguém atribuiu Seus Ensinos aos demônios, o feito foi usado como argumento: “Pode um demônio abrir os olhos aos cegos?” Afinal, “Pelo fruto se conhece a árvore.”

Muitas curas são operadas por gente que debita isso a certos espíritos, “guias” “rezas” “benzeduras”; invocações ausentes nas Escrituras; portanto, não oriundos de Deus. Essas coisas costumam ter um custo espiritual imenso; enquanto, “A bênção do Senhor enriquece; não traz consigo dores.” Prov 10;22

Não significa que alguém curado se tornará Seu servo, necessariamente; Jesus curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer. “Um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; era samaritano. Respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? Onde estão os nove?” Luc 17;15 a 17

Os judeus deram as costas; o estrangeiro voltou, agradecido. Como disse Paulo: “Se formos infiéis, Ele permanece fiel.” II Tim 2;14

Todavia, se “curas” periféricas o inimigo até encena, algo dessa grandeza, restituir a visão a um cego, faltam registros de que tenha acontecido; senão, pelo Espírito de Deus.

Assim como um mago faz seus “milagres”, o simples adjetivo de ilusionista, já deixa patente que, seu “poder” reside na arte de ludibriar, enganar. Também, os “prodígios da mentira” normalmente são mais mentirosos que prodigiosos.

Um desses, quando viu os milagres operados pelos apóstolos desejou ser como eles; porém, invés de “nascer de novo” em Cristo, quis um atalho forjado pelo dinheiro; Pedro advertiu: “Teu dinheiro seja contigo para perdição, pois pensaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus.” Atos 8;20 e 21

Dos “milagres” do canhoto A Palavra de Deus diz que a vinda do seu milagreiro mor “... é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

Seus métodos: mentira, engano, injustiças... seus “pacientes”, os que perecem por não amar à verdade.

Sobre esses, depois de os ter cegado, deita e rola; “Mas, se ainda o nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4 Cegueira de entendimento, compreensão do significado do Evangelho.

Normalmente a cegueira soa conveniente aos incrédulos, com ela se identificam, por não os “incomodar”; deixar que durmam o sono da morte sem as demandas que acompanham à Água da Vida.

Quem pensa que somos chamados para um bom encaixe com os descaminhos do mundo, ainda não entendeu o significado da “porta estreita”; nosso desafio é para um bom confronto espiritual, firmados na Doutrina de Cristo; ou, como disse Paulo, o “bom combate.”

O Salvador denunciou que Sua Luz fora rejeitada, pela identificação preferencial com o mal, por aqueles que Tentara iluminar; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, como vimos no exemplo dos leprosos, alguém curado fisicamente pode dar as costas ao Senhor, outrem iluminado espiritualmente, dificilmente fará isso;

se o fizer, patrocinará uma segunda crucificação; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Embora os demônios não possam curar, podem arrastar ao curado, para a cegueira novamente. A luz espiritual não é para vermos apenas; mas, para moldar nosso andar. “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

terça-feira, 10 de maio de 2022

Rejeição à Vida


“... A Palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa, não gostam dela.” Jr 6;10

As contradições sofridas por Cristo são a prova mais eloquente de, quanto A Palavra de Deus é rejeitada. Escolher pontualmente um texto, qualquer um faz; colam na geladeira, nos carros; a maioria das seitas deriva suas idiossincrasias de alguma porção bíblica.

O Espírito Santo disse, mediante Simeão, Jesus seria contraditado à morte. Não até ao tempo de morrer; mas, ao disparate de ser morto, pelos contradizentes. “... Este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado; uma espada transpassará também tua alma, (de Maria) para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;34 e 35

Podemos perceber que O Eterno levou a liberdade de expressão às últimas consequências; os religiosos de então, levaram sua rejeição à Palavra de Deus, até o mesmo ponto.

Quando é preciso matar alguém por causa do que ele diz, essa é a maior prova que, sua fala não é de pequena relevância. As Escrituras ensinam que, “O ouvido prova à palavra como o paladar prova aos alimentos.” Como, as “Palavras de Vida Eterna” demandam uma morte antes do ingresso à vida, para quem as ouve, inicialmente, têm um cheiro de morte, de cruz.

