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terça-feira, 2 de outubro de 2018

O que a fé pode?

“Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes, na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado da incredulidade deles...” Mc 6;4-6

Não poucas vezes deparei com análises imprecisas sobre a fé; alguns atribuem-na a condição de um poder; e, interpretando superficialmente textos como esse, onde Jesus “não pode” operar maravilhas por causa da incredulidade circunstante, “confirmam” suas teses.

Em momento algum O Senhor sentiu-se enfraquecido; apenas, desonrado. “Não há profeta sem honra senão, na sua pátria.” Disse.

O problema colateral à incredulidade é a blasfêmia; ao duvidar Daquele que É A Verdade, implicitamente o chama de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Então, quando O Santo “não pode” operar em ambientes de incredulidade, a restrição deriva de Sua ojeriza à desonra, não, de eventual barreira ao Seu Poder. Isso Ele ensina desde tempos idos; “... porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30; “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6 etc.

Mediante Isaías mostrou expressamente o que “enfraquece” Seu Braço; “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem, agravado seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Então, quando Tiago diz que a “oração de um justo pode muito nos seus efeitos”, não alude ao poder estrito da oração, antes, ao caráter do suplicante, que, torna sua petição aceitável diante Daquele que tem todo poder. Não existem “orações poderosas” como circula por aí; antes, as que Deus aceita, e as que não.

Os amigos de Jó tinham muita língua, poucos frutos; O Senhor recusou ouvi-los; porém, o leproso e infeliz patriarca era aceito, graças à sua integridade. “... oferecei holocaustos por vós; meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que não vos trate conforme vossa loucura...” Jó 42;8

Infelizmente, homens justos, dos quais, Deus aceita a intercessão estão em falta; são mui raros, digo. O clamor de um assim pode valer a uma cidade, uma nação. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém, não achei. Por isso eu derramei sobre eles minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho recaísse sobre sua cabeça, diz o Senhor Deus.” Ez 22;30 e 31

Estar na brecha equivale e zelar pela verdade e justiça onde essas são vilipendiadas; mas, isso nos faz “radicais, chatos, enxeridos” etc. A onda é ser politicamente correto, legal, para ganhar “likes”.

As profundezas de Deus só são acessíveis aos que mergulham pela fé em Sua Palavra e, submissos pautam seu viver segundo ela. As demais “orações poderosas” crenças alternativas, não passam de brechas, de lapsos, justo, onde pretendem ser fortes.

Então, quando Paulo diz que, “a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;25 Entre outras coisas ensina que, o “não poder” certas coisas é porque Pode muito mais. Pode saber nossos passos pretéritos, bem como, sondar os motivos dos nossos corações.

Ora a incredulidade está na base de todas as dores, violência, mortes, enfermidades que campeiam pela Terra desde a queda; pois, foi ela, o combustível do degredo, a razão da alienação do Eterno e servidão ao inimigo.

Reverter isso é papel da fé; volver ao ponto de partida; homem, Deus e Sua Palavra. E, ciente que foi mal, não mais duvidarmos Dele, antes, nos arrependermos pelos tempos de cegueira, ou, dúvida. Não sem motivo, pois, o canto dos anjos ao nascimento do Salvador começou com, “Glória a Deus nas alturas...” Luc 2;14

Uma reparação necessária da espécie que blasfemou no coração aceitando que O Altíssimo seria injusto, mentiroso.

Assim, a fé não tem em si mesma, poder nenhum. Mas, é o ingresso precioso aos Domínios Daquele que é O Todo Poderoso. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

domingo, 19 de agosto de 2018

As orações dos mortos

Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele, clamor; nem me supliques, porque Eu não te ouvirei.” Jr 7;16

O Eterno dizendo a Jeremias para não orar pelo povo e reiterando Seu veto, ver caps 11;14, 14;11 etc.

O que estava acontecendo para que O Deus Misericordioso os rejeitasse de modo tão veemente? O profeta aprazou o tempo em que Deus vinha porfiando para ser ouvido, porém, não era; “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a Palavra do Senhor; vo-la tenho anunciado, madrugando e falando; mas, vós não escutastes.” Cap 25;3

Se, era desprezado por tão vasto período, por que O Altíssimo ouviria clamores em favor deles?

O infeliz pregador chegou a pensar que era culpa sua; que estava pregando no subúrbio para a ralé e deveria, antes, pregar aos nobres; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois, não sabem o caminho do Senhor, nem, o juízo do seu Deus. Irei aos grandes e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam ataduras.” Cap 5;4 e 5

Jeremias constatou a duras penas, que, O Senhor era rejeitado tanto na favela, quanto, no palácio.

Se, o relacionamento Divino-humano tem como base o amor; esse é via de duas mãos, que, demanda correspondência, como se estabeleceria a relação, tendo, de um lado, desprezo, indiferença?

Circulam nas redes sociais muitos “mantras”, que, incautos chamam de “orações poderosas” cuja eficácia derivaria de serem compartilhados. Até um cego que foi curado por Jesus equacionou a aceitação Divina da oração, quando for resolvido o problema do pecado, não, antes; “Ora, nós sabemos que Deus não ouve pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, faz Sua Vontade, a esse ouve.” Jo 9;31

Por certo ouvira em algum momento a menção do texto de Isaías que aborda o tema; “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e Vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Contudo, se, Deus não ouve a pecadores, e, todos são, como fica? É; “nos convinha tal sumo sacerdote, (Cristo) Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, Feito mais Sublime do que os Céus;” Heb 7;26 Por isso, malgrado a plêiade de “intercessores” de humana feitura, segue imutável o dito: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.”

A submissão ao Senhor remove a barreira feita pelos nossos pecados, desde que, sigamos Suas Pisadas; Assim, um caminho, antes, fechado, agora está franco aos que lhe pertencem; “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas, sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia, achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” Heb 4;15 e 16

Nosso bom relacionamento com O Salvador enseja confiança, mas, não patrocina temeridades. Isto é, ousadias de querer as coisas do nosso jeito, ou, no nosso tempo; antes, depois de havermos feito Sua Vontade, seremos por Ele socorridos “em tempo oportuno”.

É blasfema a pretensão de “oração poderosa” e afins. Se, o poder é da oração, Deus fica de fora; quando diz Tiago que a “oração de um justo “pode” muito em seus efeitos”, não está patenteando o poder da oração, antes, o agrado Divino pela justiça.

Pois, se um de nós reiteradamente vive em indiferença para com Deus, mesmo se dizendo Seu servo, coloca-se no mesmo patamar dos coevos de Jeremias; gente pela qual não adianta orar; Deus não ouvirá.

Diga você, que espírito, que vida reside numa “oração” compartilhada por meio digital? Oração traz a ideia de, feita por via oral; no caso, expressa em palavras. Não que palavras bastem, mas, elas são parte do processo, cuja fonte deve ser mais profunda; “buscar-me-eis, e me achareis, quando, me buscardes com todo vosso coração.” Jr 29;13

Desgraçadamente a geração vídeo, meme, fake news, cultura inútil, não tem tempo para introspecções sisudas, sóbrias, como orações. Outro dia certa cantora disse que, “ninguém vive sem demônios”; e, parece que a “moral” vigente é essa.

Muitos inda não entenderam, tampouco, tentaram responder a pergunta do anjo: “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

Quem, invés de relacionamento pessoal fantasia acessar a Jesus por meios eletrônicos faz isso.

Jeremias era intercessor justo; não foi aceito por causa da rebeldia do povo; Cristo É “Mais sublime que os Céus”; nem assim basta, para salvar aos que pensam que a vida é subproduto da rebelião; dos demônios.