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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

As Coisas Loucas

“A mim, o mínimo de todos os santos foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo; demonstrar a todos qual a dispensação do mistério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus...” Ef 3;8 e 9

“demonstrar... mistério... que esteve oculto...” Isso equivale a revelação; Depois que algo passou a ser demonstrável deixou de ser misterioso, opaco.

O teor dessa demonstração, segundo Paulo, traz as “... riquezas incompreensíveis de Cristo”.

Sendo demonstrável, mas, não compreensível, chegamos a certa “contradição”; na verdade o que o Apóstolo tencionou foi por em realce que o entendimento humano fica aquém da essência do Amor Divino, o que, aliás, propõe adiante; “Conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” v 19

A compreensão das coisas espirituais requer um “Assessório” indispensável; “que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade...” 17 e 18

Essa “encruzilhada” explica, por exemplo, o fato de existirem ateus intelectualmente brilhantes, e seguirem bisonhos nas coisas espirituais. Se, a luz espiritual deriva dos olhos da fé, que eles não possuem, necessário que, sua compreensão nesse campo seja obtusa.

“Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;19 a 21

Quem leu “O Anticristo” de Nietzsche percebeu claramente que, o texto que mais irritava-o era, justo, o que sonega a primazia do intelecto dos bem nascidos, e, atribui à Soberana Vontade Divina, o capacitar a quem quiser; “Mas, Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são;” I Cor 1;27 e 28

Esses versos o deixavam irritado com o que, considerava doentio; essa “simpatia com os fracos e falhados”, como falava. E pensar que tem uma leva de “intelectuais” inclusivistas, “politicamente corretos” que se diz admiradora do referido autor, sem se dar conta que ele é a antítese do que professam. Você acha civilmente adequada, a promoção da acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, por exemplo? Ele achava enfermiço, doentio.

Se, os “olhos da fé” revelam preciosidades espirituais, a privação dos mesmos pode ensejar mentecaptos, até nas coisas que deveriam saber por serem naturais; como, lógica e coerência.

Embora, a pecha que a fé é cega, na verdade, ela apropria-se de coisas que escapam à vista, pois, essa sim é cega nos domínios daquela. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

As coisas visíveis insistem em gritar chamando pela fé; “Porque as suas (de Deus) coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Interessante que, os opositores da fé não a consideram ilógica, demonstrando isso com argumentos plausíveis; antes, acham-na loucura, insanidade. Assim, quem precisa explicar as “razões” dos loucos? Se, Nietzsche acha doentio se importar com os desvalidos, esses acham enfermiço se importar com Deus.

O máximo que logramos (os cristãos) perante eles, é sermos inimputáveis por insanidade; Contudo, à luz da Luz, insanos, dementes, são eles; “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram; o seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;21

Migraram de certo grau de entendimento para o obscurantismo pela insensatez. Se, a Luz de Cristo amplia-nos a visão, Sua rejeição coloca seus agentes à mercê de outro “Senhor”; outra “luz”; “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Onde há boa vontade, disposição para crer, até “em Braille” se identifica O Criador; “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe...” Atos 17;27

Onde não, até a parca visão acaba desvanecendo; “Porque a qualquer que tiver será dado, terá em abundância; mas, ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.” Mat 25;29