“Ouvi, ó céus, dá ouvidos, ó terra; porque fala O Senhor: Criei filhos, os engrandeci; mas, eles se rebelaram contra mim. O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;2 e 3
A situação de Deus no prisma governamental; O Senhor; Sua Obra; “criei filhos”, Criador; Seu afeto; “os engrandeci”; abençoador. A humana resposta; rebelião; “se rebelaram contra mim”; a consequência da rebelião; ignorância; os animais entendem o que lhes concerne, mas, “meu povo não entende.”
A ideia de que possamos lograr distinguir valores sem O Criador foi sugestão do traíra; “Sabereis o bem e o mal”. Não que incrédulos sejam privados de neurônios, antes, muitos ateus têm intelectos brilhantes nas coisas seculares. Sua cegueira se manifesta quando o escopo é espiritual.
Visão aí não deriva de estudo, preparo mental, antes, de revelação; essa deve-se à Divina escolha, que, invés de premiar “talentosos”, o faz em função do caráter reto e submisso: “Temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7 e, “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade”, 2;7
Jeremias o profeta, cansado de falar às paredes imaginou que os periféricos da sociedade de então eram loucos incapazes de entender as justas demandas do Eterno; aí, decidiu que falaria aos da elite, pois, pensou, entenderiam. “Deveras estes são pobres; loucos; pois, não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo de Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam ataduras.” Jr 5;4 e 5
Assim, embora a sociedade tivesse distinções entre grandes e pequenos, no prisma espiritual estavam no mesmo nível; por baixo, em rebelião.
Mesmo que muitos tentem fundir febres políticas ao cristianismo, como se fosse um convite aos pobres, porta fechada aos ricos, O Evangelho não se apresenta assim. Ricos creram: Mateus, Zaqueu, Nicodemos, José de Arimatéia... foram perdoados, salvos; todos os pobres de então, que seguiram na rebelião, pereceram; pois, o aferidor da salvação é crer e obedecer, independe da condição social.
Quando, no Sermão do Monte O Salvador disse: “Bem aventurados os pobres de espírito” prometendo-lhes o Reino, basta ler com atenção para ver que tipo de “pobreza” era; espiritual. Qualquer que reconhece suas carências nessa área e submete-se a Quem pode o suprir, Deus; é um desses.
Paulo era uma sumidade cultural da época; sabia tudo das Escrituras existentes, falava hebraico, grego, latim; entretanto, não confiava em seu cabedal cultural para as coisas espirituais. “.. minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas, demonstração de Espírito e poder.” I Cor 2;4
As coisas mundanas, pois, dissera sem valor para as eternas; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” Cap 1;19 a 21
Assim, mesmo sabendo muito, reconhecia-se carente de luz, pedia orações à igreja para que soubesse o que falar. “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que manifeste, como convém falar.” Col 4;3 e 4
Se, o homem em rebelião como vimos, sabe menos sobre seu lugar, que os animais; em submissão, dependência do Espírito Santo é “engrandecido”; funcionalmente equiparado aos anjos, à medida que, é feito também mensageiro Divino. Assim foi Isaías; foram tantos profetas, e inda são os servos fiéis atuais.
Claro que há muitos “anjos caídos” por aí operando seus “prodígios da mentira” tentando desviar aos salvos. Todavia, o portento que demanda atenção dos Céus e da Terra, é o Falar do Senhor, não os artifícios do maligno. É A Palavra, não os profetizadores de Tsunamis que fazem cair fogo dos céus, como o David Ouwor e genéricos que nos conduz.
Nesse “apartheid” não há grandes nem pequenos; há submissos e rebeldes; salvos e perdidos. Uns, malgrado, a encenação, sabendo menos que animais; outros, com ou sem cultura, sendo os dóceis animais que Deus preza; ovelhas.
Embora, misturados, não miscigenados; O Senhor, no Seu tempo fará a devida distinção. “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.” Mat 25;32
Naquele dia a escolha será do Senhor; por ora, inda é nossa. De que lado ficaremos?
Mostrando postagens com marcador Loucos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Loucos. Mostrar todas as postagens
sábado, 17 de junho de 2017
domingo, 31 de agosto de 2014
O lado bom de ser ruim
“E
começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos. Entrando ele no
barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
Jesus… disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão
grandes coisas o Senhor te fez, como teve misericórdia de ti. E ele foi,
e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera;
e todos se maravilharam.” Mc 5; 17 a 20
Temos aqui um contraste; os “lúcidos” pedindo que Jesus se afastasse; o ex louco querendo Sua companhia. O Senhor ordenou que anunciasse aos seus o ocorrido, o que, prontamente fez. Assim, os sóbrios regressaram à rotina indiferente; o restaurado se fez pregador.
O mesmo Senhor ensinou que, aprecia melhor a salvação, quem sente-se mais devedor ante Deus. “certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinquenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.” Luc 7; 41 a 43
Então, não é exagero afirmar que, quanto pior, melhor. Digo, o pecador mais visível, que, sequer pode disfarçar-se tende a aceitar a salvação mais facilmente que, outrem, ostentando certa justiça própria. Essa “superioridade” era a doença dos fariseus que se sentiam justos, enquanto o populacho não passava de amaldiçoado. “Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus? Mas, esta multidão, que não sabe a lei é maldita.” Jo 7; 48 e 49 Alguns estavam impressionados com a fala de Jesus; os ruins; os “bons”, principais, não tinham se deixado enganar; sabiam a Lei.
