“Não ligarás a boca ao boi que debulha. Digno é o obreiro do seu salário... Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé” I Tim 5;18, 6;10
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que vivemos dias tristes onde há ladrões travestidos de obreiros; mercadores da Palavra, como se Deus fosse vendedor de bênçãos. Entretanto, a existência desses não elimina a necessidade do dízimo, como, a existência dos corruptos não nos autoriza a sonegar impostos.
Deparei com as “Sete coisas que teu pastor não te falou sobre o dízimo.” Indício de uma geração de analfabetos bíblicos que consome o que os “Ungidos” dizem, apenas. Ora “O Senhor é Meu Pastor”; contou tudo que preciso saber.
Vamos a elas;
a) O dízimo não era em dinheiro, sim em alimento; Naquela época não era tão comum como hoje o dinheiro, havia mais escambo que moedas; e daí? Ainda hoje, cereais e animais valem dinheiro.
b) Só levitas recebiam; é vero. Era uma tribo sacerdotal que administrava as coisas espirituais no Tabernáculo; estava para Israel, como obreiros para a Igreja. Parece que isso não mudou.
c) Era entregue de três em três anos; isso quando se tratava de animais. Imaginemos um pequeno pastor que criasse umas setenta ovelhas; seu rebanho aumentasse oito num ano. Dizimaria 0,8? Os cereais eram oferecidos todo ano, as primícias; isto é, a primeira parte da colheita; “Honra ao Senhor com teus bens, com a primeira parte de todos os teus ganhos;” Prov 3;9
d) Além dos Levitas, órfãos viúvas e estrangeiros podiam receber; isso aumenta a necessidade de provisão, não diminui; portanto, como argumento contra o dízimo é estúpido.
e) A reprimenda em Malaquias é contra os sacerdotes apenas; será? “Esse mandamento toca a vós sacerdotes” está no capítulo 2; atina a dar honra ao Nome do Senhor, guardar o conhecimento e não fazer acepção de pessoas; o dízimo é tratado no Cap 3 e inclui todos; “Trazei TODOS os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” v 10 Contudo, acima dizem que só os sacerdotes podiam receber; agora, que só eles devem pagar. Gente com essa hermenêutica, esse nível de estupidez, fácil se faz guia dos avarentos.
f) Devorador era um Gafanhoto não demônios; é verdade, mas, é um método lícito que todo pregador usa; figuras de linguagem. Assim como os gafanhotos devorariam a seara dos infiéis, os demônios danariam a vida dos atuais. O método é lícito, pois, o demais é outro assunto.
g) Abrir Janelas do Céu não significava salvação, mas, abençoar a Terra com chuvas para a colheita farta. É. Mas, como a sociedade não é mais agro-pastoril apenas, há muitas formas de se ganhar dinheiro; figuradamente, até uma porta de emprego é “uma janela no céu”; Nunca ouvi, nem mesmo os piores safados pregando o dízimo como meio de salvação. Até porque, no Céu não se entra por janelas, mas, pela “Porta” Cristo.
“Deus não precisa dinheiro, Dízimo é Lei, Evangelho é graça; de graça recebestes, de graça daí”. Concluem.
Deus também não precisava de cereais ou, animais, no entanto, ordenou que se desse para os que trabalhavam na Obra.
Quem disse que Graça é “Casa da Sogra” onde podemos tudo? Era “Não adulterarás” Jesus disse: Apenas cobiçar já é adultério; A Lei dizia: “Não Matarás” Jesus disse: Apenas odiar já te faz réu do fogo do inferno. A Lei requeria rituais; a Graça requer purificação da consciência. Sempre exigências maiores.
De graça recebestes de graça dai O Senhor disse vetando que, como Geazi cobrassem por bênçãos Divinas; mas, ordenou que comessem junto dos que seriam abençoados“...porque digno é o operário do seu alimento.” Mat 10;10 A manutenção desses é desejo do Senhor.
Entretanto, como esses ensinam a abençoar aos pobres invés de dizimar, onde encontramos suas igrejas, que fazem tudo sem custo, pregam o evangelho, ministram a Santa Ceia, realizam batismos, casamentos, oficiam autos fúnebres, assistem estrangeiros órfãs e viúvas, e dão cestas básicas aos pobres?
Essa desculpa de não dizimar porque o pastor usaria indevidamente o “meu” dinheiro, me muda da posição de servo, que deve obedecer pra de juiz, que julga; primeiro: O dinheiro não é meu, é do Senhor; segundo, não estou autorizado a ser relapso com minha parte porque outro está sendo na dele, senão, vamos pecar à vontade, afinal, há tantos pecadores...
Em suma, erram os ministros que fazem do dízimo o cerne das pregações; é assunto para culto administrativo com devida prestação de contas; como erram os infiéis também. Sofrem todos da mesma doença, amor ao dinheiro.
“A avareza perde tudo ao pretender ganhar tudo.” La Fontaine
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador Dízimo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dízimo. Mostrar todas as postagens
sábado, 19 de maio de 2018
sábado, 13 de setembro de 2014
Dízimo e oferta cheirando mal
- Olha só o
estado de vocês! Vociferou Santa Escritura. Por onde vocês andaram que estão
imundos dessa forma? Meio envergonhados e sem argumentos, os dois irmãos
baixaram as cabeças, como que procurando uma explicação.
