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domingo, 8 de setembro de 2019

Mortal Combate

“... Nós temos uma lei e segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.” Jo 19;7

Essa afirmação tinha certa “lógica”, pois, estava escrito: “Ouve ó Israel! O Teu Deus é Único.” Naquela ótica fazer-se alguém filho de Deus implicava em blasfêmia, pela qual deveria ser morto.

Se, tivessem examinado com mais cuidado as Escrituras nas quais afirmavam crer teriam encontrado a promessa da visitação Divina sobre a Terra em várias passagens; “Porque eis que o Senhor está para sair do Seu lugar; descerá e andará sobre as alturas da Terra.” Mq 1;3 Ou, Isaías antevendo o precursor; “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus.” Is 40;3

Então, quando João Batista disse não ser o Messias, mas, ser essa profetizada voz, natural para os experimentados nas Escrituras concluir que, após ele viria O Senhor.

Dizendo-se Filho de Deus Jesus se apresentou “menor” que o prometido, dado que a promessa era do Próprio Deus andar sobre a Terra. Mas, quando disse: “Eu e O Pai Somos Um” a fúria da audiência aumentou.

As afirmações do Salvador não traziam uma agressão às Escrituras, antes, encaixavam-se nelas. O que O fazia indesejável era que, invés de adular ímpios hipócritas Ele denunciava-os. Não eram eventuais falhas no Senhor que ensejavam Sua rejeição, antes, Sua Perfeição que expunha as falhas do “guardiães da vinha” que davam azo ao mal estar. O zelo era só pretexto para agredir e rejeitar “com razão.”

“Nós temos uma Lei,” disseram; em dias ulteriores a posição de Cristo perante a Lei de Moisés foi expressa aos mesmos Hebreus; “Porque Ele é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra que a casa tem aquele que a edificou.” Heb 3;3

Não apenas era O Filho de Deus, como veio remir, e Ser O Caminho, para adoção de muitos filhos mais, mediante o novo nascimento; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

O que Satanás disse Dele por lábios ímpios, “deve morrer porque se fez filho de Deus”, diz de qualquer de nós que recebe essa ventura em Cristo e “passa da morte para a vida.” Deve morrer!

Muitos devaneiam com uma percepção errada do que significa a conversão; pensam ser o fim dos problemas; na verdade é o fim da inimizade com Deus, a adoção de filhos e início de uma caminhada contra o ódio de Satanás.

Antes disso fazíamos qualquer coisa e “estava tudo bem”; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

Pois, estávamos mortos em delitos e pecados e éramos amiguinhos de Satã. Porém, vindo “a Semente da Mulher” que nos colocaria em inimizade com ele, a aversão nutrida pelo tal é do mesmo calibre que teve por Cristo; digo; guardadas as proporções diz o mesmo ao nosso respeito: “Deve morrer porque se fez filho de Deus.”

Sabedor disso O Senhor envia Seu Bendito Espírito Santo para nos capacitar no mortal combate; para que possamos resistir ao assédio assassino do inimigo.

Se, não puder matar espiritualmente, seu alvo primeiro, mediante apostasia e pecados, mata fisicamente mesmo, cessando o ministério dos que lhe incomodam, como fez e ainda faz com muitos mártires.

Nossa natureza pecaminosa que não se converte; deve ser mortificada na cruz, acaba sendo um inimigo infiltrado a pelejar contra nossa própria salvação; “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, e, nem pode ser.” Rom 8;7

Quem nasceu de novo identifica dentro de si esse combate entre O Espírito que aponta para Deus e Sua Vontade, e a carne obstinada que se inclina à rebeldia. “Porque os que são segundo a carne se inclinam para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.” Rom 8;5

Lembro de antigos gibis onde as tentações, eram figuradas com um anjinho no ombro direito apontando para a virtude, e um diabinho no esquerdo apelando pelo vício; é mais ou menos isso.

Isaías vaticinou o ministério do Espírito: “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Não existe “fechamento de corpo”, “oração forte” que nos possam proteger; antes, ouvidos abertos e obediência ao Forte que peleja por nós. “Quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

domingo, 13 de janeiro de 2019

Mortal Combate

“A morte não nos concerne, pois quando vivemos a morte não está aqui. Quando ela chega, não estamos mais vivos.” Demócrito

“Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Ele não me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra.” Mário Lago

Abordagens bem humoradas no que tange à morte. Ou, com disse ainda o “filósofo” Tiririca; a “Disgraça da morte é que ela acaba co’a vida da gente”.

