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domingo, 23 de junho de 2019

A Luz e o Recibo

“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, quando, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Heb 10;32

Os combates e aflições dos cristãos hebreus começaram justo, após eles terem sido iluminados. Enquanto estavam no escuro “tudo bem”. Sabemos que a Luz, outra coisa não é, senão, a Palavra de Deus. “Lâmpada para meus pés é tua palavra; luz para o meu caminho.” Sal 119;105

Conosco também. Enquanto errávamos pelos vícios, mentiras, violências, maledicências, pelos lupanares da vida éramos gente boa. Um belo dia, alcançados pela maravilhosa Graça de Deus fomos mudados em nossos pensamentos, valores, atitudes. O passado de erros foi perdoado; em Cristo começamos a andar diferente.

Pronto. Combates e aflições à porta. Os mesmos que nos achavam gente de bem passaram a nos desprezar, ridicularizar, e não raro, perseguir. O açoite da língua trabalhou célere contra nós, como se, a mudança em nós operada lhes fosse uma ofensa, uma agressão; por quê?

Mesmo sem palavras, nossa nova postura já se lhes torna uma denúncia dos seus descaminhos; e, por certo isso lhes incomoda. Assim como a porca lavada volta a se espojar na lama, a alma que ama o pecado não quer nada com a limpeza e santidade ensinadas na Palavra da Vida.

O bom porte que passamos a exibir em Cristo lhes fere de alguma maneira. É que agora, nosso andar não atenta mais às conveniências da “galera”; antes, ao querer do Espírito que arbitra em nossas consciências regeneradas. “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” I Ped 3;16

O combate espiritual não é um duelo de espadas laser tipo, “Guerra nas Estrelas” como devaneiam e ensinam até, certos tontos a muitos incautos.

A “Espada do Espírito” é a Verdade; A Palavra de Deus. A do inimigo, óbvio, a mentira que visa contrapor-se a ela. Por isso, “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Assim, nosso labor é difundir a Luz do Eterno pela qual também fomos iluminados; a oposição tenta de todas as formas frear isso; “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Notemos que ele cegou aos incrédulos. Os que conseguiu impedir de crer com seus conselhos adversos. Os demais escaparam de suas perniciosas trevas para a Bendita Luz do Senhor. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.” II Cor 4;6

Nós gaúchos usamos dizer: “Estou mais perdido que sapo em cancha de bocha.” Dura sina do bicho! Uma hora as redondas pesadas ameaçam de um lado; depois, de outro; ele sempre em perigo. Não estamos perdidos, fomos achados por Cristo; mas, se erramos, vem a correção do Espírito de Deus; se, andamos bem, as aflições veem pelos que estão de fora cuja luz vista em nós, incomoda. Acontece que, em Cristo estamos vivos demais, para que o inimigo nos ignore.

Ser iluminado traz vida e compromisso. Se, é vero que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, também é que, agora sabendo devemos fazer disso nosso modo de vida, não brincar com a salvação como se fosse pueril; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Como vulgarmente se despreza a ideia de bater em bêbado, ou, chutar um cão morto, também o inimigo não empreende esforços para afligir quem já lhe pertence. Esses, pelas más inclinações habituais, vão sozinhos ao encontro das aflições sem darem trabalho pro diabo. Contudo, onde vislumbrar lampejos de luz espiritual, ali o canhoto tem algo a fazer. Aflige usando outros que inda estão sob seu domínio.

Por um lado nossas aflições são um peso; mas, pela perspectiva correta, o “recibo” assinado por Satã que somos de Cristo. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19