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sábado, 20 de abril de 2019

Avessos Peregrinos

“Sucedeu que fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras... foram muitos mais os que morreram das pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada.” Jos 10;11

Uma nuance da conquista de Canaã sob liderança de Josué em consórcio com O Todo Poderoso. Consórcio até mesmo bélico. Homens combatendo mediante espada e Deus por saraiva.

Precisamente isso significa Israel; aquele que luta com Deus. Há diferença entre, lutar com Deus e “contra” Deus. Embora o incidente de Jacó em Peniel sugira uma luta contra O Senhor e tenha havido o detalhe físico do ferimento na sua coxa, foi antes de tudo, uma luta espiritual do Anjo do Senhor com ele.

Antes que derrotar a um adversário imbatível, Jacó desejou ser por ele abençoado; “Não te deixarei ir se não me abençoares...” depois de admitir-se “Jacó” (enganador) foi abençoado e convertido em Israel; aquele que luta com Deus.

Se, desejar a primogenitura que Esaú desprezara tivera um afeto agradável ao Eterno, o método de consegui-la mediante engano trouxera para o palco a náusea do pecado; agressão às Santas Narinas de Deus. Tinham contas a acertar. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal; a opressão não podes contemplar...” Hc 1;13

Esse lutar com Deus de Jacó foi transferido à sua descendência; à nação que O Senhor fez se formar ainda em cativeiro e graciosamente libertou mediante Moisés.

As dez pragas que dobraram Faraó, bem como outros incidentes da peregrinação pelo deserto deixaram patente que, O Eterno requeria tão somente obediência do Seu povo; assim, Ele mesmo fazia o que lhes era impossível. “O Senhor pelejará por vós e vos calareis...”

Todavia, desobediência campeia onde houver carne; “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus...” Rom 8;7 A dona rebeldia logrou essa letal mudança de um povo que lutara “com” Deus, para outro que passou a lutar contra. “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

Isaías realça a Empatia Divina, antes de “virar o fio” por causa da rebelião; “Em toda a angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e sua compaixão ele os remiu; tomou-os e conduziu-os todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes; contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

Duas coisas necessariamente acontecem quando alguém, antes fiel, rebela-se contra O Santo; Primeira: Surge entre ele e O Senhor o muro da separação; “... vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; os vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Segunda: Essa alienação é interpretada pela carne pecaminosa como fruto do método, não do mérito. Refém desse engano, o pecador, invés de buscar a causa em si, nos seus próprios pecados busca-a em Deus; invés de arrependimento para perdão parte para um “plano B”, acrescentando pecado a pecado como disse o mesmo Isaías.

O Rebelde Saul fez assim, quando O Eterno não mais o respondia; buscou uma feiticeira;

Israel como nação, então, privada do socorro Divino pela sua rebeldia buscou apoio justo, onde fora antes oprimido; no Egito. “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; se cobrem, com uma cobertura, mas não do Meu Espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; que descem ao Egito sem pedirem Meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó e confiarem na sombra do Egito.” Is 30;1 e 2

Pois bem, a peregrinação aquela tipifica à nossa; a diferença básica é que o objetivo era a conquista da Terra da Promessa; agora, em Cristo, o Reino dos Céus. Se, antes a luta era contra os ímpios ocupantes da região almejada, agora é contra os vícios habitantes nas almas a serem salvas.

Deus “lançou” à Terra A Pedra Angular, Jesus Cristo; Ele veio trazendo-nos a Espada do Espírito; (Sua Palavra) o adversário a ser vencido não ocupa nosso pretendido lugar; mas, o de Deus. “Negue a si mesmo, tome sua cruz...”

Ou, lutamos contra nós mesmos crucificando más inclinações tendo Deus ao nosso lado, ou damos vazão aos anseios pecaminosos fazendo-nos inimigos Dele.

O “Evangelho da Paz” demanda guerra ao pecado para sermos reconciliados com Deus.

Mercenários que oferecem pão da Terra em lugar do Celeste são como os hereges antigos que, tendo sido maravilhosamente libertos perderam a comunhão por desobediência e agora tentam mascarar o lapso de Deus voltando ao Egito.

Peregrinam suicidas do lugar das bênçãos para o habitat das pragas.