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domingo, 4 de agosto de 2019

Como Deus Se Apresenta?

“Ah, se eu soubesse onde o poderia achar! (a Deus) Então me chegaria ao Seu Tribunal. Exporia ante Ele minha causa; minha boca encheria de argumentos” Jó 23;3 e 4

O infeliz Jó no auge do sofrimento suspirando pelo direito de defesa. O Mesmo Senhor testificara que ele era reto, temente, que se desviava do mal. Entretanto, pela inveja de Satanás que propôs um desafio ao Santo, Deus permitiu que aquele pusesse à prova a fidelidade dele.

Os amigos que foram inicialmente solidarizar-se, em dado momento se tornaram um peso, pois, não entendendo a razão daquilo cogitavam que derivava de pecados, e mesmo no escuro, sem ter do que o acusar estritamente exortavam-no ao arrependimento.

Cansado da clara de ovo sem sal, como definiu as palavras dos seus molestos amigos, desejava expor suas razões ante Deus, onde “encheria a boca de argumentos”.

Pois bem, em dado momento, O Juiz dos Vivos e dos Mortos concedeu-lhe audiência.

Antes de lhe dar direito a defesa leu o “Processo”; “Onde estavas quando eu fundava a Terra? Deve saber, já tens idade. Quem colocou limites ao mar, onde deveriam quebrar suas ondas? Quem lhe deu nuvens por vestes, e entesoura o gelo como arma para ocasiões oportunas? Quer saber? Pega a terra pelos quatro cantos e sacode dela os ímpios, aí reconhecerei que tua mão pode te livrar. Fostes tu que destes velocidade e privastes de inteligência ao avestruz? Destes ousadia ao cavalo que galopa excitado contra a batalha? Podes lavrar com boi selvagem, pescar o crocodilo e fazer de brinquedo para tuas crianças? Ninguém há tão corajoso que se atreva a despertá-lo, quem se atreveria a levantar diante de mim? (paráfrase livre de fragmentos dos capítulos 38 a 41)

Há muito mais basta ler; mas, invés de encher a boca de argumentos como pensava encheu de dedos; “Eis que sou vil; que te responderia? Minha mão ponho à boca.” Cap 40;4 Com meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos.” 42;5 


Não há registro que Jó tenha visto Deus estritamente; apenas ouviu-O desde um redemoinho. Quando ele diz: Agora te veem meus olhos, significa: Agora entendo melhor.

“Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis... Escuta-me, pois, e falarei; te perguntarei, e tu me ensinarás.” 40;3 e 4

Eis algo que todo servo de Deus deveria saber! Invés de argumentar às escuras sobre o que não entende, deveria perguntar humildemente a Ele e Dele aprender. Traduzindo: Meditar na Sua Palavra.

Nem era estritamente contra Jó o embate; era um duelo milenar entre O Todo Poderoso e Satanás. Ele estava no meio o infeliz; Deus o permitiu, depois repôs em dobro o que ele perdera numa luta que entrou sem querer.

Muitos confundem, pregadores inclusive, que pelo fato de Deus poder nos livrar das dores Ele nos deve isso. Tomem para si as perguntas que Ele fez a Jó. Ele promete passar conosco pela água e pelo fogo, não, secar àquela ou apagar a esse, segundo nossos devaneios doentios.

Não estamos num lugar de felicidade; esse será no além quando Deus enxugará toda a lágrima; aqui é uma “competição” onde os “classificados” ganharão ingressos para lá. Quem devaneia com as soluções de Deus imediatas, aqui e agora como deseja a carne, e como ouvi de certo ateu, ainda precisa conhecer Deus.

Como nos apresentamos a alguém que nos não conhece? Sou fulano de tal, tenho tantos anos, nasci em... e sou especializado em... Mais ou menos isso. Nome, origem, idade, profissão. Como Deus se apresentou a Jó??

O Criador. As Suas Obras deveriam falar por Ele. Paulo desenvolve: “... suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu Eterno Poder, quanto a Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Enfim, precisamos de menos ufanismos, “vitórias” de plástico para agregar adulados por meros números, e apresentarmos a gravidade bíblica como ela é, por mais almas salvas.