Por isso, Paulo pontua a diferença para uns e outros; “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida.” II Cor 2;15 e 16

Não há neutralidade; ou, o homem nega a si mesmo submisso à Palavra de Deus, ou acabará negando a Deus, se fazendo adversário resiliente da verdade. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Alguns tentaram um meio termo, mas, Deus considerou rejeição inteira. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Saber teorias corretas, divorciados da prática, nos faz mais réprobos que, os que não sabem; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

A incredulidade é multifacetada; uma das formas mais cretinas de se negar a Deus é fingir que O Serve, enquanto, o coração egoísta serve-se das coisas que pode
.
Quem tiver alguma dúvida sobre a aversão À Palavra, por esses barulhentos em torno dela, faça cultos de estudo, escolas bíblicas e veja quais e quantos, comparecerão.

Essa geração carece urgentemente, ser lavada, e pensa que sua necessidade é de ser bem sucedida; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Embriagados de egoísmo anseiam por “profetas” segundo seus porres; onde já vimos isso? Ah, “Se houver alguém que, andando com espírito de falsidade, mentir, dizendo: Eu te profetizarei sobre o vinho e bebida forte; será esse tal o profeta deste povo.” Miq 2;11

Hoje, grassam os que “profetizam” chaves, portas, restituições, riquezas terrenas, humilhação de adversários, exaltação da carne; recebem estima e pagamento proporcional, para mentirem a uma geração avessa à Palavra da Vida, que nem se importa de perecer por falta de conhecimento.

Nossa omissão facilita o trabalho do furo-olhos; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a Luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Oportuna a figura de Belsazar; cheio de cultura inútil alienado do Deus Vivo; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Urge entendermos que A Palavra de Deus não é um manual para conquista de bens terrenos; antes, um Escudo, para proteção do bem maior, a vida; “O salário do pecado é a morte;” Rom 6;23 “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11

Não traz uma reformulação onde preponderam nossas inclinações rasas envernizadas com cacoetes bíblicos; antes, uma transformação, onde o vidro e o diamante ocupam, cada um, o devido lugar; “Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são os Meus Caminhos mais altos que os vossos, e os Meus Pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;9

Quem rejeita os caminhos delineados pela Palavra, que se desiluda das promessas nela contidas, também; apenas, “o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

domingo, 8 de maio de 2022

Mais perto quero estar


“Começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos. Entrando Ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com Ele.” Mc 5;17 e 18

Os que estavam “bem” queriam que O Salvador se afastasse, que saísse dos seus termos; o que fora possesso, recém liberto, desejava andar com Jesus.

Normalmente as coisas são assim. Quem viu ao capeta mais de perto valoriza a salvação que Cristo oferece. Os que presumem que estão bem, optam por desprezar à Água da Vida, como se, dela nem precisassem. “Você não apreciará devidamente a Misericórdia de Deus, até ter conhecido a severidade do Diabo.”

Enquanto O Senhor busca Se Revelar, o Capiroto, autocrítico, precisa disfarçar-se; quiçá, negar a própria existência. Quanto mais o traíra conseguir se esconder, menos as pessoas perceberão quanto necessitam do Senhor.

Foi assim quando Cristo Veio. Os errantes pelos descaminhos do inimigo desejaram ouvi-lo; os que estavam “bem” endureceram-se contra Ele. “Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes, mas os publicanos e as meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32

A “bondade” dos ruins que os faz acessíveis ao Salvador é que suas mortes espirituais estão mais “vivas” que a dos presunçosos com verniz religioso. Presunção é a maldade dos “bons”.

O Evangelho caminha sobre uma “terra arrasada”; nivela todos ao patamar da morte espiritual, não é bem recebido pelos que ocupam lugares mais altos. Deus não tem preferência por pobres ou ricos; chama aos “pobres de espírito”, barco no qual estamos todos, mas, só percebem isso os humildes.

A missão do precursor do Senhor era patentear isso: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus. Todo vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido...” Is 40;3 e 4 

Nivelar os do Sinédrio, às meretrizes e aos publicanos era uma “desigualdade” que feria o orgulho dos religiosos.

