“Não pergunte o que seu país pode
fazer por você, pergunte-se o que você pode fazer por seu país.” John Kennedy
Muitos citam essa frase do ex-presidente americano sem
refletir o que, de fato, significa. A
ideia de um engajamento cívico nacional embalou muitos “sonháticos”, sobretudo,
da imprensa, durante as manifestações de junho de 2013. “ O Gigante Acordou”!
Estampavam em manchetes. “Não é pelos 20 centavos”, diziam outros aludindo ao
epicentro da coisa que foi o Tal movimento “Passe Livre” em São Paulo.
Sim, era
por educação, hospitais, transporte, justiça, “Padrão FIFA”. Arruaceiros mascarados colocavam para quebrar
literalmente; enfrentavam a polícia, bloqueavam pontes, avenidas, destruíam
bancos, praças de pedágio, etc...
Mas, eram “manifestações pacíficas;” cívicas,
que irremediavelmente melhorariam nosso país. Se esforçavam em fazer crer os sonhadores
da mídia, minimizando a baderna que seria uma “minoria infiltrada”. Os cidadãos
de bem que marcharam junto, infelizmente, não passaram de inocentes úteis. Emprestavam corpo à multidão para suportar a cabeça dos
arruaceiros que mandaram ver contra tudo e contra todos.
Seu protesto era antes, anarquista, que
cívico. Contra autoridades policiais, a lei, a ordem, invés, de uma correção de
rumos, nos meios das instituições democráticas.
Os cartazes empunhados mostravam pautas tão difusas que a maioria sequer
sabia por que estava protestando. Como o cardápio do “Café Colonial” servido na
Serra Gaúcha, cuja variedade é imensa; impossível provar a metade das guloseimas
servidas.
Muitos veteranos de manifestações contra a ditadura davam entrevistas,
maravilhados com a “consciência” dos jovens. O fato é que, por uns dias a febre
grassou, sem objetivo, sem alvo, rumo. Pouco a pouco apagou sem deixar brasas,
como fogo de palha.
O Governo Federal acenou com dois ou três paliativos da
dita “reforma Política” que na prática favorece ainda mais a corrupção, e nada foi feito. Ao contrário; os aviões da FAB
seguiram trabalhando para transportar corruptos às suas festinhas particulares.
A “Base Aliada” seguiu formando quadrilha para bloquear investigações
disfarçadas de CPIs, e a roubalheira continuou seu baile. Os quadrilheiros do
Mensalão foram absolvidos da acusação de formação de quadrilha, mesmo roubando
em grupo devidamente organizado. André Vargas e Luis Moura, foram descobertos
com mais vínculos ao crime organizado que à política; Alberto Youssef foi preso
pela Polícia Federal acusado de “lavar” dez milhões de reais de origem corrupta
via Petrobrás.
Agora, Paulo Roberto Costa resolveu abrir o bico de olho na “delação
premiada”, e a lista de políticos é extensa. Envolve figurões do Governo e do
Congresso. Disse que o “mau negócio” de Pasadena foi de propósito para desviar
grana para o “sistema”.
A Presidente Dilma afirmou não saber direito o que
houve, mas, garantiu que estava solucionado. ( ? ) Ora, se ela nem sabe o que aconteceu, como quer nos fazer crer,
como tomou providências corretivas? O Fato é que uma refinaria em Pernambuco
que a princípio foi orçada em três bilhões aproximadamente, já passa de vinte.
Assim, um povo que viu motivos para iniciar uma cruzada cívica por vinte
centavos, agora não vê num roubo que excede 20 bilhões. Pior, a cada pesquisa
que se divulga, parece que a candidata oficial cresce proporcionalmente às
denúncias de corrupção.
“Vem pra rua, vem”! O que significava aquilo?
Honestamente penso que, a maioria não deplora a corrupção em si, antes, a
inveja. Se puder levar uma fatia, por pequena que seja, seu “civismo” adormece
e ele vive satisfeito. Assim, sindicatos pelegos, ONGs a serviço da causa “bolivariana”
e, “bolsistas” de toda ordem estão em paz, mesmo que a corrupção grasse a ponto
de matar a galinha dos ovos de óleo.
Desgraçadamente somos uma nação corrupta,
sem valores, sem vergonha; e o Congresso Nacional é nosso retrato fiel. Agora
pretendem que Costa seja ouvido pela CPMI com maioria governista; gente
diretamente envolvida como, Romero Jucá, Renan Calheiros e Henrique Alves.
Francamente!
Lula foge de jornalistas sérios como o diabo da cruz; anda só
entre plateias amestradas atacando um imaginário “eles” que não teriam feito
nada, como se ele tivesse inventado o Brasil.
Sequer se lhe cobram explicações
sobre o caso Rose Noronha, ( Não o adultério, isso é com a Marisa ) mas, a
roubalheira patrocinada pelo esquema. Nada. Ninguém nas ruas. Ele mentiu outro
dia a uma galera assim na Bahia que apenas quatro nações do primeiro mundo
cresceram mais que o Brasil nos últimos anos. Ora, até o Azerbaijão nos vence
nisso.
A dinheirama roubada da Petrobrás
compra a “base”; essa aluga seu tempo na TV para o governo mentir, encenar e
comprar votos de incautos. Assim gira o círculo vicioso.
Enfim, se nada mui
expressivo podemos fazer pelo nosso país, pelo menos, pensar bem ao votar;
sentir vergonha da roubalheira, e confirmar.