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domingo, 26 de outubro de 2014

Jesus e a febre



A sogra de Simão estava deitada com febre; logo lhe falaram dela. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, levantou-a; e imediatamente a febre a deixou e servia-os.” Mc 1; 30 e 31 

Segundo a medicina, febre não é doença em si, antes,  uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal; noutras palavras, alguma rejeição, infecção, etc. está ocorrendo, o organismo reage e como efeito da reação, temos alteração térmica conhecida como febre. 

Assim, quando O Senhor curou da febre, na verdade curou de outro mal qualquer que a acometia; removida a causa, sumiu a consequência; a febre.   

Ocorre-me um texto que versava sobre um menino que estava com vermes. O diagnóstico do doutor foi: “Ele não está assim porque come terra; antes, come terra porque está assim.”  Para a mãe, uma pessoa simples, a consequência era a causa. 

Na nossa sociedade, muitas vezes, esse erro de avaliação ocorre. Quando uma pessoa sucumbe a um vício qualquer, todos os males que comete à partir daí são atribuídos à prática; em suma, o vício é a causa do mal. Será? Qual foi a causa que  fez abraçar ao vício? 

A epístola aos Hebreus ensina que o Feito de Cristo livrou-nos do medo da morte. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Hb 2; 14 e 15 

A primeira vez que o medo aparece teme à morte. A advertência que Deus fizera a Adão fora que, no dia em que comesse da árvore proibida, morreria. Então, quando O Criador o procurou, Adão estava escondido e com medo.

Esse temor o afastou de Deus e submeteu a outro “Senhor”, como ensina Paulo: Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” Rom 6; 16

Assim, toda sorte de descaminhos, vícios, drogas, bebidas, prostituição, mentira, adultérios, invejas, maledicências, etc. não passam de febres humanas, cuja causa oculta chama-se, pecado. 

Salomão em suas reflexões apresenta ao pecador como fugitivo de seus medos, inseguranças; enquanto o justo sente-se seguro. Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão... O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.” Prov 28; 1 e 17 Esse “fugir até à cova” com culpa de sangue na consciência foi precisamente o que fez Judas após sua traição ao Mestre. 

Embora seja atribuída inocência às crianças até a fase em que estão de posse de entendimento, todas nascem com “febre” após a queda de Adão. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.” Prov 2; 15 

A Palavra de Deus, pois, não advoga nenhuma “Lei da Palmada” para preservação da febre, antes, que se remova mediante disciplina e ensino. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha  sua mãe. Instrui ao menino no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 29; 15 e 22; 6 

Voltando à sogra de Pedro, o relato diz que, Jesus tomou-a pela mão, levantou-a, e a febre a deixou e servia-os. Sim, mesmo sendo Deus, Jesus não agiu de longe, antes, nos tomou pela mão, fez-se como um de nós, embora, sem febre. “Eu vim, para que tenhais vida...”

Levantou-nos; pois, se o erro de Adão é definido como queda, a Vitória de Cristo reergue quem O recebe e Obedece. “...quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5; 24 

Aceitando Sua mão nossa febre nos deixa, porque, Sua Bendita Mão transpassada por cravos o foi, justo para remoção das causas da doença, o pecado. 

Claro que, conhecendo ao Senhor depois de pegar em Sua mão, servi-lO é a ordem natural das coisas; quem seria salvo de tão grande mal, feitor de todos os nossos medos e não seria agradecido ao Salvador? 

Não existe inércia espiritual, ou, progredimos Nele, ou, voltaremos à febre. “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo... forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro... um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2; 20 e 22

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O pecado nos emburrece



“E ... da sua prata fizeram uma imagem de fundição, ídolos conforme seu entendimento dos quais dizem: Os homens que sacrificam beijem os bezerros.”  Os 13; 2  

Segundo a denúncia, os ídolos derivam o entendimento humano; da forma como eles entendem Deus.  

