Mostrando postagens com marcador chorou amargamente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador chorou amargamente. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O Bem da Crise

“... Simão, Simão; Satanás pediu para vos cirandar como trigo; Mas, Eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça; tu, quando te converteres confirma teus irmãos.” Luc 22;31 e 32

Que ofensa ao orgulho de Pedro! Estava há mais de três anos com O Mestre e não era convertido? Como assim, “quando te converteres?” “Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e morte.” v 33 O Senhor tocou inda mais fundo na ferida: “... Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.” V 34

Como saber se, não estamos cometendo o mesmo erro de Pedro? Sermos chegados do Senhor, simpatizarmos com Ele, aprendermos Dele, andarmos, sem sermos convertidos?

Conversão sempre é traumática, pois, demanda “morte” para herdar a vida. Essa morte consentida na verdade, mortificação, negação de si mesmo, cruz, requer uma entrega que, em tese fazemos; mas, muitas vezes em momentos de crise, como o de Pedro, descobrimos que era fugaz, superficial, sem substância.

Quando, enfim, desalojado da enganosa fortaleza da autoconfiança, digo, quando Pedro chorou no seu próprio velório, só então, Cristo nasceu nele. “Virando-se o Senhor, olhou para Pedro; ele lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. Saindo para fora chorou amargamente.” VS 61 e 62

Após a ressurreição O Senhor perguntou três vezes se Pedro O amava; numa espécie de contraponto às três vezes que O negara; “... Simão filho de Jonas; amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta minhas ovelhas.” Jo 21;17

Ele que, na carnal confiança se dissera pronto a ir até à morte, agora foi desafiado a outro tipo de “morte”, sem valentia, presunção, mas, entrega, serviço. “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, cingias a ti mesmo, andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás tuas mãos, outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras. Disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus...” Vs 18 e 19

A “morte” que glorifica a Deus, pois, não é nossa escolha natural; antes, a entrega após os desígnios do Senhor.

Então, as crises servem para evidenciar se, nossa conversão é “maciça”, ou, apenas um verniz; o serviço testifica para terceiros, sobre o que Cristo fez em nós.

Pois, se a fé vem pelo ouvir, e, ouvir à Palavra de Deus, a vera conversão é tão impactante que salta aos olhos dos nossos circunstantes; “Tirou-me (O Senhor) dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Essa balela de, “Deus como você O Concebe”; ou, “sirvo a Deus do meu jeito” são folhas de parreira tentando ocultar a nudez da rebelião, ainda ativa. Talvez seja até melhor negarmos bisonhamente ao Senhor, como Pedro, se, isso abalar as bases da carnal confiança e nos levar a uma entrega irrestrita e veraz, que, seguirmos hipocritamente traindo a nós mesmos, jogando com a vida que, nem temos, abusando da longanimidade Divina.

Dave Hunt disse que a incredulidade tem muitas faces; a mais perniciosa é quando se mascara de piedade, pois, usa o ventriloquismo da religião oca para encenar trejeitos; dar voz a um morto.

Um sintoma necessário após o novo nascimento é desejo de “mamar” do Espírito; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2 Quem se presume cristão e não tem prazer na Palavra de Deus, duvide; converta-se da sua “conversão”.

Vivemos a era dos “memes” e textos sucintos, mas, assim como não se cura câncer com Aspirina, também não se transmite verdades eternas em miniaturas. O convertido, se, a mensagem tem sabor espiritual ele vai até o fim.

A Palavra de Deus não é instrumento para deleite, antes, fonte de vida; “... Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda Palavra que procede da Boca de Deus”. Luc 4;4

Saibamos; as crises não nos afastam de Deus; quando muito revelam o quão distantes estamos. Se, uma delas logra me abrir os olhos ao próprio engano, sem crise, digo, mesmo dolorosa, me fará mais bem do que mal.

Às vezes nosso coração não é falso; é duplo. Quer Deus e o mundo. Urge uma escolha cabal; “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações” Tg 4;8