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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Por exemplo

“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.” Prov 23;26

Isso como Palavra de Deus é irretocável; dar a Ele o coração é apenas outro modo de dizer: “Ama ao teu Deus sobre todas as coisas.” Observar os Seus caminhos ou, os Seus Feitos e Ensinos é beber de uma fonte onde mana a perfeição.

Todavia, trazendo o preceito esse para o nível humano, Salomão escrevendo para seu filho, ou outro pai qualquer, a primeira parte, “dá-me o teu coração” parece pacífica; digo, qualquer pai anelaria ser amado pelo filho. Contudo, a segunda parte, “teus olhos observem os meus caminhos”, embora, dada a eloquência do exemplo seja inevitável essa observação, nem sempre é uma a coisa a se aconselhar para um filho; depende de como caminha o Pai.

Desgraçadamente, dada a inclinação da natureza caída em oposição à Lei de Deus, mais facilmente segue-se ao mau exemplo que ao bom. Os filhos de Samuel e Jó, por exemplo; tinham pais de testemunhos notáveis; os de Samuel não andavam nas pisadas do Pai; os de Jó procederam de um que até os Céus testificaram da integridade, mas eles davam-se aos banquetes e à vida festiva mais que à pureza como fazia seu pai.

Eventualmente acontece um feliz acidente; brota uma flor entre pedras, e o filho de um pai de mau caráter, mau testemunho, decide fazer caminho oposto; mas, essa ventura é extremamente rara.

O Velho Testamento termina vaticinando a vinda de “Elias” que em seu ofício, “... converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos seus pais...” Ml 4;6

Ocorre-me um provérbio asiático: “Não herdastes terras de vossos pais; antes, as tomastes emprestadas dos vossos filhos.” Assinalando assim, o cuidado que deveriam ter com seu legado para os filhos. Ter o bem dos filhos como alvo das vicissitudes da vida é uma forma de terem, os pais, o coração a eles convertido. “Honra teu Pai e tua mãe” mandamento Divino é a demanda pelo coração dos filhos voltado aos pais.

Então “Elias” na verdade, João Batista viria em dias que as relações afetivas entre pais e filhos estariam frias, distantes. A consequência de perseverarem duros os corações nesse relacionamento seria a maldição Divina como juízo; “... para que Eu não venha, e fira a terra com maldição.” Ml 4;6

O Salvador acusou certos fariseus de desonrarem aos pais e mães a pretexto de honrarem ao Senhor; “Porque Moisés disse: Honra ao teu pai e tua mãe; quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que ordenastes.” Mc 7;10 a 13

Como poderiam honrar a Deus desobedecendo-o?

Infelizmente nosso “amor” de filhos é muito mais amor próprio que o próprio amor que não “busca os seus interesses;” Mais ou menos como o do pródigo que não decidiu voltar por amor do Pai, mas, porque até os empregados dele viviam melhor que ele; assim o conforto da casa paterna foi o motor da sua decisão em voltar. Nosso “amor” por Deus tem muito desse utilitarismo que visa proveito próprio invés de buscar ao Pai pelo que Ele É. De qualquer forma, como o pai aquele, O Pai nos recebe se formos a Ele arrependidos malgrado, a imperfeição dos nossos sentires.

Lembro um pastor amigo que em determinada reunião de pais e mestres onde seus filhos estudavam deu sua contribuição. O tema: O que está acontecendo com nossos filhos, por que estão tão rebeldes? O que fazer para que melhorem?

Ele tomou a palavra e disse: "Não precisamos de melhores filhos, mas de melhores pais. Gente que dê exemplo. Aos meus digo:Tudo que me vires fazer podeis fazer igualmente; se me virem mentir, mintam; fumar, beber, imitem; furtar, igualmente. O que nossos filhos carecem, - reiterou - é de bons exemplos em casa."

Quem ousar agir assim também poderá dizer como Salomão: “Filho meu; dá-me teu coração e teus olhos observem os meus caminhos.”

Uma bela teoria desprovida de exemplo, tipo; faça o que digo, não o que faço; esbarrará em determinada objeção aos hipócritas que já se tornou clássica: "
O que és fala tão alto que nem consigo escutar o que dizes.”

Meros ensinos se grafam na areia; o vento do tempo pode apagar; mas, o exemplo vívido esculpe na rocha em alto relevo. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13;15