-
Nós… eu…
- Essa história
que se sujar faz bem pode servir para comercial de sabão em pó; comigo
não cola.
- Mas,
mãe...
– Nem
mais uma palavra! Os dois tomar banho. Que vestes são estas? Francamente! Lá
se foram os irmãos maltrapilhos, dízimo e oferta, cada qual a um banheiro,
tirar a “influência” de um dia mais, que os fazia cheirar mal.
Não
entendo, pensou Santa, se eles têm tanto coisa valiosa a fazer ; por que andam
assim, rotos? Depois de devidamente banhados, a matriarca os chamou para uma
conversa.
-
Filhos, vocês são de linhagem nobre, têm uma tradição a preservar; mas, parece
que esqueceram isso; quantos fracos, doentes, desvalidos, vossos antepassados
socorreram? Do jeito que vocês estão agindo envergonham a família e desonram
aos que foram antes de vós.
- Mas, mãe,
eu tenho feito grandes investimentos ensejando obras portentosas, meu trabalho
tem frutificado muito. ( objetou dízimo; eu também, acresceu, oferta)
-
Frutificado para quem? Vocês não nasceram para isso, advertiu Santa. Nada mais
infeliz e errante do que alguém que perde o sentido da vida, e vocês o perderam,
faz tempo.
–Olha, mãe,
eu tenho adquirido estações de TV, construído templos majestosos, patrocinado
pregadores famosos, comprado aviões… – Eu ajudei, (apressou-se a gratuita
oferta)
-Eu
sei de tudo isso ( volveu Santa ) e esse é o problema. Quem disse que vocês
deveriam fazer isso? Acaso não ensinei que se deveria juntar tesouros no Céu,
invés de o fazer na Terra?
–Mas,
mãe, assim, mais pessoas ouvem falar da Senhora…
– Sim, nunca
se falou tanto de mim como agora, mas, eu preferia que me deixassem falar… do
jeito que estão fazendo, parece que meu anseio é que vocês cresçam, quando, na
verdade quero que as pessoas se salvem. Não gosto do ditado popular,
“falem bem ou falem mal, mas falem de mim.” Falem retamente, odeio a mentira.
Vocês
precisam evitar as más companhias. Lembram que meu Querido Esposo disse: “ide
por todo o mundo e apresentai , minha amada a toda criatura”?
- Sim
mamãe, volveu o Didi, eu tenho alcançado o mundo mediante a tecnologia…
– Você
não entendeu o que Ele disse, filho, “Ide!” Não, falai à distância. Pastores
eletrônicos não visitam, não ouvem, não oram em particular pelas ovelhas; além
disso, vivem como pop stars intocáveis, seus erros são encobertos; enquanto os
que vão para o front fazem aquilo tudo, além de serem conhecidos pessoalmente,
de modo que, esses, zelam pelo bom testemunho.
Eu
tenho casas humildes nos mais remotos rincões, e, com pastores de carne e osso,
tenho alcançado vidas. Vocês degeneraram depois que passaram a andar em más
companhias. Gente honesta que precisa de vocês está sendo prejudicada, por
causa das corjas com as quais vocês têm andado.
Vocês
nasceram altruístas e santos, agora, estão mercenários e sujos; ninguém mais
confia em vocês, uma vergonha. Vou contar-lhes uma fábula de Esopo.
“Certa
vez, uma raposa estava ferida em sua toca, e um leão ofereceu ajuda dizendo ter
qualidades medicinais na língua; Na sua língua até confio, (disse a raposa) o
que temo são os dentes que moram perto dela”.
Dessa
forma agem os pilantras com os quais vocês têm andado. Encenam ter minhas
virtudes saneadoras nas suas línguas, mas, cercam-nas os dentes de voraz
cobiça, não se pode confiar neles.
Que adianta
adquirir tantas posses e andar sujos, como vocês andam? Vocês fizeram de seu
próprio crescimento um fim. Dízimo e oferta para adquirir meios de arrecadar mais
dízimo e oferta, que lástima!!!
- O que
devemos fazer então mãe? (perguntou Fertinha, envergonhada)
– Esqueçam a
ostentação, os superstars góspeis, os templos inúteis que cultuam ao orgulho,
os aviões que transportam lobos, voltem-se às necessidades verdadeiras, como
fizeram seus antigos parentes.
Vocês
não são um fim, antes, um meio de alcançar aos carentes de salvação e de
alimento, vestes… aqueles que alimentam vocês porque em troca se lhes promete
riquezas, facilidades, me desprezam e ao meu marido, que nunca prometemos isso.
Lembram
daquela parte em que Ele falou que a viúva que dera duas moedas fizera melhor
que os ricos que esbanjavam sobras? Sentimento de gratidão a Ele, pois, vale
mais que dinheiro, e se vocês atuarem em socorro aos desvalidos, como ensinou,
“A mim o fizestes”, disse.
Vocês
tem sido motivo de escárnio às coisas santas, por culpa das péssimas companhias
que escolheram; como ensina um provérbio chinês:
“As
más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau
cheiro.”
Assinar:
Postagens (Atom)