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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Live or dead?


“Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?” Jo 6;67


Não dá para dizer que Jesus foi hábil em arregimentar seguidores. Se, multiplicando pães e peixes, certa vez, teve de imediato umas cinco mil “curtidas”, na próxima “postagem” um texto com falas duras sobre “trabalhai não pela comida que perece, mas, ela que permanece para a vida eterna” e, “tem que comer minha carne e beber meu sangue”, colocou tudo a perder.

A multidão toda debandou; mesmo os doze discípulos estavam vacilantes; aí O Mestre disse o citado acima; “Quereis também retirar-vos?” Quase que seu “Face” foi deletado por falta de interessados. Felizmente, por Divina revelação eles viram a absoluta falta de alternativas; “... para quem iremos nós? Tu tens as Palavras da vida eterna.” V 68

Perdoem o anacronismo, (a fusão do tempo atual com aquele) mas, se, então O Salvador era cioso da verdade, e não da quantidade de pessoas, hoje, através de muitos que se dizem Seus representantes, a coisa mudou exponencialmente.

De uns tempos para cá estão na moda as ditas “lives”; que traduzido e adaptado ao nosso idioma seria como “ao vivo”.
Há exceções claro! mas, na imensa maioria é um festival de enganação, de falsas profecias e “revelações” que chega a dar asco em quem assiste.

Ontem sofri uns cinco minutos de uma que embrulhou o estômago. As palavras “curte e compartilha” aparecem cem vezes para cada porção da Palavra de Deus, quando essa é citada. Logo, vê-se que aquele antigo interesse da qualidade invés da quantidade já é coisa superada. “Jesus” mudou.

O “profeta” tinha uma assistente que, presumo sua cônjuge, pois chamava-a de amor, e girando excitado no estilo pomba-gira pedia: “Um nome amor!”

Ela mencionava, “Maria problemas financeiros.” O tipo colocava a mão cerrada sobre a testa dava outro giro de 360 graus e bradava: “Desceu!!” “Maria Deus manda te dizer o seguinte...” P*** que o pariu!!!

Isso seguia de um nome a outro, e qualquer que fosse o problema uma “resposta de Deus” não da Bíblia mas, da “revelação” do salafrário; concomitantemente subiam na tela dezenas de joinhas e coraçõezinhos dos imbecis adoradores do engano.

Nas suas múltiplas “revelações” de um “Deus” subserviente à carne e tagarela, jamais houve uma exortação contra o pecado, uma advertência para corrigir caminhos, um desfio ao arrependimento. Sempre, “vitórias, conquistas, curas, restituições...”

Salomão advertira que não há nada novo debaixo do sol que tudo se repete; e Isaías já vira essa doença em seus dias; “Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10

Primeiro, o fim da fé, como ensina Pedro é a salvação das almas; o que exceder a isso é graça sobre graça. Não é um poder que permite conseguir o que quero; mas, uma dádiva que faculta-nos aprender a viver como Deus quer;

Segundo, ouvir a Voz de Deus é uma ventura rara, para homens espirituais em momentos ímpares de iniciativa do Próprio Senhor; Do jeito que esses fazem parecer, O Todo Poderoso se faz um reles mandalete, um menino de recados ao sabor de quem lhe dá ordens (?). “O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se Eu Sou Pai, onde está a Minha honra? Se, Eu Sou Senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o Meu Nome...” Ml 1;6

Ora, a Voz de Deus que deve ser ouvida para a salvação, não para alívio das comichões carnais, é a que está escrita. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Rom 10;17

Textos sérios que ensinam à Verdade não encontram eco na maioria das pessoas; poucos leem, menos ainda partilham, repercutem. Contudo, os obreiros idôneos não são chamados para “causar” nas redes, fazer sucesso. O compromisso base de um despenseiro do Senhor é a fidelidade; “... requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4;2

Vergonhosamente muitos que orbitam as coisas ditas espirituais que deveriam ter a natureza de ovelhas parecem ter de moscas, a julgar pelos lugares onde pousam.

Desde sempre ouvimos a filosofia de boteco que, mais vale uma dura verdade que uma alegre mentira. No entanto, na prática a teoria é outra.

Correm sôfregos após a mentira, aqueles que jamais desenvolveram paladar para a verdade.

O analfabetismo bíblico mata mais que o vírus da vez; contra esse a “máscara” eficaz seria buscar o conhecimento salvífico, mas os incautos preferem a mentira assassina. “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6