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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Trabalho de Deus

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, ou, se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.” Is 64;4

Malgrado, Ele seja Senhor, a revelação de Isaías dá o que pensar... Deus trabalha para aquele que Nele espera. Um tanto assustador, irônico, O Senhor trabalhando para o servo. Cheias estão as Escrituras de exemplos assim. Deus trabalhou; abriu caminho no mar, alimentou no deserto, pelejou pelos servos Seus.

Na verdade, tenciona relação mais estreita que Senhor e servo; quando instado a ensinar orar Jesus disse aos discípulos que deveriam orar: “Pai Nosso...” Mediante Cristo recebemos adoção de filhos; passamos a um relacionamento de família espiritual com O Senhor. Quanto à provisão, pois, “...não devem os filhos entesourar para os pais, mas, os pais para os filhos.” II Cor 12;14

Assim, Ele diz: “... buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta cada dia o seu mal.” Mat 6;33 e 34

Contudo, Ele nos dá bens requerendo cooperação, trabalho. Que pai há que não deseje identificar traços seus nos filhos? Assim, se Ele trabalha, nos abençoa a medida que trabalhamos também. Muitos sonham com milagre das provisões sobrenaturais e desprezam a beleza do milagre do relacionamento, apesar de sermos tão falhos, indignos.

Ora, fez chover Maná no deserto porque era absolutamente impossível retirar alimento de uma terra como aquela; entretanto, inseridos em Canaã, a benção não era mais necessária, era hora do trabalho. “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. No outro dia depois da páscoa comeram do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos de Canaã.” Js 5;10 a 12

Alguns incautos vociferam: “Somos filhos de Rei, merecemos o bom e o melhor”; após observações como essa, “determinam, decretam” o que desejam para si, ou, para incautos que se sujeitam às maldições de suas orações.

Como assim? Nem toda oração carreia bênção. Gente presunçosa, sem noção que desonra O Eterno atrai maldição. “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se, não ouvirdes e não propuserdes, no coração, dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, amaldiçoarei vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2;1 e 2

Quer a relação seja de Filho, quer, servo, ambas demandam reverência, humildade; “...O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se Sou Pai, onde está minha honra? Se Sou Senhor, onde está meu temor? diz o Senhor dos Exércitos...” Cap 1;6

Que os salvos são filhos de Rei é verdadeiro; na mesma oração que mandou chamarmos ao Senhor de Pai, disse: “Venha Teu Reino...” Ele é Rei dos Reis. Contudo, disse mais: “Meu reino não é desse mundo.” Assim sendo, estamos no “exterior” somos embaixadores num reino adverso; não usufruímos cá a plenitude do Reino.

Se, Deus trabalha por aquele que Nele espera, duas coisas apenas se requer dos beneficiários do Labor do Santo: Uma: que estejam Nele; outra: que esperem. Alguns pensam que estar Nele é sinônimo de estar na igreja, mesmo que, alimentando os mesmos anseios insanos e pecaminosos de antes, não! Paulo foi categórico: “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Portanto, se inda são as “coisas velhas” o motor de minha busca e o combustível das minhas orações, tenho fortes razões para duvidar que eu esteja mesmo, “Nele.”

Depois, esperar com fé não é traçar um limite de tempo, ou, circunstâncias, até aqui; como a mulher de Jó; se, achar que a coisa foi longe demais, “amaldiçoa Deus e morre”; antes, como disse o mesmo Jô um tanto depois: “Ainda que me mate, Nele esperarei”; Sendo Ele Deus, Senhor, Criador, a vida está em Suas mãos; bem pode ressuscitar mortos.

Desse modo, se para a doida da esposa, a dor extrema justificaria uma blasfêmia suicida, para o fiel Jó, nem mesmo as garras da morte poderiam estrangular sua fé.

Em suma, a fé não faz acontecer; antes, espera confiante Naquele que tudo Pode; inclusive, saber a melhor hora de mudar nosso pranto em alegria. A mesma fé que sabe que a alegria vem de manhã confia que é o Eterno que determina o tamanho da noite.

domingo, 15 de maio de 2016

"Seguidores" indesejáveis

Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

Segundo O Bom Pastor, Suas ovelhas O seguiriam, e evitariam estranhos, a voz dos tais lhes soaria desconhecida.

