“Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo; se, meu reino fosse deste mundo,
pelejariam meus servos, para que eu não
fosse entregue aos judeus; mas, agora o meu reino não é daqui.” Jo 18;36
Uma
coisa vital, embora, nem sempre devidamente compreendida é a natureza do Reino
de Deus. Outro dia deparei com uma “filosofia” facebookeana onde o post dizia: “Jesus
foi o primeiro socialista, pois, dividiu o pão em treze partes iguais.”
Grosso modo
parece um argumento verossímil, uma vez que, O Mestre fez isso deveras. Entretanto,
o problema não está no fato em si; antes, na conclusão derivada dele, que, se visa
difundir.
Primeiro deveríamos constatar com nossos olhos, os “socialistas”
atuais dividindo equitativamente o que possuem. Se alguém conhece algum
apresente-o por favor! O que vemos são as pujantes garras da corrupção
amealhando fortunas para salafrários que, de socialistas têm apenas o engodo
que servem aos incautos amestrados que os aplaudem.
Por outro lado, certas “igrejas”
as da prosperidade apresentam ao Salvador como um pujante capitalista, uma vez
que abençoaria mais quem mais investisse em Sua Obra. Uma espécie de mercador
de bênçãos. Assim, O Senhor tanto pode ser socialista, quanto, capitalista,
dado que, as duas correntes vicejam por aí.
Nada mais obsceno que a indigência
mental travestida de reflexão! Ela ignora a realidade, perverte os fatos,
corrompe as mentes, turba o raciocínio lógico e robustece às grades na prisão
da ignorância. Homens profanos dela lançam mão para produzir crença sem
ciência; adesão sem entendimento.
O senhor jamais desejou servos assim, antes,
lamentou a sorte dos que foram omissos em conhece-lo. “O meu povo foi
destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento,
também te rejeitarei...” Os 4; 6 Adiante exorta via o mesmo profeta algo que
deveria ser aprendido; “Porque eu quero misericórdia, não sacrifício; o conhecimento de Deus, mais do
que os holocaustos.” Cap 6; 6
Isso excluiria a visão “capitalista” das igrejas
que apregoam o “sacrifício” em troca de bênçãos; mas, a misericórdia, a
ocupação piedosa com as carências dos fracos não seria o germe da doutrina socialista?
Bem, nenhum deles faz isso, repartir, sabemos; ademais, o “socialismo” aos
moldes do que se tentou no leste europeu, partes da Ásia, bem como o que se faz
na maioria da América Latina, os “bolivarianos”, tem como alvo repartir aos
bens alheios, não, os próprios.
Desse modo, podem beber nas fontes que
desejarem, exceto, na Bíblia, pois, ela preserva o direito à propriedade desde
sempre. Um dos dez mandamentos é: “Não furtarás.” Roubo não muda sua essência
se a “causa” for nobre; segue sendo roubo, violência.
Além disso o livre arbítrio
que o Eterno preza é tolhido nesses sistemas. O Estado se ocupa de “pensar”
pelos cidadãos. Constrói e desconstrói valores ao alvitre dos que detêm o
poder.
Uma vez que, um dos pais do socialismo, Karl Marx decretou que, “a
religião é ópio do povo” mera droga, centenas de milhares de pessoas foram perseguidas
e mortas em seus domínios, por professarem a fé em Deus.
Entretanto, os “socialistas”
tupis, além de outras causas de valor mui duvidoso, esposam em seus programas a
descriminação do uso de drogas. Ou seja: Em sua moral o Estado determina quais
drogas podemos usar. Maconha, Crack, Cocaína, heroína, êxtasi, Oxi, poooode!
Como diria a Dra. Lorca. Mas, fé em Deus mediante uma profissão religiosa, “isso
não te pertence mais” lembrando a outra personagem.
Quando vejo certos párias
propositores de tais excrecências aplaudidos me ponho a pensar na causa. Seria
identificação, ou, prostituição.
Mas, a política joga com mentes incautas, com
essa coisa rasteira, pueril, de apontar eventuais erros de A, para “justificar”
descaminhos de B. Acontece que as pessoas em sua maioria já estão somatizadas domesticadas,
drogadas, incapazes de pensar. O máximo que conseguem é torcer. Aí, cada
diatribe do “seu time” ao adversário é um gol, precisa ser aplaudido.
Essa sempre
foi a tática dos tais, o fracionar a sociedade, “nós” contra “eles”. Ser um de
nós é mérito, um deles, vergonha.
O reino de Deus, mencionado ao princípio, se ocupa
com verdade versus mentira, o resto, absolutamente, não interessa. Preceitua
ter misericórdia dos desfavorecidos, mas, também o respeito ao arbítrio e ao
mérito. Que cada um colha do que plantar.
Mais; que vagabundos não recebam de
graça seu pão. “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto,
que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” II Tess 3; 10
Em suma, O
Reino de Deus, não é desse mundo em sua escala de valores, embora, nele, deva
ser difundido via os excelsos valores do céu. Heróis da política hoje, podem
ser presidiários amanhã; O reino de Deus faz homens livres.