Mas, de onde surgiu um bezerro? Frequentemente, meu entendimento é filho de minhas experiências. As coisas que vivenciei forjam a percepção das pessoas, da vida, de Deus. 

Na verdade, a proposta inicial que deu azo à queda foi precisamente a independência em relação ao Criador;  “sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”; sugeriu o traidor.  Embora, não se tratasse de saber, como insinuou satanás, antes, de preferir. 

Se o homem seguisse sabendo sobre o bem não teria fugido de Deus; tampouco, transferido a culpa, quando passou a “dominar” o bem e o mal. O que se deu com a “divinização” humana foi o surgimento do relativismo. Agora, invés de, o bem seguir sendo a justiça, santidade, verdade, como apraz ao Eterno, passou a residir em outras plagas. Pareceu bem a Adão esconder-se, se possível, enganar a Deus; transferir a culpa; inocentar-se.  

Engano, mentira, cinismo, frutos até então ausentes no Jardim passaram a ser produzidos pelo  sujeito que se tornou “como Deus”.  Se na sua estreia o pecado foi capaz disso, hoje pode muito mais. 

Todavia, esse ser “divino” nunca se bastou; digo, sempre careceu um deus sobre si. O fato novo foi que, desde então, passou a forjar o tipo de deus que queria. Assim, invés de seguir sendo imagem e semelhança do Altíssimo, criou aberrações à imagem de seu entendimento fajuto, caído. 

O homem não é um criador, “stricto sensu”; antes,  transformador.  Em termos de meios ( manipula o que existe ) e imitador em se tratado de formas. ( copia ) Tanto, que, os milhares de deuses imaginados e forjados, sempre têm a forma de um animal, um corpo celeste, um homem, ou, coisa que os valha. “mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível,  de aves,  quadrúpedes e  répteis.” Rom 1; 23

Mas, voltando, de onde surgiu a concepção de  imagear Deus como bezerro? Israel fora cativo no Egito por quatro séculos aproximadamente. Lá, além de outras tantas figuras era cultuada a de um touro, Apis, como deus. Daí, durante o Êxodo, quando acharam que Moisés demorou no Sinai, se inquietaram por um “Deus” visível, se serviram da concepção egípcia . O juízo de Deus foi terrível!

Entretanto, muitos séculos adiante, vemos Israel de novo, às voltas com o famigerado bezerro, por quê? Afinal, se o entendimento deriva de aprendizado, experiências, e, a primeira experiência com tal figura fora desastrosa, por que volveram a ela? Porque as consequências do pecado vão além da morte espiritual e restrições físicas; o pecado faz enorme dano intelectual; cega paro o óbvio. Noutras palavras: O pecado emburrece.

Sim, Israel em seu cativeiro, duvido que contemplou um milagre sequer, genuinamente derivado do deus Apis; contudo viu maravilhas espantosas quando o Eterno enviou Moisés a libertar o povo. Consequência lógica elementar: Apis não é de nada; O Deus de Abraão Isaque e Jacó é o Todo Poderoso.

Porém, não foi tão lógico assim, como vimos.  Como a porca lavada retorna à lama, o homem acostumado ao pecado tende a volver a ele contra o bom senso, a lucidez. “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.” Rom 7; 17 a 19  Paulo apresenta a vontade enferma como mais forte que o entendimento.   

Se, o Salvador propicia o novo nascimento contra a morte espiritual, trata consequências do pecado no corpo, curando enfermos; a porta de ingresso à salvação é intelectual; no entendimento. 

Daí o apelo para deixarmos o relativismo; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, se converta ao Senhor,...” Is 55; 7 Preciso cambiar meu entendimento de “bem” para receber, enfim, o Bem verdadeiro. “...transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 2  

Sabendo que a porta se abre na mente, o traíra se faz “porteiro” dos refratários ao amor de Deus. “o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4; 4 Imagem muito superior a um bezerro, sem dúvida nenhuma.