Mas, falando sério, são ambientes de profundo pesar, tristeza, que ensejam as reflexões mais hígidas e nos purificam das superfluidades ocas do dia a dia.

Os gregos chamavam ao choro profuso e contrito de “catarse”. Ou, purificação. Apostando nessa “medicina da alma” escreviam suas incisivas tragédias, cujas revelações e morticínios ocorriam no epílogo e levavam a plateia que frequentava teatros, ao choro copioso.

Diferente dos dramas insossos atuais onde, no último capítulo até cachorro e macaco encontram seu par e vivem “felizes para sempre”; aqueles, afeitos ao pensar mais sóbrio usavam a arte com um viés existencial filosófico permeando-a. Iam além do mero entretenimento, pois.

Por esse viés que Salomão avaliou como melhor o ambiente fúnebre que o festivo; nesses os homens se perdem; naquela, alguns podem se achar. “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens e os vivos o aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

No verso seguinte ampliou: “Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Por fim, aquilatou a sapiência humana em face às escolhas; “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” V 4

Qualquer um se resigna diante d'uma tragédia onde sua vida esteve em risco, se, no fim, mesmo perdendo muitos bens materiais ela acaba preservada. “Vão-se os anéis, ficam os dedos.” Dizem.

Entretanto, desafie-se aos mesmos para que abdiquem dos “anéis” dos prazeres pecaminosos para que os “dedos” da vida espiritual sejam preservados; logo teremos que lidar com desafetos.

Uns abertamente nos afrontam; outros insinuam nas entrelinhas que cuidemos de nossas vidas, pois, nossa preocupação com o final das deles soa-lhes a intromissão.

Óbvio que, cada um tem sua escala de valores, prioridades; em função da sua percepção de mundo faz suas escolhas e aquilata aos seus bens.

“Os asnos preferem palha ao ouro” Estobeu.

Ou, “São as necessidades que determinam os valores” Platão.

Assim, se estiverem convencidos que necessitam “curtir a vida;” como dizem, será esse seu valor axial em torno do qual orbitarão suas escolhas.

Acontece que nossa inter-relação é necessária de maneira tal, que, torna-se absolutamente impossível cada um cuidar estritamente de si sem se “intrometer” na vida alheia.

Suponhamos que, alguém lendo isso aborreça-se comigo e diga-me: “Vai cuidar da sua vida!” Ao me “aconselhar” sobre o que devo fazer estaria intrometendo-se na minha; e isso em reação porque ingeri na dele?? Mas, se ele é contra fazer isso, por quê faz?

Na verdade somos sociais, gregários, interativos; ninguém é feliz sozinho. O que causa ojeriza à maioria das pessoas é a ideia que estando erradas estejam também nuas; isto é, serem vistas.

Assim, criam um implícito acordo de não discordar; cada um na sua; “folhas de parreira” com as quais, Adões e Evas modernas pretendem ignorar ao Criador e Seu Chamado; ficam sob diretriz do inimigo que disse: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Nesse prisma, seu bem é dar vazão a todos os desejos, por mortais que sejam; o mal, alguém da parte de Deus ousar chamar de volta aos domínios da sensatez, da vida em Cristo.

Mas, os intocáveis donos das próprias vidas, quando a morte chama algum dos seus, recolhem por um momento as afiadas garras do Wolverine com as quais atacam quem lhes adverte; claudicam temerosos, inseguros, cogitando se, a próxima “senha” na chamada da morte não seria a sua.

“O telhado consertamos em dias de sol, não, quando chove”
J. F. Kennedy

Então, os “intrometidos” que tentam nos advertir para que estejamos preparados ante ao possível chamado da “dama de preto,” gostemos ou não, são providenciais anjos de Deus que veem nossas telhas quebradas e a chuva que se avizinha.

“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

O Salvador chamou a diligência nos bens espirituais de “Tesouro nos Céus”, sábia providência para o além.

Os que deixam conselhos malignos e se abrigam Nele podem dar pêsames à morte por sua tentativa frustrada; “Onde está, ó morte, teu aguilhão? Onde está, ó inferno, tua vitória?” I Cor 15;55