O Senhor disse que falava com mortos, independente das condições sociais; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Quem são os mortos espirituais? Pecadores; “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23 

O Único sem pecados É O Senhor, fica lógico entender o “Sem Mim nada podeis fazer.” Pois, “... nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, e feito mais Sublime que os Céus;” Hed 7;26

O “descanso para as almas” aos que fossem a Ele, implicava, e ainda implica, no “novo nascimento da Água e do Espírito.” A alma é impotente para enfrentar às inclinações pecaminosas da carne; “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus...” Rom 8;6 e 7

Nem se trata de querer ou não, fazer a coisa certa; mas de não poder, sem Cristo. “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom 7;22 e 23

Por isso a necessidade da cruz, de mortificar às más inclinações para andar segundo a Vontade Divina.

A primeira dádiva aos que recebem O Senhor, é poder “andar com Ele” ou, poder agir conforme, as demandas do espírito regenerado; “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

Enfim, a qual distância nos convém estar de Cristo, é o melhor aferidor de nossa salvação. Queremos estar com Ele, ou que Ele se afaste?

Muitos camuflam sua aversão ao Senhor “justificando-se” atrás de erros dos cristãos. O Senhor mesmo ensinou que serão inevitáveis os escândalos; e quanto mais Sua Palavra se cumpre, mais patente fica o quão Digno de crédito Ele É.

“... Digno És de tomar o livro e abrir os seus selos; porque Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, língua, povo e nação;” Apoc 5;9

sábado, 7 de maio de 2022

Como nos dias de Noé



“Não perceberam, até que veio o dilúvio e levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.” Mat 24;39

Aquela geração comia, bebia, casava, dava-se em casamento; vivia uma rotina normal, como se, nada devesse esperar, diferente do usual.

Não perceberam... perceber é entender, compreender, captar, atinar, conceber, alcançar... qualquer dos sinônimos possíveis, sugere algo que estava ao alcance. Diferente das coisas ocultas, às quais, a percepção não pode tocar. Perceber, então, era possível, mas por alguma razão não foi atingido. Demandava uma observação que estava ausente.

A “loucura” de Noé construindo a arca durante longos anos era de domínio público; motivo de escárnios, talvez. Tanto a construção, quanto, seu objetivo; dado que, o juízo ameaçado viria mediante chuvas copiosas, coisa que não acontecia; sequer, uma garoa caía; apenas orvalho.

Seria possível ter observado que Noé, não obstante sua inusitada obra, não exibia nenhum traço de insanidade mental; mais; que seus filhos levavam um modo de vida diferente do que a sociedade dissoluta e violenta de então.
Certamente havia outros indícios mais; assim, quem tivesse percepção aguçada poderia ter se associado a Noé, aderido ao projeto e certamente seria salvo. Mas, como sabemos, as pessoas preferiram levar as vidas das suas maneiras, mesmo ao risco de se perderem.

Hoje, o fomento das distrações é mais amplo que naquele tempo, (o circo do engano é imenso) também, os sinais com potencial de despertar nossa percepção são maiores.

Entre eles, o nebuloso tempo da pós-verdade previsto por Isaías; “... porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. A verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

O advento dos pastores mercenários; “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...” II Ped 2;3

O motim global contra Cristo, a “igreja” ecumênica está em célere gestação; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

A “Imagem da besta” que fala, mediante difusão da tecnologia, que possibilita o controle de todos, como o canhoto deseja, grassa e acelera;

de quebra, vivemos na pior geração de todos os tempos, nos quesitos, valor, honra, decência, honestidade, probidade, integridade, inteligência; “nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5 Etc.

Então, não faltam elementos pra uma percepção dos tempos em que vivemos, da urgência em abraçar a salvação, e, da veracidade da Santa Palavra de Deus.

Nossa percepção limitada tende a “catalogar” as coisas de acordo com nossa perspectiva. Mas, quem aprende de Deus é desafiado a adotar para si os parâmetros Divinos. “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;8

Nós temos como móveis os utensílios que emprestam comodidade às nossas casas; como imóveis, as próprias moradias, além de porções de terra que cada um domina.

Para O Eterno até mesmo Terra e Céus são “móveis”; “A voz do qual moveu então a Terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que, as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

Se, até Céus e Terra podem ser movidas, pelo Eterno, quais as coisas imóveis que permanecerão?? O Salvador ensinou: “O Céu e a Terra passarão, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Quem derivar sua percepção da vida, da Palavra de Deus e nela andar, nada terá a temer, do juízo porvir.

