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domingo, 8 de dezembro de 2019

Sarados espirituais


“Senhor meu Deus, clamei a ti e Tu me saraste.” Sal 30;2


“Senhor meu Deus...”
requer um relacionamento. Houve reis até, que chegaram aos profetas e pediram: “Clama ao ‘teu’ Deus.” Como disse Dario a Daniel ao lançá-lo na cova dos leões: “O teu Deus a quem continuamente serves, Ele te livrará.”

Quando alguém fala “Senhor Meu Deus” não está se dizendo proprietário de Deus, antes, servo; pretende ter com Deus um relacionamento fiel. Como O chamaria Senhor sem obediência?

Dois vícios são muito encontráveis no nosso meio. O clericalismo onde, apenas uma casta de “especializados” sabe como se procede e nas mãos desses, deve o povo comum buscar diretrizes; e a banalização irresponsável, na qual, até quem não dá a mínima para O Altíssimo e Sua Palavra se diz Dele.

“Deus é Pai não é Padrasto;” “Também sou filho de Deus”. Isso de gente, cujos passos, em nada testificam de uma filiação tão nobre.

Certos traços filiais são necessários para que a coisa se mostre veraz; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

Há um meio termo saudável. Não é só para “especialistas”, nem para todos de qualquer maneira; É acessível a todos, mediante o mesmo padrão: “A todos quantos o receberam, (a Cristo) deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Se, o convite é abrangente; “vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos...” a condição é precisa para os que ousarem tal passo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim...”

“... clamei a ti...” Muitos falam alhures sobre o “poder da fé” de uma forma diluída, como se, a mesma tivesse alguma virtude em si, invés de ser apenas um lastro para o relacionamento com quem, deveras, tudo pode.


Ora, para quem devaneia com um poder intrínseco à fé, qualquer fé serve. Em Buda, Alá, Krishna, Osíris, ETs, Gnomos, Bruxas...

A fé saudável nunca foi apresentada como tendo poder; antes, como sendo uma atitude que agrada Àquele que o tem. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Quando O Salvador disse: “A tua fé te salvou” não estava aludindo a suposto poder da fé; antes, referia-se à qualidade da mesma; Ele dissera: “Crede em Deus, crede também em Mim.” Desse modo, “Tua fé te salvou” porque crestes em quem te poderia salvar.

“... e Tu me saraste.” A ideia geral de sanidade atina às coisas do corpo estritamente; embora, seja bem mais ampla que isso. No livro de II Reis temos Eliseu, o profeta, derramando uma porção de sal numa fonte corrupta de Jericó e “sarando” às águas. Moisés fizera semelhante em Mara. Em resposta à oração de dedicação do templo feita por Salomão, O Eterno prometeu mediante certas condições de fé e arrependimento, ouvir desde os Céus e “sarar” à sua terra.

Alguns adeptos da errônea ideia que servos de Deus são dedetizados e jamais ficam doentes por causa da fé, torcem o sentido de Isaías, onde diz que, “Pelas Suas pisaduras fomos sarados.”

Em cima disso afirmam, como faz R. R. Soares, por exemplo, que todas as doenças são do inimigo; devemos “tomar posse da bênção” que já é nossa.

Nesse caso, o que precisa de saúde é a compreensão dele que está enferma. No contexto imediato se pode ver o tipo de enfermidade em foco; “... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele...” Cap 53;5

Se, a “doença” era de transgressões, iniquidades e a consequência da cura foi o restabelecimento da paz com Deus, necessária se faz a interpretação que, a saúde em realce seja espiritual, não, física.

Não significa que O Senhor não cure moléstias físicas também; apenas, não é essa a prioridade. Nem sempre quer. “Minha graça te basta, pois, Meu poder aperfeiçoa-se na fraqueza.”

