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sábado, 18 de julho de 2020

Prevaricadores entendem como?


“O bom entendimento favorece, mas o caminho dos prevaricadores é áspero.” Prov 13;15

Provérbios antitéticos; os que cotejam antíteses; ou seja, que comparam coisas contrárias.

Por exemplo: Tolo com sábio, prudente com insensato, diligente com preguiçoso, etc. No verso acima temos o bom entendimento em oposição aos prevaricadores. Daí, resulta necessária a conclusão que, (se, as palavras escolhidas pelo tradutor estão adequadas) prevaricação é derivada do mau entendimento.

O que é prevaricar? Faltar ao cumprimento do dever por interesse ou má fé, cometer abusos de poder lesivos à sociedade ou a outrem...

O cristianismo bíblico é todo pautado em renúncia e serviço. Não contam meus interesses apenas, antes, “Levai as cargas uns dos outros...” Não somos devedores a uma estrita função para a qual comissionados; mas, devedores ao amor, de modo tal, que mera omissão é já prevaricação, dado que, “Aquele que sabe fazer o bem e não faz comete pecado.”

Não significa que tenha sido, assim entendido, desde o início; num momento de grave crise quando, O Salvador revelara que um dos doze O trairia, após breve inquietação para saber quem seria, volveram ao interesse dominante neles: “Quem era o maior”. Ver Lucas 22;21 a 24

“... Os reis dos gentios dominam sobre eles, os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; quem governa como quem serve.” Vs 25 e 26

Se, a coisa indispensável é o “negue a si mesmo” onde residirem pretensões de grandeza carnal a cruz ainda não fez seu trabalho; o “convertido” não entendeu em quê, consiste a chamada à novidade de vida.

Informação sozinha sem devido entendimento se perde, pois, o enganador torce as coisas ao seu bel prazer; mesmo a natureza caída se encarrega de se inclinar à favor do vento, rumo ao mais fácil ou, prazeroso.

Por isso, na área do entendimento preciso das coisas o inimigo trabalha; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo...” II Cor 4;4

Entendimento no âmbito espiritual vai muito além da mera compreensão; é adequação do agir ao entender. “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Na parábola dos dois fundamentos onde um edificara sobre areia, outro, sobre a rocha, o que fazia a diferença era o fato de um cumprir, o outro não, a doutrina que ambos conheciam.

Assim, entendimento que não me leva a agir conforme, malgrado seja uma luz que labora para me mostrar salvação, acaba sendo um atestado da minha resiliência no caminho da perdição.

Vindo para me dar vida, queda impotente ante à obstinação no pecado e deixa patente minha opção pela morte. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Quem assim age deriva escolhas de um mau entendimento; pois, considera mais proveitoso fruir toda sorte de prazeres pecaminosos, e como que cegado pela própria hipocrisia consegue acreditar que, no final, mesmo atuando assim achará um jeito de escapar, fiado no amor Divino ou, alguma esperteza de última hora.

A coisa não é tão simples assim, que nivelaria no mesmo âmbito aos fiéis de bom entendimento e os prevaricadores. “Rejeitastes todo o Meu Conselho, não quisestes Minha Repreensão, também de minha parte me rirei na vossa perdição; zombarei em vindo o vosso temor. Portanto comerão do fruto do seu caminho e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;25 e 26 e 31 a 33

Não sem razão, pois, quando orava pelos crentes efésios Paulo disse que pedia que, “... Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação...” Ef 1;17 e 18

Vivemos, desgraçadamente, um cristianismo raso de entendimento que faz a fortuna dos falsos profetas e temos ainda ministérios inteiros de prevaricadores que usam as riquezas do Céu como pretexto para cavalgarem nas da Terra.

Esse fazem violência à verdade torcendo-a em prol de mesquinhos interesses, mas O Justo Juiz lhes dará, em tempo, a devida recompensa. “Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência.” Prov 13;2