Mostrando postagens com marcador amarga verdade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amarga verdade. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de dezembro de 2019

As Vestes da Virada


“Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas; nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

Malgrado todo o pessimismo do Eclesiastes, onde, a um apreço puramente humano, “debaixo do sol”, se conclui que “tudo é vaidade e aflição de espírito,” no final dele invés de uma terra arrasada como seria de se esperar no escrito de um cético ou pessimista sem esperança, temos um conselho prático que deixa ao jogo da vida em aberto. “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra; até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Cap 12;13 e 14

Se, no epílogo, acima de tudo se colocou a prescrição do temor a Deus, já ao longo do texto essa ideia desfilava tacitamente. Ora, a figura poética em realce acima, de outra coisa não fala senão, disso; vestes alvas são um figura de um caráter justo, e o óleo sobre a cabeça, símbolo da unção Divina para que as decisões sejam em submissão a Ele.

Parafraseando se pode dizer: “Em todo o tempo sejam justas as tuas atitudes; jamais as tome, sem antes ouvir a Direção do alto.”

Isaías ampliou a ideia: “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Em Apocalipse, além da cor resplandecente das vestes realçar à justiça, ainda o tecido nobre, o faz qualificando à “Esposa do Cordeiro”; “foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

Nessa época de transição de calendário costumam arder mais intensas as febres humanas; uma delas bem latente é de que existe algum atalho, substituto ao trabalho como meio de se conseguir as coisas; bastaria uma mandinga qualquer que agradasse determinada “Divindade” e estaríamos conversados. A “bênção” viria sem maior esforço.

Desse modo, muitos que se dizem cristãos, convém lembrar, usarão roupas novas de determinadas cores segundo a predileção dos “Orixás” que trariam certos benefícios por isso. Para o branco, paz; ao amarelo, riquezas; ao vermelho realizações na área das paixões... gostando da definição ou não, pessoas que afirmam pertencer a Deus farão macumba invés de orações; com seus atos pedirão pão a quem dá pedras; peixes a quem usa dar serpentes.

Ao advertir que essas coisas mundanas nos colocam em inimizade com Deus, Tiago apresenta a causa; O Espírito Santo tem ciúmes, zelo do Seu templo que somos nós; como veria em paz tais templos decorados ao sabor dos gostos do Capeta? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5 Quem não sentiria ciúmes ao ser vítima de adultério?

Não existe substituto abençoado para o trabalho no afã de prosperar; jogos, loterias, roubos, logros, corrupção... são do Príncipe do mundo, não de Deus.

Ora, Deus nos abençoa abrindo portas de trabalho e dando saúde para o labor, o resto é conosco; meter o peito n’água é nossa “parcela” no consórcio. Os mercenários góspeis que ensinam ofertar para prosperar fazem o mesmo com a agravante da profanação; pois, usam o Nome de Deus para atuações ao caráter do Capiroto.

Para que nossas orações sejam ouvidas diante do Santo, antes carecemos que nossas vidas sejam aceitas; “... a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus...” Is 59;1 e 2

E isso, a aceitação, não deriva de uma roupa íntima nova em determinada data; antes, de tomarmos a Cruz escolhendo a Cristo como Senhor, e nos revestirmos Dele em todo o tempo numa maneira de agir, agora, segundo Deus. “... vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24

Voltamos às vestes alvas, e regência do Santo.

Frases ofertando “Grandezas” a quem as “Recebe” está cheio por aí; ensinos que desmancham à cegueira difusa pelo Pai da Mentira costumam contrariar gostos.

Desgraçadamente uma geração analfabeta bíblica prefere veneno com rótulo de mel, invés do remédio amargo da verdade com cheiro de vida.