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sábado, 7 de dezembro de 2019

Apreço da Honra


“Entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei; vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; levem-no a cavalo pelas ruas da cidade e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!”


Hamã expondo a sua noção de honra, pensando que a mesma lhe caberia; o alvo da mesma era seu desafeto Mardoqueu.

Esse denunciara uma trama que atentaria contra a vida do rei e fora esquecido; mas, no devido tempo O Senhor trouxe à memória do rei; então seria recompensado com honra.

Mardoqueu não fizera por interesse; antes, em sua lealdade ao rei fez o que lhe parecera justo, a despeito de eventuais consequências.

Honra é um anel que só fica bem no dedo do mérito. Deprimentes os debates políticos onde, a dignidade da posição requer tratamento nobre, e a indignidade do ocupante justifica um palavreado vil; “Vossa Excelência é um safado! Vossa Excelência é um corrupto, mentiroso!” Que droga de excelência é essa que usa andrajos tão sujos, como as vestes da safadeza, corrupção, mentira?

O Salvador falou sobre as “honras” humanas; “...Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Então, olhemos por um pouco a honra do prisma Divino; a quem, O Rei dos Reis desejaria honrar?

Assim como o amor só se realiza por via de mão dupla, isto é, demanda correspondência, também a verdadeira honra, perante O Senhor; Ele diz: “... aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Embora, para efeito de Salvação conte apenas a Graça, dado que, não a merecemos nem poderíamos pagar por ela, no prisma das recompensas, certo “mérito” será requerido sim; O Santo não coloca as divisas Excelentíssimas da Sua Aprovação nas fardas sujas dos safados. Vejamos: “Com o benigno, te mostras benigno; com o homem íntegro te mostras perfeito. Com o puro te mostras puro; mas com o perverso te mostras inflexível.” II Sam 22;26 e 27

Grosso modo todos trazem na ponta da língua a tal da lei da semeadura; no entanto, nem sempre a compreensão do significado tem acuidade com a realidade espiritual; vejamos: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Notemos que as duas possibilidades de semeadura são, na carne, ou no Espírito. As mesmas ações podem sofrer apreços totalmente opostos, dependendo do motivo que as inspira.

Até Platão que desconhecia ao Evangelho dizia que, quando alguém pratica obras justas tendo em vista as honrarias e aplausos que advirão, o tal, ama essas coisas, não à justiça em si. Pois, quem ama-a, pratica-a sem necessidade de nenhum incentivo a mais que esse amor, a despeito da ingratidão que colherá; incompreensões até.

Eventualmente nossas obras feitas no espírito correto, na motivação que honra a Deus, podem até ser recompensadas ainda na Terra, como foi a de Mardoqueu; mas, muitos partem para o além cobertos de injustiças por aqui, como foi o Apóstolo Paulo, por exemplo que, invés de um carnal reclame contra a injustiça dos homens aceitou seu martírio seguro da Justiça Divina; “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas também a todos que amarem Sua Vinda.” II Tim 4;7 e 8

Esse “cristianismo” que lota templos em demanda de interesses mesquinhos, entulha as redes sociais de “profecias” de facilidades para atrair incautos está a anos-luz, da fidelidade que merece O Santo, que, sem pecados padeceu por nós.

Um lugar de honra certamente está reservado aos fiéis, mas, esse não nesse antro de corrupção; “Levantai-vos, e ide-vos, porque este não é lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme.” Miq 2;10

Invés de “orações fortes” como acenam mercenários modernos a eficácia da oração está na aceitação, por parte do Senhor, da vida de quem ora; “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e Seus Ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.”

Desse modo, a honra de ser atendidos pelo Rei dos Reis quando oramos, requer que antes O honremos, seguindo o que Ele em Sua Palavra falou. É antes de tudo, fiel, o homem a quem O Rei deseja honrar.

sábado, 31 de agosto de 2019

Deus Tem Razão

“... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional.”

Há duas razões entre as quais convém fazer distinção; a razão como “Deusa” apregoada pelos iluministas franceses que deveria fazer oposição à fé, patrocinadora do ateísmo; e, razão como acessório ao intelecto.

Essa última, por certo é a que Paulo preceitua. Ela não atua como oposição à fé, antes como filtro que a purifica de elementos estranhos, fantasiosos.

Ela como vulgarmente se conhece é sinônimo de bom senso; e sensatez no domínio espiritual é comer da Árvore da Vida, não da ciência, da filosofia humana, como seria a “razão” aquela.

O mesmo Paulo pontua noutra parte o que considera sensatez: “... não sejais insensatos, mas entendei qual é a Vontade do Senhor.” Ef 5;17

Se, o culto racional demanda o “sacrifício vivo” das vontades naturais, então, somos espiritualmente racionais quando não temos razão. Isto é: Quando nos entregamos confiadamente às razões Divinas.

Paulo disse que sua entrada aos coríntios fora nas armas do Espírito, não na pretensão humana de “racionalidade”. “Minha palavra, e minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e poder;” I cor 2;4

A Sabedoria Divina desfilando perante gente que não a identificava. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte...” I Cor 1;21 e 25

Trata-se de refinada ironia, pois, como dissera Isaías, “Os meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são meus caminhos mais altos que os vossos, e meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 5;8 e 9

Se, meu culto racional me sacrifica em prol de uma Vontade Superior, minha compreensão deve ser alinhada a essa vontade também, para que o labor de quem me ensina faça sentido.

