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quinta-feira, 5 de julho de 2018

E os que morreram sem ouvir de Cristo?

“Quem crer e for batizado será salvo; mas, quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Temos duas sentenças categóricas sobre determinadas respostas ao amor de Deus. Salvação, ou, condenação. E, quem não recebeu o convite do Evangelho? Não pôde reagir de uma forma ou, outra, como será?

Natural inquirirmos como serão julgados os que jamais souberam do Feito de Cristo em seu favor; dá o que pensar mesmo. Diferente dos temas doutrinários onde pode-se tomar posições seguras, em assuntos polêmicos, não muito claros, podemos dar um parecer apenas, se possível, baseado em indícios bíblicos; esse é o intento aqui.

Paulo ensina: “Até à lei estava o pecado no mundo, mas, o pecado não é imputado, não havendo lei.” Rom 5;13 Se, o “salário do pecado é a morte”, porém, aqueles morriam sem a imputação do pecado (sentença), então, a morte “salarial” em apreço é espiritual; alienação de Deus, não, separação de alma e corpo, simplesmente. Pois, “... a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão...” v 14

A diferença do pecado de Adão para os demais foi que, ele transgrediu uma ordem direta do Criador, portanto, não pecou “sem lei”.

O Amor Divino pela justiça faz questão que seja anunciado o Evangelho a “Toda criatura.” Só depois, o fim. Entretanto, como julgaria Ele, aos que não tiveram ocasião para arrependimento?

Pedro diz: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas, vivificado pelo Espírito; no qual foi e pregou aos espíritos em prisão; os quais, noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé...” I Pd 3;18 a 20

O dilúvio foi juízo, então, por que Cristo iria, em Espírito, e pregaria salvação para eles? Talvez, porque o juízo foi temporal, referente à vida física apenas; um basta! Divino à violência e iniquidade de então, deixando em suspenso a questão da vida eterna.

Pedro diz mais: “Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos. Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas, vivessem segundo Deus em espírito;” Cap 4;5 e 6

Como são julgados os homens na carne? Quem crer... será salvo; quem não crer será condenado. Talvez, lá não haja necessidade de batismo; a identificação com O Salvador se daria sem esse ritual.

Como os ladrões da cruz, ambos eram “mortos” já, no tocante às obras dessa vida; tudo o que podiam fazer era crer para salvação, ou, seguir para perdição; um, o fez. E, ainda por questão de justiça, se pode inferir que Cristo foi a eles despido de Sua Glória, como veio a nós. De modo que a fé deveria basear-se em Sua Palavra e Integridade, sem assessoria das vistas.

Então, quando diz que está preparado um Tribunal para julgar vivos e mortos, não se refere à condição espiritual dos julgados, pois, vida, e morte espiritual já são sentenças de julgamento. Mas, refere-se ao “existenciário” em que, cada um respondeu ao chamado do Amor Divino.
“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Assim sendo, o verso seguinte de João tinha outro endereço, invés do usualmente pensado, quando O Salvador disse: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão.” V 25 “Agora” no prisma Eterno pode esperar uns meses.

Se, essas especulações, a meu ver, plausíveis, são válidas, então, o mesmo se aplica para todos os povos após o Dilúvio; até os dos dias atuais que, eventualmente morram sem ouvir as Boas Novas, pois, como disse Abraão “Acaso não faria justiça O Juiz de Toda a Terra?”

O Senhor disse mais: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos que estão nos sepulcros ouvirão Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para ressurreição da vida; os que fizeram o mal para ressurreição da condenação.” Jo 5;28 e 29

Normalmente pensamos nesse texto como arrebatamento de uns, juízo de outros; reiterando, se, a morte física fosse seu juízo, não careceriam da “ressurreição para condenação.” Fazer bem, ou mal, no caso, invés de abonar a salvação pelas obras, valora sua reação à Obra de Deus, e, “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29