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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Deus Está Ultrapassado?

"Levanta-te! Vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que te digo.” Jon 3;2

Um recall no ministério de Jonas; depois de hospedado por três noites no “Baleia’s Resort” arrependeu-se de sua fuga e se dispôs a pregar. O Senhor, invés de acrescer algo novo ao sabor dos acontecimentos mandou pregar a mesma mensagem; era a segunda chance para o profeta, não, segunda opinião de Deus.

Deixando por ora o arauto de Nínive olhemos para esse aspecto, a constância Divina em Suas decisões.

Platão dizia que os filósofos eram o meio termo entre sábio e ignorante. Esse – dizia - não filosofa porque sente-se seguro na ignorância; aquele, o sábio, não o faz porque não precisa. Sendo a filosofia uma busca pela sabedoria, quem já a possui não carece. Nesse molde apenas O Criador se encaixa.

Nós somos uma mescla de verdade e mentira, erros e acertos; opiniões que adiante carecemos refazer; pois, os fatos mostram que estavam erradas. Voltar atrás, muitas vezes é saudável; mostra evolução no processo de crescimento psicológico e espiritual.

Certa vez o rei moabita Balaque requisitou os serviços espirituais de Balaão. Ofereceu-lhe grandes somas para que fizesse suas mandingas; amaldiçoasse ao povo hebreu. Ele orou ao Senhor e a resposta foi que não tentasse aquilo, pois, tratava-se de um povo sob a proteção Divina.

Mas, estimulado pelo aumento do “cachê” insistiu uma e duas noites mais, tentando fazer o Senhor mudar de ideia e permitir uma amaldiçoadazinha básica em troca de tão vultosa oferta.

Vendo a teimosia do mercenário O Eterno disse: Vai. Mas, no caminho teve o espantoso episódio da mula recusando-se a ir; depois falando com ele, até que, enfim, o ganancioso suicida viu o Anjo do Senhor com espada nas mãos.

Assim acontece conosco quando desobedecemos. Fazemos-nos piores que os animais, marchamos por interesses doentios ao encontro da morte. O supra-sumo da ironia: Um que era profeta, portanto, apto a falar por Deus aos homens, sendo protegido por um “profeta” quadrúpede.

O Misericordioso Senhor o deixou ir, mas, não para anunciar uma segunda opinião; Dissera que aquele era um povo bendito, assim, só o poderia abençoar. “Deus não é homem para que minta; nem, filho do homem, para que se arrependa; porventura diria e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado; eu não posso revogar.” Núm 23;19 e 20

O Eterno É a Sabedoria; portanto, Suas decisões não carecem emendas. Se, faz alguns arranjos temporais como o sacerdócio levítico, o faz para nos ensinar e suprir nossa incapacidade de entender plenamente o mundo espiritual; então, Sua revelação progressiva, mediante tipos proféticos, ou, “sombras dos bens futuros” se alinha com nossa incapacidade, não, com um aperfeiçoamento de quem É Perfeito.

“Jesus Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 “Toda a boa dádiva todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tg 1;17

Judas diz que Balaão amou o prêmio da injustiça; Ora, qualquer que faz o mesmo, opõe-se à Palavra de Deus anda por caminho semelhante; igualmente se perde no final. Acharmos que a Palavra está obsoleta, precisa ser modernizada, reinterpretada à luz da sociedade atual equivale a nivelar Deus conosco; estaria Ele, como nós, aprendendo.

Porém, Ele pretende certa diferença: “Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, são os meus caminhos mais altos que os vossos, e, meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Logo, os “teólogos liberais” que pretendem uma teologia “inclusiva” contrariando À Palavra dada não estão “aperfeiçoado” Deus; antes, blasfemando atribuindo-lhE estatura humana. “Onde tu estavas quando eu fundava a Terra”? Perguntou a Jó. A mesma questão cabe a esses.

Ontem deparei com posts imbecis dizendo que estamos voltando à Idade Média, porque o STF permitiu o ensino religioso confessional nos colégios, mesmo que, facultativo. Para esses “modernistas” ensinar A Palavra de Deus é coisa da Idade das Trevas.

Contudo, expor “arte” que promove zoofilia, homossexualismo, pedofilia, aí é um neo-iluminismo cultural. Se, O Santo fosse “aperfeiçoado” aos moldes desses tornar-se-ia igual ao diabo.

Jonas reconsiderou sua rebeldia, voltou atrás, salvou-se e a todos que lhe deram ouvidos.

