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sábado, 14 de julho de 2018

Orando às Paredes

“Minha alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma. Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo.” Jó 10;1 e 2

Os estoicos, filósofos da antiguidade, em sua rigidez moral consideravam que a imperturbabilidade ante as paixões era a virtude esperável dos homens sábios. Embora, certa postura firme diante das provações encontre amparo bíblico, não é intenção do Criador que passemos alheios às emoções, como se, pudéssemos pairar acima delas.

O preceito Divino, no aspecto social ensina empatia; “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram;” Rom 12;15 no prisma pessoal, uma reação de acordo com o sentimento; “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.” Tg 5;3

Dar vazão às nossas emoções é a ordem natural, pois, se não o fizermos, poderemos dar azo às ditas, dores psicossomáticas, onde, os males da alma atingem ao corpo; o estranho não poderá fazer isso em nosso lugar, uma vez que, “O coração conhece sua própria amargura, e o estranho não participará, no íntimo, da sua alegria.” Prov 14;10

Assim sendo, Jó tomou uma atitude saudável quando disse: “Darei livre curso à minha queixa...” O problema de muitos do nosso tempo é que tencionam comprar remédios em açougue; digo, fazem suas queixas no lugar errado.

Voltemos a Jó: “Direi a Deus... faze-me saber por que...” Suas íntimas amarguras que ensejavam tédio eram assunto para uma conversa com Deus. Em nosso tempo, a amargura das pessoas tem patrocinado ferinas “indiretas” em redes sociais, subprodutos da inveja, malícia, vaidade, ódio; ou, as tristezas patrocinam estúpidas “orações” nos mesmos espaços, invés de fazê-las a Deus.

Ora, uma “súplica” feita diante de todos como nesses casos, deixa claro que o suplicante anseia mais a aprovação humana que a Divina; não faz um milímetro melhor que os Fariseus dos dias de Cristo; “Quando orares, não sejas como os hipócritas; pois, se comprazem em orar em pé nas sinagogas, às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” Mat 6;5 e 6

Muito do que se veicula nas ditas redes não passa de drogas; alucinógenos psíquicos com os mesmos efeitos, digo. Sempre tem um programa que me diz “quem fui na vida passada”; “como terminarei meu ano”; “qual frase define meu ser”; “qual casa terei no futuro”; “me traz uma mensagem do além” de entes queridos; até, a promoção da suja ideologia de gênero, onde mostram a cada um, como seria se, fosse do outro sexo; etc.

Os incautos consomem esse lixo em doses cavalares; de modo a perderem contato com a realidade alienados por placebos como esses, invés de cultivarem um sadio relacionamento com Deus, e ante Ele, exporem suas alegrias e dores.

O controle mundial do Anticristo que se apressa será mediante tecnologia, uma vez que, não possui os Divinos atributos; Onisciência, Onipresença e Onipotência. As pessoas facilitam expondo suas vidas nas redes sociais. Cada nuance tem que ser publicada; sentindo-se assim, ou, assado; passeando em tal e qual lugar, etc.

Acaso esses sistemas, além da exposição desnecessária nos oferecem alguma vantagem, algum cuidado? Não. Oferecem asas às nossas tolices, o que nos expõe desnecessariamente, invés de proteger.

Entretanto, os pleitos saudáveis colocados ante O Senhor têm melhor resposta; “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; lançando sobre Ele a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” I Ped 5;6 e 7

Ora, as pessoas em sua imensa maioria não estão nem aí para nós; se, estivermos mal, dane-se! Se, bem, nos invejam. Então, apesar disso tudo devemos amá-las, não no sentido de favorecer a má índole, mas, de ajudar a ver melhor, socorrer, quando possível, orar por sua salvação; contudo, não esquecermos que quem ainda está alienado do Salvador, bem pode se tornar um instrumento maligno; prudência, pois.

Afinal, seria estúpido orarmos a uma imagem de escultura que não pode ouvir nem, responder; pior, abrirmos nossos corações para gente que faria mau uso do que soubesse sobre nós.

Não que devamos evitar nossa interação social de um todo; mas, há coisas que deve ser Ditas ao Senhor apenas.

Jó fez “ouvidos moucos” aos “deslikes” dos seus incautos amigos; dirigiu ao Senhor sua súplica, e na hora certa recebeu o socorro que carecia. Aprendamos com ele, pois. “... Ouvistes qual foi a paciência de Jó; vistes o fim que o Senhor lhe deu?” Tg 5;11