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domingo, 21 de janeiro de 2018

Anitta e Pablo Vittar, a cereja

Hoje em dia, os homens parecem robôs, que são facilmente dominados por instrumentos de manipulação de massa. Tudo porque a filosofia, o ato de pensar e chegar a uma conclusão por reflexões próprias foi completamente abandonado no modelo educacional vigente.”
Roger Bottini Paranhos

Lembrei uma tirada do professor Pierluiggi Piazzi que defendia que os alunos devem saber a tabuada de cabeça, como foi em dias pretéritos. Alguém objetou: “Por que tabuada se existe calculadora? Ele redarguiu: Por que aprender andar se existe cadeira de rodas?”

A preguiça mental que faz escolher o caminho mais fácil jamais deve ser acoroçoada; pois, invés de ajudar, acaba atrapalhando. Tanto o indigente consome mantras que parecem solver os problemas da vida que, quando carece pensar ele descobre um deserto filosófico “inside”; uma espantosa incapacidade para a coisa, de modo que, vê nos manipuladores que o movem aos seus interesses um “oásis” para sua instante sede de tomar posição.

A dialética socrática que partia do, “Tudo o que sei é que nada sei.” nem sempre é bem entendida por quem a cita.
Não significa uma postura humilde, ou, admissão de ignorância do homem mais sábio de Atenas.

Ele queria que seus discípulos formassem seus conceitos por si próprios, não os comprassem enlatados porque alguém, presumidamente sábio vendia.

Assim, se um deles defendia a virtude ou, justiça como um valor bom, ele interrogava para saber o que o sujeito entendia por virtude ou, justiça; se, eventualmente a compreensão do pupilo era inexata ele o conduzia mediante interrogatório preciso até que o tal descobrisse sua incoerência no exercício do próprio raciocínio, invés de “comprar” pronto.

Um método, a meu ver, excelente, que deve estar excursionando alhures nalguma galáxia, pois, temos uma geração de “universitários” que se expõe com velas acesas introduzidas no rabo, ou, se reúne para aplaudir a “arte” de ver alguém mijando sobre outrem, nu.

Aí nos espantamos quando surgem “fenômenos” como Anitta e Pablo Vittar, como se fossem anomalias culturais; não são. São a cereja da torta de uma geração de mentecaptos, que, a castração das mentes impossibilitou a sublimação, o enlevo que a veia artística propicia; não podendo galgar ao nobre patamar da criatividade artística rebatizaram o lixo do porão como tal.

Então, “canonizam” “poesias” como a do tal Mc Diguinho; “Senta, senta, senta, pra mostra que cê é foguenta...” e similares. Como disse Marquês de Maricá, “De onde nada se espera é que não vem nada mesmo”.

Desgraçadamente a maioria dos incautos engajados foi doutrinada a pensar exclusivamente no aspecto econômico, e, ainda assim, usando vetores mentirosos.

Aí, governantes que “desconstroem” valores, promovem a indecência, são lenientes com o crime se tornam os preferidos, malgrado afanem o Erário como “nunca antes na história deste país”: afinal, seriam os “defensores dos pobres”. Dão, como se, suas, migalhas do muito que afanam no exercício do poder, e gloriam-se disso como os maiores benfeitores.

“Se um cão latir para você dê-lhe uma migalha; ele passará a farejar-te” disse o poeta Zeferino Rossa. Então, os “migalheiros” adestrados se dispõem a qualquer sacrifício em defesa de seus feitores, aos quais farejam e reputam heróis; pois, incapazes que são para o senso crítico repetem falas monótonas e exaustivas daqueles pelos quais seus micro-cérebros foram capturados.

Somos uma geração que não tem argumentos, tem bandeiras; que não tem miolos, apenas sentimentos derivados de paixões insanas; não do amor ao que é belo, probo e virtuoso. De cidadãos conscientes que deveríamos ser nos tornamos meros torcedores; e, a ignorância engajada consegue defender como se, puro sangue, qualquer pangaré pelo qual tenha sido aliciada e dele se feito plateia.

Certo que a corrupção grassa, e, em todos os partidos temos seus expoentes; uns, mais, outros, menos; porém, os ideologicamente idiotizados não conseguem separar o joio do trigo. Treinados que foram com as “sui gêneris” lentes bifocais, que, veem defeitos apenas “neles” e nos seus, virtudes.

Eis a maravilha enfeitiçadora! A poção do caldeirão ideológico! O sujeito bebe uns goles e passa e defender quem o rouba como se, quem o protege, fosse.

Basta uma olhadela por alto na ortografia que desfila nua nas redes sociais, para termos uma ideia do que a “Pátria Educadora” fez com essa geração.

Tá mais que na hora de chutarmos o balde; virarmos a mesa da joça toda; somos cidadãos, não queremos escudeiros que nos defendam, mas, servidores honestos, probos, que nos respeitem...

Desculpem, por um momento esqueci, do que tínhamos nos tornado... Somos um esboço de país, um gigantesco vácuo de educação e cidadania. A indigência de tantos anos não será reparada num estalar de dedos, tipo, “Ilumina-te Sésamo”.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Kant