Arrependimento, contudo, numa geração que se orgulha de dizer: “Só me arrependo do que não fiz” parece distante, infelizmente. Não foi a mula, mas, o mais sábio dos homens que falou desse tempo: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Por quê, Deus contende conosco?

“Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por quê, contendes comigo.” Jó 10;2 O caso de Jó era peculiar. As razões da contenda não derivavam da Vontade de Deus, antes, da inveja caluniosa do inimigo que imputou ao servo fiel, motivos vis.

Mas, quando o Eterno contende conosco, por quê, o faz? Aliás, Ele contende conosco? Segundo A Palavra, sim. Desde o primeiro livro da Bíblia isso está expresso: “... Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém, seus dias serão cento e vinte anos.” Gên 6;3

Não obstante ser, longânime, uma hora isso acha termo. Naquele contexto, de violência, depravação total, o Eterno estipulou em 120 anos mais, Sua “contenda”, Sua busca por obediência, justiça; após, o juízo, como se verificou no Dilúvio.

Isaías apresenta a rebeldia como razão da discórdia: “Em toda a angústia deles ele foi angustiado; o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor, pela sua compaixão, os remiu; os tomou, conduziu todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes, contristaram seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63; 9 e 10 Primeiro mostra O Senhor sofrendo junto as aflições do povo; depois, se tornando inimigo em face à rebeldia.

Alguns interpretam mal a sina, quando, Jacó lutou com O Anjo do Senhor e “venceu”, como se, isso fosse possível. Ainda que o anjo apareceu na forma varonil, foi, antes de tudo, uma luta espiritual, onde exigiu que Jacó confessasse seu nome; isso equivalia à admissão de ser enganador; depois, quando disse: “Não te deixarei enquanto não me abençoares” patenteia apenas o intenso desejo de ser abençoado, não a possibilidade real de deter o Anjo.

De Jacó, o enganador, seu nome foi, então, mudado para Israel, aquele que luta com Deus. Não no sentido de “junto” com Deus, antes, “contra”, tentando resistir.

Estobeu, pensador da antiguidade dizia: “Termina com má fama quem quer duelar contra o mais forte”; pois, quem poderia duelar com Deus e ganhar fama de vencedor? Ele mesmo põe a questão: “...Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles, juntamente os queimaria.” Is 27;4 

Assim, a contenda de Deus não visa vencer eventual força que tenhamos, antes, nossa rebeldia que resiste à Sua vontade, mesmo que essa, derive de Seu amor.

Como nos fez arbitrários, O Eterno busca nossa anuência, não como quem necessita, porém, como quem deseja. Antes que, ameaçar eventuais fugitivos de Seu amor, patenteia Seu sofrimento com isso, sem entender a insanas razões dos que escolhem a morte: “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas, que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis, ó casa de Israel?” Ez 33;11

Alguns que equacionam amor com permissividade amoral, dizem que, Deus não vai matar ninguém. Quer dizer que a Cristo, que era inocente, morte; a nós que, somos culpados, mesmo sem arrependimento, mesmo perseverando na rebeldia, salvação? Cristo morreu por quê? Se justiça não conta, apenas, amor, a Cruz teria sido um erro de cálculo?

Não nos enganemos, a leitura celeste da Cruz, além da misericórdia, vê outros predicados mais: “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A verdade brotará da terra, e justiça olhará desde os céus.” Sal 85;10 e 11

Por isso Deus luta conosco, porque, mesmo nos amando, ama à justiça também, desse modo, não pode nos salvar à revelia disso, que entrelaça-se ao feito Majestoso de Jesus. “Ninguém vem ao Pai, senão, por mim.”

Enquanto o Santo peleja, ainda quer salvar; triste será se disser de nós, como disse dos Fariseus: “Deixai-os, são condutores cegos...” Em dado momento O Senhor desiste de esperar mudanças nos caracteres humanos, apenas, exorta que cada um deixe patentes suas escolhas: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Todos os profetas fiéis foram contenciosos; os servos de hoje, ainda são; Não pra porfiar pela contenda, antes, pela justiça, que, no fundo, é nuance do amor Divino tentando situar ao homem, salvá-lo. “Seja qualquer que for, já seu nome foi nomeado, sabe-se que é homem, que não pode contender com o que é mais forte que ele” Ecl 6;10

Se, Deus fosse um tirano opressor rastejaríamos; como é um Pai que ama, nos rebelamos. Assim, Ele precisa lutar conosco por sem Bom. Todavia, não É tão “bom” a ponto de deixar de ser Justo. Arrependimento e bandeira branca encerram a luta.