É comum nas redes sociais, pessoas terem “seguidores”, tantos, mais, quanto mais conhecida for a celebridade; e, mesmo pessoas comuns possuem os seus, de acordo com a influência que exercem sobre as tais, que as seguem. Tanto no caso primeiro das ovelhas com O Pastor, quanto nesse último, parece que o elo baseia-se em certa identidade, admiração, entre seguido, e seguidor.

Pessoalmente não gosto da ideia; não sigo a ninguém, tampouco, tenho seguidores. Tenho leitores, uns, assíduos, outros, eventuais, isso me basta, digo, basta para seguir escrevendo, pois, sem leitores, tal labor perderia o sentido.

Porém, quando quem nos segue, ou, o que nos segue é algo mau que nos pode prejudicar? Bem, qualquer pessoa psicologicamente sadia evitaria tal assédio, se assim pudesse, livrar-se-ia da indesejável visita, e os malefícios que  poderia trazer.

Moisés advertindo aos líderes de duas tribos que desejaram as terras aquém do Jordão, antes de entrarem em Canaã, autorizou-os a construírem abrigos para  animais e crianças, antes de participarem das batalhas pela Terra Prometida. Porém, desencorajou eventual omissão com as palavras que seguem: “se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; sabei que o vosso pecado vos há de achar.” Núm 32;23

Claro que a ideia de serem achados pelo pecado é uma figura de linguagem retórica; o que ele queria dizer, de fato, é que o juízo, as consequências pelo pecado os achariam a seu tempo.

Os irmãos de José que foram a ele sem o reconhecer no Egito, ante as aflições sentidas, então, dadas as rudes exigências do Governador, disseram: “... Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois, vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia. Ruben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas, não ouvistes; vedes aqui, o seu sangue também é requerido.” Gên 42;21 e 22

Nosso pecado nos achou; de certo modo, disseram eles. É fatal equacionarmos a longanimidade Divina com permissividade; tolerância com aprovação. Salomão refletiu sobre o assunto: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Mediante Isaías o Eterno denunciou o fim de Sua Santa Paciência: Por muito tempo me calei; estive em silêncio, me contive; mas, agora darei gritos como a que está de parto, a todos os assolarei e juntamente devorarei.” Is 42;14  

Depois referiu que Sua Paciência fora mal interpretada: “Mas, de quem tiveste receio, ou temor, para que mentisses, não te lembrasses de mim, nem no teu coração me pusesses? Não é porventura porque eu me calei, isso, há muito tempo, e não me temes?” Is 57;11

Muitas das dores que nos assolam, que erroneamente reputamos como causas, são já consequências de nossos pecados, da maldição que pesa sobre os desobedientes. Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Mas, como nos livraríamos dessa “seguidora” funesta, a maldição, se, somos todos pecadores? Paulo ensina: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Acontece que O Salvador resolve, mediante perdão, aos arrependidos, as consequências espirituais dos erros cometidos antes de O conhecermos; depois, nos responsabiliza por nossos atos. Spurgen dizia: “O cristão que ainda se deleitar com os frutos malsãos do pecado, fatalmente beberá o chá feito com as folhas amargas das consequências.”

Se aprendermos a nos identificar com a voz do Bom Pastor, Ele nos conduzirá na prática das coisas contra as quais, “não há lei.” Aliás, o cumprimento dos Santos preceitos, além de tolher o concurso das maldições, ainda, nos dá uma série de “seguidores” cuja vinda redundará em galardão no juízo. Ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; as suas obras os seguem.” Apoc 14;13

Frequentemente se diz que da vida nada levamos, o que é meia verdade apenas. Nada de material, contudo, nossas obras, conhecimento, valores, são patrimônio espiritual; irão conosco; elas dirão, em última análise, se seguimos a exortação do Mestre para que fizéssemos um “Tesouro no Céu.”