Por sutil que pareça, temos aqui nuances do velho conflito entre razão e fé. Enquanto aquela monta sua equação entre os colchetes do mérito, essa, nada tendo a perder recebe a graça proposta. Isso não é teoria psicológica, ou, teológica. Fato comprovado mesmo naqueles dias. “…Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça e não crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21; 31 e 32
É. Vendo a admissão dos maus, mais refratários ficam os “bons” à ideia de se misturar à gentalha. Acontece que classes sociais fazem certo sentido horizontal. Ante Deus estamos nivelados por baixo. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3; 10
A mesma Escritura, ( Lei e Profetas ) que os religiosos se orgulhavam por conhecer asseverava que seria assim. Que a mensagem do precursor do Messias seria uma “terraplanagem” nivelando todos. “Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40; 4 Os pequenos na sociedade como meretrizes e publicanos eram aceitos; ( exaltados ) e os montes, lideranças religiosas hipócritas, abatidos.
João Batista, o homem do machado fez muito bem seu papel. “E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. Também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.” Mat 3; 9 e 10
Fora com a pretensão de santidade hereditária, mas, frutos! E o primeiro da lista era o arrependimento, que os mais baixos produziram; e os “bons”, qual a figueira amaldiçoada contentavam-se com as folhas da presunção.
Em sua dura diatribe à teologia cristã, “O Anticristo”, o que mais irritava ao ateu Nietzsche era um trecho onde Paulo afirma que: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1; 27 a 29
Não que haja pré escolhidos, mas, uma condição racionalmente “estúpida” chamada fé, sem a qual, nada feito. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos é o poder de Deus.” V 18
Certo é que, a árvore da ciência produz seu fruto; mas, as questões pertinentes à vida, medram noutra Árvore. Os loucos sabem o caminho. “Bem aventurado o homem que acha sabedoria, o homem que adquire conhecimento;… É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem aventurados todos que a retêm.” Prov 3; 13 e 18
Temos aqui um contraste; os “lúcidos” pedindo que Jesus se afastasse; o ex louco querendo Sua companhia. O Senhor ordenou que anunciasse aos seus o ocorrido, o que, prontamente fez. Assim, os sóbrios regressaram à rotina indiferente; o restaurado se fez pregador.
O mesmo Senhor ensinou que, aprecia melhor a salvação, quem sente-se mais devedor ante Deus. “certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinquenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.” Luc 7; 41 a 43
Então, não é exagero afirmar que, quanto pior, melhor. Digo, o pecador mais visível, que, sequer pode disfarçar-se tende a aceitar a salvação mais facilmente que, outrem, ostentando certa justiça própria. Essa “superioridade” era a doença dos fariseus que se sentiam justos, enquanto o populacho não passava de amaldiçoado. “Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus? Mas, esta multidão, que não sabe a lei é maldita.” Jo 7; 48 e 49 Alguns estavam impressionados com a fala de Jesus; os ruins; os “bons”, principais, não tinham se deixado enganar; sabiam a Lei.
Por sutil que pareça, temos aqui nuances do velho conflito entre razão e fé. Enquanto aquela monta sua equação entre os colchetes do mérito, essa, nada tendo a perder recebe a graça proposta. Isso não é teoria psicológica, ou, teológica. Fato comprovado mesmo naqueles dias. “…Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça e não crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21; 31 e 32
É. Vendo a admissão dos maus, mais refratários ficam os “bons” à ideia de se misturar à gentalha. Acontece que classes sociais fazem certo sentido horizontal. Ante Deus estamos nivelados por baixo. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3; 10
A mesma Escritura, ( Lei e Profetas ) que os religiosos se orgulhavam por conhecer asseverava que seria assim. Que a mensagem do precursor do Messias seria uma “terraplanagem” nivelando todos. “Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40; 4 Os pequenos na sociedade como meretrizes e publicanos eram aceitos; ( exaltados ) e os montes, lideranças religiosas hipócritas, abatidos.
João Batista, o homem do machado fez muito bem seu papel. “E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. Também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.” Mat 3; 9 e 10
Fora com a pretensão de santidade hereditária, mas, frutos! E o primeiro da lista era o arrependimento, que os mais baixos produziram; e os “bons”, qual a figueira amaldiçoada contentavam-se com as folhas da presunção.
Em sua dura diatribe à teologia cristã, “O Anticristo”, o que mais irritava ao ateu Nietzsche era um trecho onde Paulo afirma que: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1; 27 a 29
Não que haja pré escolhidos, mas, uma condição racionalmente “estúpida” chamada fé, sem a qual, nada feito. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos é o poder de Deus.” V 18
Certo é que, a árvore da ciência produz seu fruto; mas, as questões pertinentes à vida, medram noutra Árvore. Os loucos sabem o caminho. “Bem aventurado o homem que acha sabedoria, o homem que adquire conhecimento;… É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem aventurados todos que a retêm.” Prov 3; 13 e 18
Assinar:
Comentários (Atom)