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domingo, 22 de setembro de 2019

A Ampla Unidade do Espírito

“Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Ef 4;3
Embora, O Espírito Santo seja Um, Sua manifestação é diversa conforme lhe apraz. “A graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;7 “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7

Se, a unidade do Espírito carece de um vínculo, uma ligação, óbvio que essa se manifesta em ambientes e pessoas diversas. Por conhecerem ao Espírito e com Ele andarem, O reconhecem mesmo que se manifeste alhures, com nuances culturais ou rituais, diferentes, até. Desde que as questões vitais não sejam afetadas.

A unidade do Espírito não tem nada com união horizontal, humana; mesmo estando separados, geográfica, ritual, ou culturalmente diversos grupos podem fazer parte dessa unidade, bem como, estando reunidos por laços estranhos ao Espírito, ainda serem diversos, malgrado, habitando os mesmos ambientes. A Unidade é do Espírito, não dos homens.

No dia de Pentecostes O Espírito fez povos de nacionalidades diferentes falarem todos, a mesma língua; ainda unifica aos diferentes, mediante o vínculo comum da conversão, que enseja paz entre eles, dada essa igualdade. Os que apresentam as inúmeras denominações cristãs como barreiras à conversão ainda não entenderam nada.

Que deprimentes os testemunhos que pipocam na Internet dos que finalmente acharam a “Igreja verdadeira” migrando daquela para essa, ou vice-versa. Não importa se o testemunhante é padre, pastor, bispo, ou o que for. Se sua convicção repousa nos frágeis arranjos humanos invés de na Paz do Espírito, ainda é menino. “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

A Palavra não condiciona a salvação a frequentar determinado grupo; a iniciação se dá pela fé, e a admissão pelo Eterno é testificada pelo Espírito Santo; “Em quem também vós estais, (Cristo) depois que ouvistes a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação; tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Ef 1;13

Esse testemunho, primeiramente interior derivado da habitação do Espírito Santo nos salvos, capacita-os um novo modo de vida, cujas escolhas, agora, segundo Deus convertem-se num testemunho visível de salvação. “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 A definição de quem pertence ao Senhor, e quem não, vem Dele. “O Senhor conhece os que são Seus...”


O agir do salvo disso testifica, o falar também; até suas palavras são registradas num memorial celeste, como ensina A Palavra: “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Ml 3;16 e 17

Claro que ninguém será salvo pelo que fala ao próximo; mas, por ter sido salvo pelo Sangue de Jesus, e sendo habitado pelo Espírito Santo, o que faz e fala, deixam de ser coisas sem valor, sem sentido, como antes. “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais ...” Rom 6;21 Se, o salvo envergonha-se dos descaminhos pretéritos, por certo mudou seu modo de caminhar.

Todavia, pelos padrões em voga entre os meninos a exortação seria outra: Invés de aparte-se da iniquidade, “Qualquer que pretende ser salvo congregue na denominação tal” diriam. Francamente!

A exortação é para guardar a unidade do Espírito, não para formar. Todos os convertidos em qualquer país, ou denominação foram gerados pelo Espírito o que não demanda que se receba um determinado ritual congregacional, antes que se receba a Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

As seitas são donas da verdade; fora das suas “visões” todos se perdem. O testemunho visível dos que andam na luz e possuem o mesmo Espírito é comunhão, não sentimento faccioso; “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros...” I Jo 1;7

Apego denominacional não é comunhão de Espírito, é predileção humana. “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?” I Cor 3;3

Partidarismos, facções são obras da carne. A unidade do Espírito é de outra Fonte; “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gál 3;3


domingo, 12 de maio de 2019

Templos de Paz

“Certamente não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o Poderoso Deus de Jacó.” Sal 132;3 a 5

Esse cântico foi uma evocação do que Davi dissera e intentara fazer. A fidelidade do rei usada como fiadora da misericórdia, então, desejada. “Por amor de Davi, teu servo, não faças virar o rosto do teu ungido.” V 10

Quando Davi dissera que não daria descanso às suas pálpebras enquanto não construísse uma habitação para O Senhor não devemos levar a coisa ao pé da letra. Poeta que era usou uma linguagem poética para dizer que desejava fazer um templo em honra ao Senhor antes de morrer.

Claro que ele sabia que O Eterno não habita em templos de humana feitura; mas, a “habitação” tencionada não era um abrigo como se, aquele que tudo criou e a Quem tudo pertence necessitasse algo. O templo era para honra do Seu Nome, e adoração dos que O quisessem servir.

Deus aceitara, porém, vetara que a construção fosse feita pelo guerreiro Davi. “Há de ser que, quando forem cumpridos teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este me edificará casa; Eu confirmarei o seu trono...” I Cron 17;11 e 12

O descendente escolhido para a missão fora Salomão. O rei fez o projeto e arrecadou em fartura os materiais que julgou necessários; lembrou ao seu filho que fora vetado como construtor, pois, derramara muito sangue; que ele, rei em dias de paz deveria fazer a obra. “Agora, pois, meu filho, o Senhor seja contigo; prospera; edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cron 22;11

Sobre templos temos hoje em dia os dois extremos; de um lado os que fazem verdadeiras extravagâncias rasgando dinheiro que poderia ser melhor utilizado; do outro, os que são contra o edificar lugares de culto até, dado que Deus não habita em templos de pedra.

Temperança é um fruto do espírito; equilíbrio, pois. Os templos não são para Divina habitação, mas, para congregação e culto daqueles nos quais O Santo Habita. A febre da ostentação dispendiosa pode e deve ser abstraída, mas, às necessidades práticas, não podemos omitir.

A edificação que conta deveras se dá em cada um; Como naquele caso Deus não quis que um homem de guerra lhe fizesse o memorial; preferiu um de paz; também nós, enquanto em guerra com Deus nenhuma edificação é possível. Primeiro a reconciliação; “... Rogamo-vos da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

O “material de construção” para esse templo é a correspondência ao Amor Divino; “... Se alguém me ama, guardará minha palavra; meu Pai o amará; viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23 Notem os que acham se pode servir a Deus de qualquer maneira, cada um como aprouver; acusam, aos que se atêm a Bíblia, ora, de fanáticos, ora de donos da verdade, etc. notem, digo, que o primeiro traço esperado de quem corresponde ao Divino amor é zelo pela Sua Palavra; “Se alguém me ama guardará Minha Palavra...”

Vem por ela a santificação; um processo lento no qual O Espírito Santo trabalha em nós, cambiando nossos pensares desorientados pelo Divino Saber; “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos; Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Aludindo à “Pedra Rejeitada”, Cristo, Pedro nos “petrificou” também, expondo o Divino propósito ao nosso respeito; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

Longe estejam os $acrifício$ que muitos patifes pregam por aí; “... Oferece a Deus sacrifício de louvor.” Sal 50;14

Naquele templo primeiro, o construtor se chamava Salomão, cujo nome significa, “Pacífico”; aqueles que têm paz com Deus, em nenhum momento atrevem-se a questionar Seus preceitos, pois neles veem justiça; “O fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.” Tg 3;18

“Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo Teus Juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

A habitação do Santo em nós necessariamente fará a justiça habitar também. Vigiemos para que nossos templos sejam de paz com Deus, não um daqueles que O irritam fazendo-O virar as mesas.