A gritaria por interesses rasos vem abafando a voz dos que pelejam por valores. Bens, alicerçados há séculos, comprovados, que se fizeram de domínio público, de repente são questionados, revistos, rejeitados...

A Própria Palavra de Deus, Inerrante, Eterna, Imutável vem sendo temerariamente editada, em nome da “inclusão” daquelas posturas abjetas, que ela mesma exclui.

A transfiguração do inimigo tem feito grandes estragos em ambientes que deveriam ser consagrados ao Senhor.

Quem andar em Espírito terá a necessária percepção; “o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15

O juízo está às portas; “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Pequenas proezas; grande negócio


“José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó...” Gn 41;46
“O mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos...” Luc 3;23

Os teólogos chamam de tipo profético, eventos, pessoas, ritos do antigo Testamento, que apontam pra outros futuros. Assim, o cordeiro da Páscoa era um tipo de Jesus; Melquisedeque, do Sacerdócio de Cristo; a chamada de Abraão do convite à conversão, etc.

Pois, José, invejado e vendido por seus irmãos, chamado ao governo com trinta anos, como provedor de alimento para os dias maus que viriam, é um eloquente tipo de Cristo.

O Senhor também começou Seu Ministério com trinta anos, também; foi invejado, vendido pelos Seus; se, a José o Faraó chamou Zafenate-Paneá (Salvador do mundo) porque a luz dada a ele salvaria a vida de muitos do mundo de então, Cristo É O Salvador do Mundo todo, o “grão de trigo” que morreu para dar muito fruto; O Pão Vivo descido dos Céus, cuja multiplicação contínua, alimenta e salva, até hoje.

Naqueles dias era preciso armazenar o trigo dos bons anos, como precaução aos maus que viriam; no que tange a Cristo não é diferente. Sua Doutrina começa a ser taxada como “discurso de ódio”, os que recusam anexos a ela são chamados de fundamentalistas, radicais, etc.

Quem fizer o bom depósito enquanto dá, terá o bom “trigo” durante o “estio” que se aproxima veloz.

Quando O Calvário estava às portas O Senhor disse: “Agora é a hora das trevas... é chegado o príncipe desse mundo que nada tem comigo.”

Pois, há um juízo em curso com o surgimento do títere de Satã; “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade...” II Tess 2;9 a 12

A mentira está na ONU, na OMS, nos Governos da Terra, domina a imprensa, (na política sempre esteve, é o criadouro) e breve, a verdade se tornará crime, sob a pecha de ódio, ou mesmo “fake news”. “... a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

A liberdade de culto será tolhida; virá o ecumenismo, onde a “Igreja Oficial” ditará como as coisas podem ser; mero humanismo, derivado do Capeta, invés de Cristianismo Oriundo de Deus. Todos os credos estarão “certos”; errado e banido será quem ousar discordar.

Quem não tiver feito o devido depósito nos dias de fartura, passará fome da verdade. O conselho dado a Timóteo deveria valer para nós; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência... Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” I Tim 6;20 3 II Tim 1;14

Faraó viu em José uma Luz que dissipava a cegueira circunstante e disse: “... Acharíamos um homem como este em quem haja o Espírito de Deus?” Gn 41;38

Pois, em todos os que recebem ao Salvador do Mundo, Jesus Cristo, O Bendito Espírito Faz morada.

Atualmente, os “magos de Faraó” dão conta do recado sem ajuda dos servos de Deus; aliás, esses atrapalham. Mediante os frutos da árvore da Ciência, a tecnologia, “faraó” consegue certa Onipresença e Onisciência; um simulacro. Com a “Imagem da Besta” que fala, controlará o mundo ao seu bel-prazer.

Muitos pensam que o “azeite” da prudência repousa em certos dons do Espírito Santo; Não. Andar em espírito, em comunhão com Ele para discernir as coisas como são pra ser livre das seduções do inimigo. “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

Quando as diretrizes globalistas soarem suas vozes ecumênicas, buscando-nos, “Os teus ouvidos ouvirão A Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

A serpente do Éden não é um tipo da atual; é a mesma; com uma amplitude maior de falso brilho nos meios de sedução. “Aos violadores da Aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, fará proezas.” Dn 11;32

Quem cria uma versão “Gospel” pra tudo que o mundo faz, como não o imitará quando esse for marcado qual gado? Comecemos com proezas menores, treinando para a final.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Prisão de ventre


“... Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Desde a autonomia suicida do; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal,” que o homem erra ao estabelecer prioridades. No caso dos pastores em apreço, interesses antes dos deveres.