As enfermidades pesam; somos ditosos quando O Senhor nos socorre no tocante a elas; contudo, essas não vão além da sepultura;

Há males maiores de consequências eternas que devem ser alvo de nosso zelo, vigilância e orações; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

sábado, 24 de novembro de 2018

Falsos Profetas em nós

“Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” Ez 13;5
Diatribe do Senhor contra falsos profetas mediante Ezequiel. O Eterno não os chamou de mentirosos estritamente, ainda que, o eram. Antes, foi além; às consequências das mentiras que obraram por desarmar espíritos em relação ao que era necessário, (estar firmes na peleja) deixando-os assim, como cidade vulnerável aos ataques do inimigo. “Não subistes às brechas, nem reparastes o muro...Naquele contexto, o triunfo dos inimigos sobre Israel sempre decorria de juízo por desobediência. Assim, reparar as brechas seria exortar ao arrependimento, não, literalmente consertar a um muro.

O povo escolhera para si um modo de vida contrário aos Divinos preceitos; o papel de um profeta veraz seria denunciar a apostasia e acenar com o juízo; entretanto, ... andam enganando meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa não temperada;” V 10

Desgraçadamente as pessoas tendem a ser solidárias no erro, mais que, na virtude. Um profetiza falso, outro, (movido mais pelo sabor fácil da falsidade, que o sóbrio da verdade) vem e corrobora; “Um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa...”
Profetas idôneos como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Elias, etc. sempre foram águias solitárias, invariavelmente resistidos por falsos profetas.

Claro que é mais fácil e popular falar ao povo incauto sobre benesses e livramentos supostamente prometidos por Deus, malgrado a apostasia dos ouvintes, que, denunciar isso; dar a cara a tapa por desejar ser fiel, medicinal, não, popular.

Ora, em se tratando de labor, por exemplo, optarmos pelo método mais fácil é inteligente, óbvio. Quem usaria um serrote dispondo de uma serra elétrica para cortar madeira? Entretanto, quando está em jogo a vida, nunca será a facilidade o método de escolha sábia, antes, a eficácia. Não importa se o remédio é amargo, desde que cure.

As impressões sensoriais também costumam ser falsas profetisas, atendo-se ao agradável em lugar do veraz; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12
Não é à facilidade da caminhada, pois, que devemos nos ater; mas, aonde leva o caminho que estamos trilhando. Se, eventualmente um nos parece direito, e, no fim se revelará mortal, confiar em nossas próprias percepções é mais que aquiescer ao engano; é suicídio.

A colisão da mentira aceita pelo homem, contra a cidadela da verdade fez brechas no muro da comunhão Divino-humana; a sugestão assassina, “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”, ensejou uma enfermidade mortal. Hoje diz: “O poste mijou no cachorro”. Ou seja: A alma que deveria andar submissa ao espírito, com a morte espiritual decorrente do pecado, assumiu o comando; invés de ter O Divino Saber por Absoluto, passou a absolutizar suas próprias paixões enfermas.

Desse modo, o aprazível passou a ser o “bem”, inda que mortal, enquanto, o sóbrio, prudente o “mal”.

Como somos racionais, nossas ações todas derivam de resoluções; esboçamo-las primeiro nos pensamentos, recebemos o aplauso da vontade, e, como boi ao matadouro rumamos ao encontro do pecado.

Sabendo disso, O Criador, antes de uma mudança comportamental demanda um câmbio mental, espiritual, onde, as diretrizes Dele, outra vez sejam nossas; não, a pretensa e suicida autonomia proposta pelo traidor. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos; nem, os vossos caminhos os meus; diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
Assim, figuradamente cada um de nós é uma cidade murada, cujos muros estão cheios de brechas (pecados); dentro dela, dezenas de falsos profetas (prazeres) garantem-nos que somos “do bem;” estamos em paz com Deus.

Nos dias de Ezequiel, um intercessor idôneo bastaria ao Eterno; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro; estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30
O Mediador, então, em falta veio; “... Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5
Contudo, para que Sua intercessão, seja eficaz para conosco devemos estar identificados nEle em submissão; como disse: “Tomai sobre vós o meu jugo...”
Haverá em nosso entorno dezenas de “profetas” para atiçar carnais predileções; mas, daríamos a eles assento de juízes hoje, se, no juízo serão apenas réus?

Não se trata de abstração filosófica, mas, de vida ou morte mesmo, por trágico que pareça; a escolha sempre será nossa, entre os que rebocam nossas inúteis paredes rachadas, ou, O que funda nossa casa na Rocha.