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sexta-feira, 5 de abril de 2019

A Nudez dos Lobos

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar ovelhas?” Ez 34;2

Desde aqueles tempos, o desvio de função dos que deveriam servir ao Senhor. Invés do bom e velho serviço, o intrometido e egoísta servir-se. As ovelhas, o pretexto do ministério; o si mesmo, o motivo.

Sem nenhuma função ministerial, o mero pertencer à grei dos salvos demanda o inevitável “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Esses conseguem a “proeza” de galgar postos altos mesmo estando ainda mui aquém do básico para a salvação. Quem ainda padece a punção das carnais tendências como seria instrumento Divino para livrar aos cativos do mesmo mal?

De outra forma: Quem inda sofre com uma trave no olho como ajudaria outrem que tem um cisco?

Ora, O Salvador sintetizou toda a Lei em dois mandamentos: Amor a Deus e ao próximo; “o amor não busca os próprios interesses...” I Cor 13;5 Assim sendo, o egoísmo engajado é um estranho no ninho, não importa qual rótulo se use no frasco; pastor, bispo, apóstolo, reverendo, etc.

O esvaziamento de si mesmo é basilar pra salvação; o ministério pastoral não pode existir, deveras, estribado nos vícios que deveria combater.

Por isso a exortação para que imitemos espiritualmente ao Salvador; “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Fp 2;3 a 7

Basta ver o padrão de vida de muitos “pastores” modernos para constatar sem nenhum esforço que são pastores de si mesmos; que presenteiam-se com toda sorte de luxos, vaidades, superfluidades, enquanto, suas ovelhas em muitos casos, estão privadas do básico.

Quando lavou os pés aos discípulos, O Mestre ensinou que a vera grandeza consiste no serviço desinteressado, amoroso. Entretanto, muito do que vemos rotulado de pastores são pessoas sem noção; aceitam, quando não, buscam para si um tratamento de super stars em bisonha obscenidade espiritual.

Se, nossos lábios devem ser dutos por onde flui a Palavra do Senhor, “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7 Nosso agir deve ser o testemunho que, a doutrina que ensinamos é tão válida para terceiros quanto, para nós; dado que, a transformação que apregoamos vivemos já, como testifica nosso ser; “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

O Eterno levantar a um profeta para falar contra os pastores deveria ser alarmante por si só. Pois, isso testifica contra eles que, invés de fazer o devido trabalho, davam trabalho para O Senhor.

Lembra muitos legisladores que se elegem prometendo servir ao País; após eleitos atrapalham tudo o que podem servindo interesses mesquinhos. A mesma situação, pastores de si mesmos, que precisam a mesma repreensão.

Se, desejar o ministério, como definiu Paulo, é querer algo excelente, juntamente alistou ele os predicados que essa “excelência” requer; “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento...” I Tim 3;2 e 3

Quem ensina como disse Tiago, receberá uma cobrança maior; “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos nós tropeçamos em muitas coisas. Se, alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, poderoso para também refrear todo o corpo.” Tg 3;1 e 2

Há tantas possibilidades de ser ímpio; esses não se contentam com impiedade apenas; acrescem a ela a profanação das coisas santas. Por isso, o mais severo juízo.

Quando alguém sai em busca da coisa errada, muito provavelmente não precisa mudar sua busca, mas, seu ser; pois, bem disse Anatole France: “A moral do lobo é comer ovelhas; como a moral da ovelha é comer grama.” Facilmente se pode identificar os lobos; se, a aparência os camufla, a dieta os denuncia.