Pregadores que se atrevam a dizer que as coisas não vão melhorar necessariamente porque queremos apenas; antes, que Deus estará conosco e nos fará conhecer os dois lados da moeda para nos temperar. “No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

Aos fiéis em Cristo, após aprovados Deus dará infinitamente mais que o dobro. Tínhamos setenta ou oitenta anos de vida; ganharemos vida eterna. O que passar disso é graça sobre graça; não um direito nosso; é gorjeta aos convidados pra festa.




domingo, 8 de julho de 2018

Adoração; causa ou, consequência?

“Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois, aos retos convém o louvor. Louvai ao Senhor com harpa, cantai a Ele...” Sal 33;1 e 2

“... aos retos convém o louvor...” Desde o primeiro “culto” prestado na Terra, temos a “jurisprudência” do que é aceitável a Deus, e, o que não. Embora as igrejas da moda digam que quanto maior o “$acrifício” mais fé, portanto, maior aceitação, O Eterno interessa-se mais pela retidão do ofertante, que, pelo montante, ou, tipo da oferta.

Malgrado, já tenha lido muitos comentaristas Bíblicos dizendo que, Abel foi aceito por ter trazido um sacrifício de sangue; Caim, rejeitado, por ter trazido frutos da Terra, a Palavra de Deus não diz que esse foi o motivo da aceitação de um, e rejeição de outro, antes, diz: “... atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas, para Caim e para a sua oferta não atentou...” Gên 4;4 e 5

Antes de olhar para a oferenda o Senhor olha o coração do ofertante para identificar seus motivos. Os motivos de Caim, por certo, não eram os melhores dada a repreensão que ouviu: “Se, bem fizeres, não é certo que serás aceito?” v 7 Nada autoriza a inferir que, “fazer o bem” equivalesse a mudar o tipo de oferta.

Mediante Malaquias O Santo denunciou o culto hipócrita de gente indiferente, cujas ofertas, eram reflexos dessa indiferença e falta de temor; por rejeitar tais pessoas, disse O Senhor, que aborrecia seu culto também; “Quem há também entre vós que feche as portas por nada; não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.” Mal 1;10

Com o coração adorador, despido de emulações, egoísmos, interesses vis, até as duas moedas da viúva pobre se fazem uma grande oferta; porém, quem abrigar inimizades, partidarismos, mágoas, ou, coisas afins, não importa o que traga para oferecer, não será aceito. “Portanto, se trouxeres tua oferta ao altar, e, te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta; vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; depois, vem e apresenta-a.” Mat 5;23 e 24

O culto aceitável sempre será consequência do relacionamento com Deus, não, a causa.

Entretanto, temos uma geração de “adoradores” cuja dita, se dá diante de grandes plateias, cantando letras ufanistas, a maioria das quais, não resiste a um escrutínio bíblico, como se, o canto comercial e egocêntrico fosse adoração que O Eterno deseja. A esses diria como nos dias de Amós: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como águas, e, justiça como o ribeiro impetuoso.” Am 5;23 e 24

Com pretexto de “contextualizar” alcançar todos os públicos, têm emporcalhado as músicas produzindo verdadeiros lixos que até o bom gosto humano rejeitaria, mas, é “oferecido ao Senhor”. Se, a pessoa importa mais que a oferta, e é assim, também é certo que, um fiel que adora ao Senhor deveras, invés de plagiar porcarias, esforçar-se-á para produzir o melhor e agradar a Deus, como disse Davi certa vez: “...Não darei ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei holocausto que não me custe nada". I Crôn 21;24

De qualquer forma, a qualidade da oferta pode ser sublime, mas, se a vida do ofertante for desprezível, tudo estará perdido. “Por isso, quando estendeis vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; ainda que multipliqueis vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.” Is 1;15 e 16

Por isso, antes de sermos adoradores carecemos edificação pelo Espírito, pois, a única adoração aceitável ao Santo é “em espírito e verdade”, daí, “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Perd 2;5

Lembro de muitos pregadores que, por vício, acossavam suas plateias a fazer barulho, enquanto diziam que Deus falava por eles; cáspita! “... chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois, não sabem que fazem mal.” Ecl 5;1

Se, estamos em falta, sempre estamos, o silêncio submisso que atenta para a Voz de Deus é a “adoração” que nos cabe. “Assente-se solitário, fique em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele. Ponha sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.” Lam 3;28 e 29

Porém, se alguém se dispõe a cantar louvores, certifique-se que tem andado em retidão; assim, seu louvor não terá motivos colaterais, será aceito; pois, sua vida já O Louva.