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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Convocação

“Rogo-vos, pois, eu, preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados...” Ef 4;1

A maturidade espiritual de Paulo chama atenção: Altruísmo e submissão ao Senhor. Preso seria natural esperar que rogasse orações pela liberdade; sobretudo, porque era inocente.

Diferente das doentias paixões políticas desse mundo, não tivemos nenhum acampamento pegado à prisão bradando: “Paulo livre!”

No entanto, o apóstolo rogou aos seus filhos na fé que zelassem pelo bom testemunho; por uma caminhada digna.

Sua sina particular em momento algum atribuiu à inveja dos judeus, ou, à tirania de Roma; antes, ele sentia-se “O preso do Senhor”. Ora, sendo O Eterno Quem É, coisas ruins só acontecem aos Seus filhos por Sua Vontade ou, permissão.

Entendermos isso é libertador; evita que busquemos “pelo em ovo” como se diz. Pensar que há tantos “ministros” na praça ensinando a rebeldia arrogante dos que oram na base do, “não aceito isso”; “revolto-me contra aquilo” “determino aquil’outro”! Que decepção! Que gente sem noção!

Se, eventualmente, O Santo permite para conosco injustiças como as que sofreu José, por exemplo, pode estar reservando-nos recompensas igualmente imerecidas. Tudo, porém, no devido tempo. Se “Faraó inda não sonhou” suportemos resignados.

Só os obtusos espirituais afrontam a Deus e, quando as consequências assomam buscam culpados externos invés de olharem no Espelho. Jeremias denunciou por décadas a apostasia que grassava em todas as camadas sociais de então; jamais foi ouvido. O Juízo vaticinado bateu às portas trazendo os caldeus contra eles.

Em apertos o rei chamava-o pedindo luz; era aconselhado a se render, pois, essa era a Vontade do Senhor que estava julgando e punindo; mas, resistia; falsos profetas da vez acusavam a Jeremias de traidor e o maltratavam.
Eis a impiedade elevada ao cubo! Dar ocasião ao Juízo Divino pela apostasia e buscar culpados externos, invés de, nos próprios passos.

Escrevendo depois de arrasada a cidade o profeta ensinou: “Pisar debaixo dos seus pés todos os presos da terra, perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo; Subverter ao homem no seu pleito, não veria o Senhor? Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal quanto o bem? De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;34 a 39

O “mal” que sai da Boca do Senhor tratava-se do juízo, cujo fito é o estabelecimento da justiça; um grande bem. Porém, visto da perspectiva humana soava como mal; por isso Jeremias era agredido quando anunciava tais coisas perante ímpios obstinados.

O Senhor ordenara que não escravizassem aos seus próprios irmãos. Quando alguém empobrecesse muito de modo a “se vender” como servo para quem devesse algo que não poderia pagar deveria servir apenas por seis anos, depois seria liberto. Eles por gananciosos falharam em cumprir esse mandado.

“Todos teriam que libertar seus escravos e escravas hebreus; ninguém poderia escravizar um compatriota judeu. Assim, todos os líderes e o povo que firmaram esse acordo de libertação, concordaram em deixá-los livres, não mais os escravizaram; o povo obedeceu e libertou os escravos. Mas, depois disso mudou de ideia e tomou de volta homens e mulheres que havia libertado; tornou a escravizá-los.” Cap 34;9 a 11 Obediência pontual, parcial é só desobediência disfarçada.

Então, voltando ao conselho do “Preso do Senhor”; devemos andar de modo digno; honrar ao Senhor subtendo-nos à Sua Palavra; depois, se Ele permitir que passemos por situações difíceis, nem por isso esmorecermos em nossa confiança, tampouco, duvidarmos da Sua Bondade ou, Sabedoria.

Se, homens como Paulo, Jó e, sobretudo, Jesus Cristo podem sofrer dentro da Vontade permissiva Divina, quem somos nós para não aceitarmos isso, ou, determinarmos aquilo?

Deus Deu Maná quando o povo estava no deserto e não poderia se manter; mas, inseridos na Terra Prometida tiveram que trabalhar e comer do fruto. A bênção sobrenatural supre o que não pode ser obtido por meios naturais. É digno da nossa vocação que comamos o pão com nosso trabalho e saibamos que, fé é para dar vida; não, dinheiro.

Se, não estamos numa cela como Paulo, somos “presos” ao compromisso de servos; não como aqueles arrogantes coevos de Jeremias que achavam justo tomar para si o fruto do alheio labor. Nosso “movimento reivindicatório” lícito é o que move músculos na sina do trabalho para termos o que comer; eventualmente, repartir.

Nos dias de Jeremias os rebeldes terminaram cativos por setenta anos; agora a rebeldia contra O Senhor que derramou Seu Sangue Eterno redundará em castigo eterno também.

Enfim, soframos injustiças se, a Vontade Divina o quiser; mas, não cometamos; pois, todo plantio terá sua colheita.