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domingo, 3 de novembro de 2019

A Ousadia Ímpar


" No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante... nem... antes dele." II Rs 18;5

Normalmente tendemos à mediocridade; fazermos o que os outros já estão fazendo. Nossos parâmetros, invés da "Estatura de Cristo", não raro, são horizontais; um destacado qualquer que fez determinada coisa e nos bastaria igualar.

George Miller disse: "Não há limites ao que O Senhor pode fazer com uma vida inteiramente consagrada; desde que essa não toque em Sua Glória". As limitações são por nossa causa.

De Ezequias se disse que, nem antes nem depois dele houve semelhante. Ousou ser ímpar. Baniu a idolatria, reorganizou o culto, estabeleceu funções sacerdotais, confiou irrestritamente no Senhor; venceu muitas batalhas, pois, O Senhor era com ele.

Confiar; eis uma coisa que nos é muito difícil. Não porque O Eterno seja indigno de confiança; mas, porque a queda inoculou o vírus da dúvida e incredulidade no "sistema". Desde a proposta fajuta que culminou no usufruto indevido da Árvore da Ciência, somos tentados à lógica satânica; "Vós mesmos sabereis o bem e o mal."

Se, O Eterno nos determina algo, invés de obedecermos de modo irrestrito, não raro queremos entender os motivos primeiro; como se, as ordens Divinas só fossem acatáveis se, parecessem racionais aos nossos apreços.

Por isso, Paulo ironiza esse "salto" entre natural e espiritual adjetivando-o como "loucura", dado ser o âmbito espiritual, por superior, insubmisso à nossa "lógica" rasteira.

"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." I Cor 1;18 a 21
"Loucura" aos olhos dos "sábios", cuja sabedoria se tornou louca diante de Deus. Pois, "A Loucura de Deus é mais sábia que os homens."

O retorno à Árvore da Vida demanda a alienação da nossa "ciência" como se, nossos miolos fajutos estivessem em pé de igualdade com a Sabedoria Eterna.

A distância é tal entre os "pródigos" e a casa paterna que medidas drásticas precisam ser tomadas para regeneração. Nosso ego sem noção e cheio de razões é desafiado ao "suicídio" para Cristo viver em nós. "Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me."

A mudança de mentalidade é figurada como um transplante de coração; "Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra; vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós o Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis Meus Juízos e os observeis." Ez 36;26 e 27

O traço visível desse novo coração é a obediência a Deus; o "Motor" que possibilita é a Bendita presença do Seu Espírito atuando nos salvos.

Isaías falando da mudança necessária nos que ousarem buscar ao Senhor não explica cabalmente as trocas de mentalidade propostas; apenas desafia a deixarmos nossos vãos "saberes" em favor de outro infinitamente superior. "Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos." Is 55;7 a 9

Paulo ensina que o homem espiritual discerne coisas que escapam ao natural, pois, tem a "Mente de Cristo".

Essa não é um enchimento de poder, como devaneiam alguns; antes, um esvaziamento de humanas pretensões, para dar espaço à Divina Vontade; "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte; morte de cruz. Por isso Deus o exaltou..." Fp 2;5 a 9

Unir religiões da Terra, forjar novo humanismo, como propõe o Papa Francisco, é apenas comprar vestes novas para mortos; Já que são tão ecologicamente corretos, ciosos das árvores e da "Mãe Terra", deveriam, confiar e ouvir ao Pai dos Espíritos para voltar à Árvore da Vida.

Para confiar no Senhor carecemos duvidar de nós mesmos; mas, essa gente tem certezas demais, infelizmente...