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sábado, 19 de janeiro de 2019

Grandes miudezas

“Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.” Luc 22;27

Diferente dos domínios humanos, onde, os grandes ostentam autoridade, no Reino de Deus deveriam, simplesmente, servir. “Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; quem governa como quem serve.” V 26

É a errada percepção da autoridade que leva muitos a desejarem-na. Se, vissem-na estritamente como é, dever, não, poder, nem tantos pelejariam por lugares altos como se vê diuturnamente.

Imaginemos um indigente que achasse a farda de um tenente e a vestisse; isso faria dele um tenente? Não. A ostentação visual, embora pudesse enganar um incauto ou outro, não combinaria com a essência do que envergaria as vestes.

Assim, as “unções” disso ou daquilo, “apostólica” até, de nossos dias. Aquilo que não proceder de Deus, nos domínios espirituais, não passa de uma farda indevida usada por um indigente. O serviço abnegado não confunde, nem engana. A pretensão de grandeza, sim, quando se mascara de humildade.

A autoridade veraz procede do Pai; prescinde da pompa e circunstância dos aparatos humanos.

Pensemos num grande palácio, onde, além de serviçais, mordomos, haja escribas, príncipes, sábios, conselheiros, um rei e um prisioneiro acusado de tentativa de estupro. Quem seria o menor ali? Óbvio que o detento. Estou falando de José no palácio de Faraó; muitos já perceberam.

Dada a demanda, interpretar a um sonho do rei, que se revelou impossível a todos os demais Deus pegou ao menor de todos e o investiu de autoridade tal, que, apenas o rei ficou acima dele; foi guindado ao segundo posto. Quem o ungiu vice-rei? O Próprio rei, aliás, reconheceu que havia Algo especial nele. “... Acharíamos um homem como este em quem haja o Espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.” Gn 41;38 e 39

Iniciativa soberana de Deus, depois de permitir que seu escolhido padecesse injustiças por muitos anos mantendo-se fiel. A “indigência” de José ante o império egípcio não era vista assim aos Olhos de Deus.

Então, nossa preocupação no Reino deve ser com a justiça e o devido serviço. Se, eventualmente O Eterno guindar a um que Ele desejar a lugares mais altos, como fez com José, isso fará aumentar muito mais a carga de responsabilidade, de trabalho.

Essa doença que nos faz ter centenas de “apóstolos” em pleno século 21, quando, Paulo disse ser o último deles atrasado e indigno, essa doença, digo, deixa patente que invés de serviço abnegado a maioria busca poder, exaltação na Terra.

Não digo que perderão necessariamente a salvação por causa disso; o Senhor julgará cada um. Mas, admitindo que muitos sejam salvos; por terem se apressado à herança de honra reservada aos santos, na hora dos galardões poderão ser os últimos da fila, quando, abatida dos seus quinhões a porção previamente dilapidada.

“A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.” Prov 20;21

O Salvador advertiu aos que desejavam os primeiros assentos do risco de se envergonharem depois; “Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno que tu; vindo o que convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar.” Luc 14;8 e 9

Ora, quando O Senhor escolhe, Ele confirma. Assim, até uma vara seca floresce e produz; como a de Aarão. No mais, os calores derivados da febre da vaidade serão cabalmente desfeitos quando a fria realidade mostrar a vera estatura de cada um.

A Palavra traz de modo claro a postura que nos convém; “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus... que... esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente; lhe deu um Nome que é sobre todo o nome;” Fp 2;3 a 9


Notemos que a iniciativa de Jesus Homem foi de submissão, serviço, esvaziamento; e exaltação a contrapartida derivada de Deus Pai.

“Ser humilde com os superiores é obrigação, com os colegas é cortesia, com os inferiores é nobreza.” Benjamin Franklin