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domingo, 30 de junho de 2019

De onde vem o mal?

"Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo” Jó 10;2

Ao longo de sua dolorosa saga o patriarca jamais atribuiu ao inimigo, as suas dores. Na sua ótica, Deus estava contendendo com ele.

A Soberania Divina é uma coisa que mesmo os que afirmam pertencer ao Senhor não conhecem devidamente.
Ouçamos ao profeta Amós: “Sucederá algum mal na cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” Cap 3;6

Há dois tipos de males; o moral, que, ante o Senhor é pecado, e o “mal” judicial para punição das más posturas; nesse caso, no fundo é um bem, dado que, seu escopo é a justiça. A precisa ceifa da nossa semeadura, além de fazer justiça serve de ensino; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6;7 Seria um escárnio perante a justiça do Santo, no fim, um justo com galardão de injusto, ou, vice-versa.

Sobretudo, aqueles que têm com Ele um relacionamento estreito. Peleja O Santo por eles; se necessário, contra eles; “Em toda angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu amor e Sua compaixão Ele os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes, contristaram o Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

Esses “males” o profeta atribui a origem ao Eterno. Os outros também “procedem Dele” no sentido passivo da Sua permissão para que se expressem livremente os corações, como Simeão disse a Maria. “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35

Então, procede do Senhor o permitir absoluta liberdade de escolha às criaturas, não, que a prática do mal conte com Sua aprovação.

Ele ensina as duas possibilidades e exorta que escolhamos a melhor; todavia, não interfere num sentido de violar à liberdade; a escolha é nossa. “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

A “culpa” Divina é nos ter feito arbitrários, livres; a nossa, fazermos más escolhas; as coisas contrárias à vida que agrada a Deus; a do inimigo é ter sido o autor da ruptura do homem com O Criador. Ao inimigo cabem os “royalties” por cada pecado praticado, o reconhecimento que, os “direitos autorais” são dele.

Afeição pelo pecado é nossa. Só um hipócrita diria que, dadas as propensões da carne pós queda, (... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... Rom 8;7) a escolha pela virtude em lugar do vício é a mais fácil. Estamos desde larga data, acostumados com as coisas à nossa maneira; mudar isso para adequação ao modo Divino soa-nos a violência, intromissão. E é.

O diabo dissera: Decidam vocês, independente de Deus, a nossa violência veio antes; O Eterno recoloca os pingos nos is: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus...” Sal 46;10 Esse aquietar-se demanda o reconhecimento das próprias maldades; que foi mal “sermos deuses” e estamos dispostos à violência da cruz para restaurar a relação desfeita com O Pai.

Claro que essa ousadia santa requer um conhecimento melhor do Amor do Eterno; por isso a insistente pregação da Sua Palavra.

À Luz da mesma, como o infeliz Jó, um dia poderemos reconhecer melhor nossos devidos lugares. “Escuta-me, pois, eu falarei; te perguntarei e Tu me ensinarás. Te conhecia só de ouvir falar, mas agora te veem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Jó 42;4 a 6

“Ver” Deus foi o que fez Jó ver melhor a si mesmo. “... me abomino e me arrependo...”

O Governo da Terra, então, usurpado a Adão pelo inimigo foi retomado por Cristo desde o “Está Consumado”. A desobediência perdeu o domínio; a perfeita obediência do “Segundo Adão” resgatou. Então, paremos de dar mídia ao Capiroto com os tais “cultos de libertação” onde a estrela caída é a principal.

A libertação que conta requer aprendizado e prática da Doutrina de Cristo; o resto é irrelevante. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;3 e 32

Ninguém escala ao Everest porque é fácil; é a extrema dificuldade que torna o feito glorioso. O Reino dos Céus é mais alto, difícil e infinitamente mais glorioso. Não há uma estação favorável para escalada; antes, uma única “encosta” que a torna possível; a Cruz de Cristo.