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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Quem são os filhos de Abraão?

“Não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque, vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;9

O erro dos judaístas era presumir uma espécie de salvação hereditária; digo, como se, o fato de serem eles descendentes de Abraão bastaria; eram povo escolhido, e pronto.

Se, João Batista os desafiou a produzirem frutos dignos de arrependimento, logo, os frutos produzidos não eram os esperados pelo Pai.

Isaías, aliás, o mesmo que vaticinara a vinda da “voz do que clama no deserto”, já tinha denunciado a decepção Divina com os frutos do povo escolhido; dissera: “Que mais se podia fazer à minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando que, desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das suas delícias.” Is 5;4 e 7

Contudo, malgrado esses frutos indesejáveis produzidos, a primazia de povo eleito permaneceu com os judeus por causa da Divina Fidelidade.

Porém, a “eleição” dos salvos seria mediante a fé, não, os laços sanguíneos. Assim, os judeus foram os primeiros a ouvir a Palavra da Vida, mas, a vida propriamente dita, foi facultada a cada um que ouviu e recebeu ao Salvador, independente de laços sanguíneos. “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem, do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Embora a definição teológica que a descendência de Abraão que conta é pela fé, não, pelo sangue, tenha advindo em momento ulterior pela pena de Paulo, o ensino era já latente nas Palavras do Mestre. Zaqueu era judeu mesmo antes da fé; porém, só após crer foi tido pelo Senhor como “da família.” “... Hoje veio a salvação a esta casa, pois, também este é filho de Abraão.” Luc 19;9

A Promessa ao patriarca que, nele seriam benditas todas as famílias da Terra não fora bem assimilada pelos descendentes; o que, de certa forma é compreensível. Num cenário de disputas bélicas, onde, cada povo ia à guerra escudado em seu deus, um Deus que fosse Universal, de todos, mesmo dos que pelejam contra mim, era algo difícil de engolir. Assim, O Eterno era o Deus de Abraão, acima de tudo; bênçãos aos demais povos poderiam ser lidas por alto, quiçá, ignoradas. Vide a frustração do profeta Jonas, quando O Altíssimo poupou aos ninivitas por exemplo.

Desse modo, a rivalidade nacionalista indispôs os judaístas contra os cristãos, judeus, ou não; pois, pretenderiam para si, uma honra que seria deles; a descendência de Abraão.

Paulo aludiu a rejeição pontual deles até certo tempo, porém, a restauração no fim, quando O Santo se voltasse de novo a eles; “Assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador e desviará de Jacó as impiedades. Esta será a Minha aliança com eles, Quando Eu tirar os seus pecados. Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais.” Rom 11;26 a 28

Se, essa inimizade feria fundo de modo que a maioria dos ortodoxos recusava-se sequer a ler ao “Brit Hadasha” O Novo Testamento, isso está mudando.

Quem sabe ler sinais vê distintamente duas coisas no horizonte; A igreja que na imensa maioria cansou de esperar a volta de Cristo; perdeu-se prostrada ao Bezerro de Ouro do materialismo; e Deus voltando-se para Israel; “Sobre a casa de Davi, sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre Ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.” Zac 12;10

Vasto número de Judeus tem abraçado à fé, o Novo Testamento é lido em hebraico; o nome de Yeoshua está sendo colocado em realce por lá, a Lua e o Trump estão apontando o tempo.

Grande parte da Igreja apostata, e, os remanescentes judeus começam a crer. Quem crê não faz distinções; entende O Messias e Seu propósito; “Porque ele é nossa paz, o qual, de ambos os povos fez um; derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz.” Ef 2;14 e 15

Não que a porta esteja fechada aos gentios, mas, abre-se como nunca aos judeus; Deus tirou o que pôde das “pedras”; agora persuade aos de sangue.