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terça-feira, 3 de julho de 2018

O Elefante, o Circo e a Copa do Mundo

A tecnologia lograra feitos que, antes eram fictícios, e a Brazil’s Corporation, claro, não deixara de fazer uso dos seus benefícios.

O mais valioso era sem dúvida, o que a empresa chamava de SJF “Special Job Force” (força especial de trabalho) sendo essa, a metade da mão de obra empregada; humanoides, frutos do esmero tecnológico que, se “alimentavam” periodicamente plugados, senão, seriam confundidos com humanos.

Não fossem certas restrições do Ministério do Trabalho, e todos os funcionários seriam desses; pois, não recebiam salários, direitos trabalhistas, não ficavam doentes, venciam vastas jornadas com cargas módicas de energia, sua eficiência era comprovadamente superior, e a manutenção muito barata na relação com os benefícios.

Assediados pelos agentes do Sindicato da Força Convencional, alguns trabalhadores resolveram protestar. Aquilo era uma competição desproporcional. Eles eram humanos, não, máquinas; e ter que fazer as mesmas coisas no mesmo período de tempo era uma exigência injusta.

Vencidos os temores iniciais de perder o emprego, dos mais tímidos, os brados de “vamos à luta companheiros” acabaram vencendo, e, uma instituição muito antiga, a greve, já obsoleta nesses tempos tecnológicos começava a ressurgir.

Além de não trabalharem, os humanos sabotavam o trabalho dos robôs, de modo que, chamaram atenção de quem comandava a empresa, cujo gerente marcou uma reunião com os líderes grevistas.

Cochichos otimistas eram possíveis de se ouvir; “Eu não falei que daria certo?” “Temos que lutar não aceitar tudo bovinamente.” “É isso aí.” Recebidos na ante-sala da gerência, uma secretária educada lhes pediu que se assentassem e aguardassem um instante.

“Mas, a reunião foi marcada para as nove horas, e, uma coisa que a Empresa zela muito é pela precisão do horário.” Reclamou Sebastião Silva, do sindicato. “Sim, acedeu a gentil moça, mas, o Gerente pede desculpas pelo incidente, pois, em função dos distúrbios causados pela greve, teve que trabalhar a noite toda; imprevistos que em humanos meios ocorrem; assim que ele recarregar-se ele atenderá aos senhores.

“Recarregar-se”? “Ele é um deles?” Putz...

Pois bem, deixando a reunião por ora, o quê a “Brazil’s Corporation” e o Brasil têm em comum? Bem, metade da força de trabalho é de robôs; roubos, digo. Meio ano do nosso tempo de trabalho para ser diluído em impostos, cuja contrapartida é pífia, haja vista nossa educação, nossos hospitais, estradas, etc.

A competição é tão desleal que, invés de sonhar com algum veio empreendedorista que lhe pode trazer riqueza e, progresso à nação, a maioria dos jovens sonham com um concurso público, servir e servir-se do Estado.

A velha tática romana do pão e do circo para amansar instintos já não funciona. Agora, no apogeu do espetáculo circense, a Copa do Mundo, alguns descontentes com os “robôs”, ou, não se expressam direito, ou, não são devidamente entendidos.

Ao manifestarem seu desprezo pelo picadeiro recebem alguns puxões de orelhas, como se, torcessem contra o Brasil. Não. Apenas depreciam as luzes excessivas do circo e as convenientes penumbras de Brasília, ao abrigo das quais, os robôs, digo, os roubos deitam e rolam.

Ladrões são soltos, provas anuladas, “dependentes” de Políticos têm até 33 anos nos planos de saúde, o Fundo Partidário jorra, etc.

Sem contar que, parte da aversão deriva do superfaturamento colossal das lonas, quando, o circo foi montado aqui.

A mesma Imprensa prostituta que tenta direcionar o processo eleitoral a favor dos robôs, tenta inflar o espetáculo para que esse valha mais, que deveras, vale. Nenhum trabalhador Brasileiro torce contra o país, nem mesmo, nos esportes. Apenas, manifesta como pode, sua aversão aos indignos que nos governam. Mesmo que ganhemos a Copa, nada vai mudar, objetivamente.

Entretanto, o sistema está de tal forma, entranhado, e as pessoas divididas ainda, algumas tonteadas por bandeiras vis, que acham que mudando vernizes a coisa muda.

Alguns “Sindicalistas” corajosos têm se levantado contra os “Robôs”; mormente, o Sindicato da Probidade Pública, liderada pelo “companheiro” Sérgio Moro, e outros valorosos que se aliam a ele. Do jeito que está a coisa não pode prosseguir, queremos justiça, bradam.

Meio ano de trabalho por ano, só para sustentar roubos é inaceitável. Acorda Brasil! Queremos um Estado enxuto e governantes idôneos.

Muitas “Greves” foram feitas, as ruas da “Empresa” tomadas por trabalhadores insatisfeitos, mas, uma promessa aqui, um lenitivo ali, e nada do que interessa, deveras, mudou.

Os “sindicalistas” tanto laboraram por seus representados que, o Gerente Geral resolveu designar alguns diretores para recebê-los e ouvir deles as razões dos seus pleitos pelo que, chamam de justiça.