Sendo o ego, o maior obstáculo para a boa ordem das ações, natural que seja o primeiro a ser removido para que as coisas retornem ao lugar, da perspectiva Divina. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

O Próprio Jesus Cristo, disse: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar Sua Vida em resgate de muitos.” Mc 10;45 Servir por amor é a essência do Reino de Deus.

Daí, entre outras facetas dos Seus ensinos encontramos as prioridades, do prisma celeste: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Quando alguém faz menção das coisas Divinas, como pretexto, visando aquisição para si, das humanas, tal se encaixa no perfil que Paulo delineou como sendo adoradores das tripas; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da Cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre...” Fp 3;18 e 19

A Cruz de Cristo atina primeiro à regeneração das almas, não a alimentação dos corpos. Perverter seu fim seria uma atitude profana.

Não apenas na esfera religiosa, até nos meandros políticos, encontramos esses que colocam o feno antes das joias.

Enquanto, para homens de almas sadias as considerações políticas começam por liberdade, probidade, justiça, educação esmerada, infraestrutura... outros discutem o preço do gás, dos ovos, do leite, da carne; não que essas coisas não sejam importantes; mas, quando se antecipam aos valores morais e cívicos, testificam das prioridades dos que, assim falam.

Para os tais, pouco importa corrupção, roubos, improbidade, valores inversos, fisiologismos vários; venderiam seus votos por uma cesta básica; de bom grado seriam serviçais de ladrões, se em troca, alguma bolsa-pão, se lhes abrisse.

As variações de preços não dependem de governos; se não houver certo lucro como estímulo à produção, alimentos nem serão produzidos; assim, o mercado, a demanda estabelece preços; o Governo gere as coisas públicas, não, as privadas. Quando governos pretéritos se meteram a congelar preços, os bem informados sabem no que deu. Escassez.

Quando ignoramos os valores da alma, nos contentamos com comer, beber e copular, abdicamos da condição humana e nos tornamos meros animais.

É fácil taxar os outros de gado, por ter aprendido a mugir duas sílabas; difícil seria agir como homem, com todo o potencial legado a quem, além de corpo, recebeu alma e espírito.

Atuar ciente das responsabilidades, consequente no que tange às próprias ações.

Não dá para semear escolhas majoritárias em corruptos, tiranos, ditadores e esperar colher na ceifa das urnas, a governantes patriotas, libertários, probos, democratas.

Os mesmos que, no auge da pandemia defendiam o fecha tudo, “a economia a gente vê depois”, por um lado, via ONU acusam o Presidente de “crime contra humanidade” por querer que a economia seguisse seu curso, com devidos cuidados; por outro, vociferam seu descontentamento com a escalada dos preços dos alimentos, esquecendo convenientemente, que foram eles que atrapalharam a economia, não O Presidente.

Ele tolhido em Seus poderes pelo STF, pagou “Auxílio Emergencial” e carreou polpudas verbas aos estados, que, na maioria foram malversadas. Desviadas.

Até “la pensa” daltônica, que enxerga vermelho onde é verde e amarelo, começa a dar sinais de cansaço, em sua inglória luta de colar versões abafando fatos. Também esses, malgrado a nobre chamada para servir ao público com um trabalho imparcial, têm se feito na ampla maioria, “pastores de si mesmos.” Como prostitutas vendem seus corpos por dinheiro, esses, fazem o mesmo com seus veículos.

Tentam abafar as manifestações populares, em claro sintoma de ausência de autocrítica. Não podem mais nem dez por cento do que podiam antes do advento das mídias sociais, mas atuam como se inda pudessem.

Os buracos de suas peneiras se fazem cada vez maiores, e concomitante, os raios do sol, mais vívidos.

Não importa o teatro de nossa atuação; religioso, civil, político; se as nossas prioridades se opuserem às prescritas pelo Criador, estaremos colocando o carro adiante dos bois. E não venham com essa balela que política e religião não se discutem. O que são os comícios e cultos, senão, locais para discutir essas coisas?

Quando o contraditório precisa ser abafado, no fundo, sabemos que estamos defendendo o indefensável. A Bíblia sentencia: “... Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22