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domingo, 24 de março de 2019

As Feras Domadas

“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” is 26;3

A Paz natural deriva de muitos fatores. Poderio militar superior de alguém com quem “temos paz”; satisfação circunstancial das necessidades de água e pasto; ignorância sobre o mal que nos fazem escondido: “O que os olhos não veem o coração não sente”; etc.

Normalmente, fatores externos, circunstanciais patrocinam a quietude nos âmbitos naturais, mesmo que, no interior do ser, muitas guerras ainda labutem. Tendem a equacionar mera calmaria com paz.

O Salvador fez questão de dizer que Sua Paz era diferente dessa rasteira, aparente, vulgar. “Deixo-vos a paz, Minha Paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

Diverso da “Paz” que se apóia em fatores laterais, a de Cristo firma-se na Sua Pessoa a despeito dos ventos que soprem ao redor. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16;33

Ela deriva de dois fatores: Justiça; a Sua em nosso favor, e confiança nossa na integridade Dele. “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti...” Pois, “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17 Nele, “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Estarmos em paz com Deus, porém, nos indispõe com aquele que está em guerra; não raro, como os que o servem. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Paz pela sua natureza é algo que se busca de modo oblíquo; sendo um efeito colateral da justiça, sem essa, não há aquela. Certa vez alguém me perguntou sobre meu trabalho: “Você gosta do que faz?” Eu disse que não. Essa filosofia confuciana que, “quem trabalha com o que gosta não trabalha nunca” parece bonita no papel; mas, na prática quase nunca funciona. A gente mete o peito n’água seja suja, seja limpa; faz “o que tem pra hoje” como se diz, porque gostamos do fruto do trabalho, o salário digno, não, do trabalho em si.

Igualmente, a busca pela paz com Deus, requer renúncias, crucificação de maus pendores, eventuais indisposições com familiares e amigos... mas, seu “fruto” que enseja uma consciência em silêncio e a bendita comunhão com O Santo compensa em muito ao seu custo.

Invés da enganosa calmaria aquela que camufla as internas batalhas, uma serenidade interior tal, que, nem todos os embates da agitação ímpia circunstante colocam em risco nossa paz.

O mundo é um imenso circo que empreende esforço para domar feras; Deus O Todo Poderoso transforma-as em ovelhas. As feras adestradas dependerão sempre de jaulas, do domador por perto, pois, nada garante que seus instintos ainda latentes não façam predadoras da plateia, uma vez soltas. Sua “paz” controla consequências sem tocar nas causas.

Num momento o enganador mor declarará que está tudo dominado; no instante seguinte, a bicharada “pacífica” eclodirá de novo numa guerra mundial. “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...” I Tess 5;3

Tratar consequências ignorando causas será eficaz como enxugar gelo. A impiedade autônoma é a causa de todas as guerras; enquanto essa não for tratada pela Cruz de Cristo, nada feito. “Eles tratam da ferida do meu povo como se ela não fosse grave. "Paz, paz", dizem, quando não há paz alguma.” Jr 8;11 “... os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Acontece que, a impiedade é uma eterna declaração de guerra à Santidade Divina; e, invés de, rasteiramente concordarmos em não discordar, como pretendem os do ecumenismo, o homem que deveras anseia encontrar paz deve reconciliar-se com O Senhor, antes de tudo. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Não ao pacífico, o de índole cordata; nem ao pacifista, o pensador anti-belicista; mas, ao pacificador; que promove à paz onde está em falta, a Palavra louva.

Por mais desmancha-prazer que um ministro idôneo pareça é um pacificador a serviço de uma causa santa. A volta do pródigo à casa paterna. “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus;” Mat 5;9