Quando um pregador brada que O Senhor dará vitória aos seus ouvintes, normalmente, cada um deriva das suas razões o conceito de vitória; o desempregado que Deus lhe dará um emprego; o enfermo, que receberá saúde; o solitário que enfim, terá um cônjuge; o de filho viciado que o verá livre...

Invés do “Sacrifício Vivo” em prol da Vontade Divina, a afirmação das humanas inclinações, numa compreensão rasteira do significado de vitória em âmbito espiritual. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4

Há uma gritante diferença entre “vencer o mundo” em submissão a Deus, e vencer “no” mundo como anseia a carne corrupta.

Paulo, um grande vencedor subiu ao cadafalso com quem sobe a um pódio; “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O vencedor espiritual não faz as coisas acontecerem ao seu favor; mesmo que aconteçam de modo adverso guarda o que é mais precioso, a fé; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto a ter fome; tanto ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

O que muitos insensatos consideram vencer atualmente é apenas uma antiga doença cujos sintomas ainda são atuais; o materialismo envernizado. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;17 e 18

Que o mundo viva seu pragmatismo doentio; que derive suas diretrizes da pós-verdade das narrativas falaciosas feitoras de sensações sem raízes sadias; a nossa vitória sempre será o triunfo da verdade em nossas vidas, quer nos favoreça, quer não. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Um vencedor de Deus não triunfa em particular; antes, consome-se, dá sua vida se necessário para colocar em relevo o Triunfo de Cristo.

As humanas técnicas visando motivar ímpios, invés de exortar ao arrependimento encantam serpentes onde deveriam ser geradas ovelhas. É a deusa “Razão” buscando adoradores. Só quem se submete ao Senhor entenderá as razões de Deus.

sábado, 16 de março de 2019

A "Distância" de Deus

“Por que estás ao longe, Senhor? Por que te escondes nos tempos de angústia?” Sal 10;1

As coisas vistas da perspectiva humana devem ser analisadas como tais; isto é: Como o homem as percebe, mesmo que, não seja necessariamente assim.

Na percepção do salmista O Senhor estava longe quando ele escrevia. O contexto imediato mostra que o “distanciamento” do Santo se notava pela permissão da prosperidade e arrogância dos ímpios, pois, perseguiam aos pobres e ficavam impunes.

Mesmo inquirindo o porquê, dessa “omissão” Divina, não deixou de encerrar seu escrito com esperança no “Juiz de toda a Terra”; “Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás seus corações; teus ouvidos estarão abertos para eles; Para fazer justiça ao órfão, ao oprimido, a fim de que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência.” Vs 17 e 18

A violência dos maus era a característica mais visível do “estar longe” de Deus. Quantas vezes, após uma catástrofe qualquer as pessoas perguntam por Deus, como se, fosse Ele o responsável?

A rigor, sendo Onipresente é impossível O Eterno estar distante de qualquer paragem; entretanto, como nos fez arbitrários no direito, e consequentes no dever, permite nossos voos na direção que nos aprouver, mesmo que esses sejam para pousarmos sobre os ramos da injustiça.

Se, a retribuição fosse imediata não haveria tempo para arrependimento, tampouco, perdão; duas coisas Suas, que O Altíssimo deseja vislumbrar em nós. “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos céus.” Mat 5;48

Essa dádiva que permite uma reflexão posterior aos feitos, ou, o vislumbre das consequências, que deveria nos ensinar a ver melhor, tem sido usada pela maioria como permissão, incentivo até, para pecar ainda mais; como se, o “afastamento” eventual do Santo equivalesse à inexistência; quiçá, conivência com os atos maus. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Porém, Salomão não via essa permissão longânime como patrocinadora da maldade humana, antes, tinha certeza que haveria a devida recompensa; “Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, os dias se lhe prolonguem, contudo, eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante Dele.” V 12

Quando uma injustiça qualquer está acontecendo, concomitantemente ocorrem duas coisas; seu agente “entesoura” juízo contra si; “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5 e seu paciente, que, eventualmente padece “sede de justiça” deposita “créditos” para o porvir, onde, enfim, será saciado. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6

As tribulações que sofremos não são inteiramente mal. Isto é: Aquele que faz com que “todas as coisas contribuam juntamente para o bem dos que amam a Deus” converte dores em frutos; “... tribulação produz paciência, a paciência, experiência e a experiência a esperança. A esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Rom 5;4 e 5

Notemos que, o contraponto às injustiças que nos atribulam não é a justiça imediata, o que poderia requerer nossa “lógica”; antes, o Amor de Deus em nós.

Pois, assim como esse mesmo Amor tolerou por muito tempo nossas falhas a espera que nos arrependêssemos, agora, atuando em nós deve sofrer as falhas dos semelhantes pelo mesmo motivo. Eis a causa altruísta necessária da nossa sede de justiça, eventual!

Todavia, é comum vislumbrarmos o desejo de vingança em frases “filosóficas” tipo: “Que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares”. Ora, um verdadeiro servo de Deus deve aprender a perdoar assim como foi perdoado. Se, seus desejos contra desafetos forem de vingança, o perdão de Deus ainda não foi recebido em seu doentio e ímpio coração.

Além disso, independente do arrependimento dos que nos prejudicam, ou, não, inserimos que estamos num mundo dual, de luz e trevas, verdade e mentira, saúde e doença, vida e morte, etc. conhecer os dois lados da moeda é necessário para que tenhamos têmpera para o triunfo no “bom combate” como disse Paulo. “No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

Quando Deus parece distante é porque focamos com a lupa natural; quem tem olhos espirituais vê o livramento onde parece existir apenas desgraça. “... Senhor; peço-te que lhe abras os olhos, para que veja...” II Rs 6;7