Moro e os demais companheiros do “Sindicato” foram recebidos numa sala de reuniões, onde, seus pleitos seriam apreciados por Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Putz!

O circo seguirá seu “espetáculo” nefasto, enquanto, o elefante ignorar a própria força...

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Vendo Estrelas

“Quando você aponta uma estrela para um imbecil ele olha para a ponta do seu dedo”. Mao Tsé Tung

Embora as “estrelas” no céu vermelho do pensador asiático devessem sua luz ao sonho comunista assassino que ele implantou matando inocentes, abstraído o contexto, a frase em si é sábia.

Antagoniza dois tipos; o sonhador que consegue tocar o devir ainda intacto, e o imediatista, “aquele cujo Deus é o ventre”, em linguagem bíblica.

Jostein Garden autor de “O Mundo de Sofia” diferenciou assim; o simples que se ocupa das ninharias diárias como o preço da batata e do tomate; o de mente filosófica, que, não satisfeito com sua compreensão imperfeita do truque que criou o Universo, desvia seus olhos do “coelho” e tenta olhar nos olhos do “Grande Mago”. Além do fenômeno latente ousa tentar entender os Divinos motivos.

Aos primeiros basta o suprimento dos instintos animais; os outros têm fome de saber, entender o mundo, Seu Autor, e, se possível, relacionar-se com Ele de alguma forma.

Infelizmente esse tipo é raro; a maioria das pessoas é amoral egoísta, imediatista. Pouco se importa com valores, implicações remotas de suas escolhas, desde que, sua mesa e seu “findi” estejam plenos, no mais é “só alegria”.

Amoralidade não é imoralidade, embora, tenha seu parentesco; amoral é ausência de um vetor moral; imoral é o que contraria a moral estabelecida. Então, ao amoral, se a coisa o beneficia de modo imediato, pouco ou nada valem as consequências remotas, valores arranhados, etc. Se me beneficia – pensa – então é bom, danem-se as consequências!

Suas “investigações” filosóficas consistem em alguns compartilhamentos de ideias alheias; não que não sejam capazes de ter as próprias, mas, quiçá, partilhem da ojeriza ao trabalho pesado, como disse Henry Ford: “Pensar é o trabalho mais pesado que há; essa é a razão, talvez, para que, tão poucos se apliquem a isso.” Além do quê, o pensamento costuma excursionar mui distante, e, os prazeres sensuais pulsam tão perto.

Desse modo, voltando ao início, não adianta apontar “estrelas” para gente de olhares míopes, que, não consegue cogitar além dos suprimentos básicos instintivos.

Essa doença psíquica é o filão dos demagogos populistas que desde sempre manipulam ao gado imbecil com “pão e circo” como diziam os romanos.

Aí, ignoram pela conveniência atual o segundo estágio do Estado Paternal “socialista”; num primeiro momento, o da implantação, o “Pai” se faz provedor aos desvalidos, com financiamentos fáceis, fundo perdido, incentivo disso, daquilo, bolsa tico, fundo teco; o gado pasta gordo e feliz; “protegido”.

As consequências de patrocinar a vadiagem e desestimular quem gera riquezas não demoram tanto a surgir; então, o desemprego, e o arrefecimento do crescimento econômico começam ensejar protestos, como na Bolívia e na Venezuela; ( em escala menor no Brasil ) o povo passando fome começa tomar as ruas; o “Pai Estado” que esbanjou o que não devia para parecer bonzinho usa agora sua autoridade para restringir as liberdades dos filhos tolhendo direitos elementares, pois, já não há pão, e o circo a ninguém atrai se estiver com fome.

Eis a “Estrela” de Mao Tsé Tung revelando-se um imenso buraco negro! Aristóteles dissera: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais aos que são diferentes.” Assim esse “igualitarismo” social à força acaba socializando a miséria, comunizando as privações, no fim, privação liberdade, até.

Ora, somos iguais na dignidade humana, nos direitos elementares, mas, socialmente funcionamos diversos. Uns são empreendedores, sonhadores, geradores de riquezas para si e oportunidades de trabalho para terceiros; outros são trabalhadores acomodados ao suprimento de suas carências de sobrevivência apenas. Tais, tão diferentes completam-se. Um precisa do outro.

Então invés de deixar cada um ser segundo sua índole, fomentar lutas de classes obra dois danos concomitantes entre as pessoas; força uns a ser o que não querem, e poda outros de voarem com as asas que trouxeram ao nascer. Como dizia Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.”

Então, aos meus olhos o tão odiado capitalismo faz mais bem aos pobres, gerando trabalho e garantindo a liberdade, que o cantado em prosa e verso, comunismo; coisa que a história confirma.

Alguém já viu um líder comunista pobre? Se, o capitalismo é o demônio como dizem, por que todos eles se apressam mediante roubo, corrupção, a viver no “inferno”?

Seus idiotizados foram treinados para ver estrelas na ponta dos dedos dos seus donos; cegos de fúria como os touros de Madri, nada conseguem ver, exceto, o pano vermelho que esconde quem se diverte às suas custas.

“Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política.” Ernest Renan