Às vezes, quando considero as tremendas consequências advindas das pequenas coisas ... sou tentado a pensar ... não existem pequenas coisas. Bruce Barton

A vontade engana

Fez notórios seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos filhos de Israel.” Sal 103;7

Há uma grande diferença entre as coisas como são, e como vemos. Daí, se diz, que as aparências enganam, embora, às vezes o engano verta de outra fonte.  Se tratando de coisas espirituais, sobretudo, as pessoas tendem a ver a partir da vontade. Noutras palavras: Veem o que querem ver. Por exemplo: Quantos ateus, que não tendo um exemplo sequer de uma espécie sendo transmudada em outra, ainda assim, “veem” como plausível a Teoria da Evolução, pois, não conseguem “ver” Deus através da criação, ou, da Palavra?

A mesma Palavra ensina que tal “cegueira” é voluntária; invés de os inocentar, aumenta-lhes a culpa. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;20 a 22 Viram Deus, entretanto, preferiram a escuridão, a insensatez.

O texto do Salmista ensina que, tanto os feitos, quanto, os caminhos do Senhor, foram notórios, isto é, fáceis de perceber. Contudo, o fato de que algo é fácil de perceber, compreender, são significa que é igualmente fácil de executar. Tanto que, os caminhos do Senhor no Êxodo, levavam Israel de encontro a combates, depois, dada a rebelião, incredulidade, dos que temeram lutar, como se a vitória derivasse deles, não, do Senhor, posto isso, digo, os caminhos retiveram a nação no deserto por quarenta anos, antes de ingressar na terra prometida. A geração que fora liberta para caminhar rumo à promessa, se viu caminhando em círculos, a espera da morte, por ter blasfemado contra Seu Libertador.

As promessas Divinas são imutáveis no que tange a Ele, Sua Fidelidade, Seu Caráter; no que diz respeito a nós, condicionais; dependem de nossas respostas, nos quesitos, crer, e obedecer à Vontade do Eterno.

Nossa covardia comodista anseia facilidades, a sobriedade necessária dos “Caminhos do Senhor” nos desafia às responsabilidades. E muitos, para fugir dessas, falseiam as coisas, turbam a própria visão, como se, ao fingirem não ver claramente o dever, fossem eximidos da culpa, pela eventual omissão em cumpri-lo.

Muitas declarações de fé feitas em cenário de “tempo bom” não passam de coloridas esperanças que, as facilidades circunstanciais permaneçam indefinidamente. Essa “fé” sazonal, a rigor, não é fé; hipocrisia conveniente do bobalhão que trai a si mesmo.
Embora viceje uma geração de pregadores festeiros que faz parecer que a “avenida da fé” é um amplo espaço de conquistas, a Palavra sempre advertiu que se trata de adstrita vereda, dever, responsabilidade. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

O mundo vive seu porre dos direitos, todos os comportamentos, faixas etárias, mas, ante Deus, a senda do dever se requer como aprendizado desde a infância: “Ensina o menino no caminho que deve andar; até quando envelhecer, não se desviará dele.” Prov 22;6

Se, por um lado é certo que, aquele que deveras não vê, conta com certa misericórdia, pois, “...Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, por outro, não menos certo é que, a maioria finge não saber o que sabe, para não abrir mão do gosta.

Sua “cegueira” deriva de uma vontade rebelde que acostumou ao prazer na maldade, e disso não abre mão, prefere o escuro. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque, são feitas em Deus.”Jo 3;19 a 21

Uns assim, como aqueles do Êxodo, recusam o combate, ( cruz ) duvidam da fidelidade e bondade de Deus, também andam em círculos no deserto da vida, a espera de uma morte sem esperanças. Daquela geração, entraram Josué e Calebe, dois que creram, apenas; da nossa, dentre os muitos convidados, uma minoria de escolhidos, infelizmente.


Os caminhos do Senhor são notórios, mas, pouco influi a Luz, ante quem aprendeu amar as trevas. “Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois a sua boca se encherá de cascalho.” Prov 20;17