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quinta-feira, 9 de maio de 2019

A descida por onde se sobe

“A gente não se liberta de um mau hábito atirando-o pela janela; é preciso abrir a porta, tomá-lo pela mão e descer a escada, degrau por degrau.” Mark Twain

Veraz a frase do comediante, que falou mui sério na ocasião. Hábito vem de habitar, residir. Modo de ser que nos habita; esse “inquilino” não pode ser despejado de modo abrupto, pois, seu domínio demorado sobre nossa vontade tem raízes fundas que não podem ser erradicadas facilmente.

Abrir a porta seria raiar a vontade de ser liberto do mau hábito; fazê-lo descer degrau por degrau, a perseverança no processo de libertação. Parece simples, mas não é. Muitos homens são capazes de persuadir uma multidão e impotentes para enfrentar às próprias vontades.

Como um drogado prefere tontear as angústias de viver a enfrentá-las, muitos optam por desvios sabidamente insanos pelo medo do preço a pagar na senda da virtude. Os ouvintes de Jesus agiram assim. “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Qual a ameaça da luz? Traz reprovação à maldade; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” V 20

O ímpio habitado pelo orgulho prefere reprovar Jesus Cristo a ser reprovado. Assim, a sugestão diabólica de decidirem por si, os pecadores sobre bem e mal, os levou a ver o bem, nas trevas, e o mal, na luz. Toda inversão de valores que grassa destruindo famílias e a sociedade é derivada dessa poluída fonte.

A mensagem de Cristo era um convite a abrirem a porta para o despejo paulatino do intruso; mas, isso requeria receber O Senhor; essa troca eles não queriam fazer. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei, e ele comigo.” Apoc 3;20

Orgulho é a imposição do “si mesmo” onde deveria ser Assento de Deus; o abrir-se à salvação necessariamente bate a porta na cara do “si mesmo”. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

A escada da salvação ruma para baixo. O homem alienado do Criador endeusou paixões e subiu alto no trampolim do engano de onde se mergulha na perdição. O Espírito Santo obra concomitante à Palavra tentando convencer ao incauto que a piscina está vazia, antes que seja tarde e ele salte para a Eternidade sem Deus.

Se, convencido será tomado na mão pelo Espírito Santo que o ajudará no processo de libertação. “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

O caminhar com O Senhor não é algo tão romântico como em “rastros na areia”; Ele leva aos Seus pelas veredas da justiça e do aprendizado; “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim...” Mat 11;29 “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade...” Jo 8;31 e 32

O aprender não será diretamente Dele; mas, de vasos fracos que escolheu e capacitou; um teste e tanto pro finado (?) orgulho; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” Ef 4;11 e 12

Assim, descer a escada da libertação de mãos dadas com Jesus, O Libertador, muitas vezes equivale a dar ouvidos pra alguém comum, outro pecador que já fez esse caminho e Dele aprendeu.

Quem já provou e viu que “O Senhor é bom”, pode com conhecimento de causa falar da libertação que Ele propicia; desde que, seu novo modo de viver fale junto com suas palavras. Sua transformação deve ser visível; “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Salm 40;3

Os pregadores de soluções fáceis nunca foram libertos deveras; se, tivessem sido deixariam de vez à mentira. Pois, como disse alguém; o que nos está proposto é “Glorioso demais para ser fácil.” Ou, como diz A Palavra, “O Reino de Deus é tomado com esforço.”

A salvação demanda descer ao pé da cruz e nela mortificar todos os ditames do si, até o menor resquício encomendando-se irrestritamente à Bendita Palavra de Deus. Fora disso, por piedoso ou, religioso que alguém pareça apenas enverga mais uma das tantas vistosas máscaras do orgulho.

A mais eficaz é a que se traveste humildade; “o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz... seus ministros... em ministros da justiça;” II Cor 14 e 15