Mostrando postagens com marcador Instrui ao sábio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Instrui ao sábio. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de junho de 2019

Vede prudentemente como andais

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

Não temos uma antítese mental entre o que encontra sabedoria e o que não; tipo, inteligente versus obtuso; ou, esperto versus tonto. Antes, os opostos entre um e outro são morais, não, intelectuais; escarnecedor versus prudente.

Ambos geralmente estão no mesmo nível intelectualmente; são capazes para o aprendizado em igualdade. Porém, as índoles espirituais e inclinações dos caracteres são opostas.

Um basta-se e recusa aprender, acreditando que já sabe o bastante; ou, por saber das implicações de ver melhor prefere recrudescer na sua miopia chamando-a de luz.

Outro considera o seu lapso de saber e se faz maleável ao ensino. Sua prudência geralmente o faz melhorar e trilhar as “Veredas Antigas”, invés das novidades letais dos modernismos ímpios.

Então, apresente-se perante ambos a ideia do pecado como feitor de inimizade contra Deus, e resiliência nele, como algoz de eterna perdição; o escarnecedor zombará. Não raro, se dirá “gente boa”, tão ou mais que aquele que, por identidade com O Eterno, anuncia os riscos dos descaminhos.
Refugiar-se-á em postulados ridículos, tipo, “todas as religiões são boas”, o “importante é ser do bem”, “também sou filho de Deus” etc. Mas, o pecado que deu azo à exortação resistida seguirá incólume no trono do ego imprudente que, por auto-endeusar a sua ignorância fecha-se à Sabedoria Divina.

Pecado trata-se à Luz da Palavra de Deus, não ao bel prazer de dogmas, rituais e criações religiosas.

O escarnecedor sorri “justificado”, satisfeito quando um servo de Deus peca; um convertido entristece-se, arrepende-se e busca melhorar quando ele mesmo falha; inda, como disse Oswaldo Cruz, “Observando aos erros alheios, o homem prudente corrige os seus.”

A instrução segue lá; grave, constante e sábia; “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Contudo, “Os insensatos zombam do pecado...” Prov 14;9

Pois, o diabo, genitor e gestor da arrogância humana proveu acessos bem mais fáceis à “Sabedoria” sem essa necessidade soturna e ácida de lidar com a indesejável palavra, pecado. Tampouco, a negação do ego, poeticamente chamada de cruz. 

Mediante o mundo virtual todos são feitos “sábios”; com mero clic podem partilhar profundas porções filosóficas ou espirituais, mesmo sendo em si mesmos incapazes para uma reles frase de conteúdo veraz, de algum valor.

As coisas valiosas ante paladares incapazes de apreciá-las a Bíblia figura como a estupidez de se usar preciosidades em fundas; “Como as pernas do coxo, que pendem flácidas, assim é o provérbio na boca dos tolos. Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo.” Prov 26; 7 e 8

Todavia, repreenda-se a um prudente e ele emendará seus caminhos. “A repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo.” Prov 17;10, ou, “Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

Não por outra razão, o que teme ao Santo é chamado sábio. Sua sabedoria não consiste num manancial precioso de conteúdo que o mesmo tenha em si; antes, na prudência de reconhecer à própria ignorância, e suprir-se do saber necessário fruindo da mais saudável Fonte; Deus. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Esses são os “sábios” que carecem ser instruídos, e sendo-o, crescem. “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9;9 e 10

Todas as iniciativas que atentam contra os Divinos preceitos, tais como, casamento gay, ideologia de gênero, aborto, liberação das drogas, desacato às autoridades, etc. não passam de pecados redefinidos como “direitos sociais, diversidade” e o escambau. Derivados do espírito do escarnecedor mor que domina, permissiva e temporariamente, nesse mundo.

Mesmo amando a ponto de dar Sua Vida pelos indignos objetos desse amor, O Senhor É O Todo Poderoso, Juiz dos vivos e dos mortos; não, um mendigo de afetos sentimentalóide que faria vistas grossas ante escárnios para “salvar” até mesmo a quem se lhe opõe.

Encerra Sua Revelação desafiando cada um a deixar patente sua escolha; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Pois, “O rei se alegra no servo prudente, mas sobre o que o envergonha cairá Seu furor.” Prov 14;35

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

As Crianças Sábias

“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.” Prov 23;9 “Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;9

Normalmente aquilatamos sábio alguém de vasto conhecimento, amplo repertório intelectual, conhecedor das diversas facetas da vida.

No entanto, o prisma bíblico parece diverso. Se, somos encorajados a não gastar latim com tolos, antes, ensinar aos sábios, a sabedoria no escopo espiritual deve ser diferente do conceito vulgar.

O mundo valora como sabedoria a um contingente de conhecimento; A Palavra de Deus a uma disposição de espírito. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;20 “Falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.”I Cor 2;7 e 8

A Sabedoria humana, invés de destrinchar os meandros do conhecimento reconhece as próprias limitações, diante Daquele que é Onisciente. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Quando Paulo disse que considerava todo seu cabedal como “esterco” não se trata de uma hipérbole, uma forçada de barra para acentuar a ideia; antes, estava mesmo colocando a “sabedoria” natural no seu devido lugar se, cotejada com a Divina.

Houve um tempo em que o conhecimento era desejável; tínhamos admiração pelos que sabiam; nossos mestres eram quase que, como segundos pais. Hoje todo mundo já ”sabe” o que quer; se, tão somente intentarmos dividir uma migalha facilmente nos mandarão cuidar das nossas vidas invés de “se meter” nas suas.

Como aprenderão das coisas espirituais se, o ensino em si, já lhes é constrangedor indesejável; e, o que deriva de Deus, além do “peso” do ensino ainda denuncia as imperfeições dos pecadores? Por isso O Salvador advertiu que aquele que não se fizesse como uma criança jamais entraria no Reino.

Desse modo, o “sábio” ao qual devemos instruir é essa “criança” que admite carências espirituais e se dispõe a beber da Fonte que sacia; a Água da Vida, Cristo.

Os que pretendem “cristianizar” ao comunismo dizem que Jesus fez “Opção pelos pobres;” o texto diz; “Bem aventurados os pobres de espírito...” Os que admitem suas carências espirituais; nada tem a ver com as condições sociais. Tanto o sujeito pode ser paupérrimo e ser orgulhoso, quanto, ser abastado e humilde.

Foi o Ministro da Fazenda da Etiópia que falou a Filipe como uma criança: “... Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.” Atos 8;31

Contudo, o aprendizado espiritual requer mudança de atitudes à sua luz. Saber e não praticar é ter uma “luz” que acentua a escuridão; “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Por isso, para conhecer à verdade que liberta O Salvador disse que devemos “permanecer na Sua Palavra.” Ou, obedecer. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Alguém até se converte, mas, descuida do aprendizado, padece uma atrofia que bloqueia o crescimento; pois, diferente do natural ao qual basta o curso do tempo, o espiritual demanda a vigência prática para não sermos meninos velhos como se tornaram alguns. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não ,de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;12 e 13

Notemos que o sábio espiritual é “experimentado na Palavra da Justiça”. O que é isso senão, alguém que, pela Palavra abandonou maus hábitos e passou a ter experiências segundo Deus? Esse aperfeiçoamento pela prática e comunhão traz maturidade espiritual, discernimento; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;14

O ensino é o que é; independente de quem o recebe. Porém sua eficácia deriva da disposição de cada um. O mesmo sol amolece a cera e endurece o barro. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2 então, “... Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;15