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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A voz estranha


“Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

Jesus, O Bom Pastor, ensinando sobre Si e Seu relacionamento com as ovelhas. Intimidade tal, a ponto de recusar vozes alternativas, por estranhas.

Isso não se dá num passe de mágica como se bastasse alguém se dizer cristão para, imediatamente virar ovelha de Cristo apta a conhecer Sua Voz.

Inicialmente, O Deu Vivo é Estranho para nós, como era, admitido pública e solenemente pelos Atenienses; “Porque, passando eu e vendo vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus Desconhecido. Esse, pois, que vós honrais, não conhecendo é que vos anuncio.” Atos 17;23

O primeiro passo esperável dos chamados a ser ovelhas Dele é ousadia de praticar Sua Palavra, para aferir a Origem; “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

“Se alguém quiser fazer a Vontade Dele.” Isso deixa a escolha absolutamente livre; se quiser; porém, é precisa no que se refere ao quê, seguir; “A Vontade Dele.” Assim somos livres para aceitar ao não a Palavra; não para alterá-la ao nosso bel prazer.

O segundo é a perseverança nos ensinos como iniciação ao discipulado; “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos;” Jo 8;31

A Voz do Bom Pastor, (doutrina) é feita conhecer mediante muitas vozes humanas dos que Ele escolhe e capacita; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé; ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13

A necessária edificação, que nos leva a “varões perfeitos” ou, tanto quanto possível aproxima da “Estatura de Cristo” é que nos dará discernimento para o que é ortodoxo e o que é espúrio; noutras palavras, entre a Voz do Pastor e a dos estranhos. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Tiago ensina a distinguir entre as origens distintas; “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” Cap 3;13 a 15

Notemos que a distinção é na arena dos sentimentos, não do intelecto; “Inveja, sentimento faccioso...” assim, as mesmas palavras podem ser a “Voz do Pastor” ou de estranhos, dependendo do “combustível” que as anima.

Por isso, sem o Novo Nascimento, a inserção na dimensão espiritual, nada feito; Deus seguirá sendo-nos um desconhecido e as aparências ainda nos vitimarão; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

O Espírito em nós adverte das ambiguidades e nos chama à prudência para que não sejamos como o velho Isaque, em sua cegueira, enganado pelo trapaceiro Jacó. “A voz é de Jacó, disse, mas o cheiro de Esaú;” mesmo seus sentidos ainda ativos advertindo-o do logro, abençoou com a primogenitura ao que o enganava.

Os fiéis além de representarem a Voz do Pastor, ainda têm Seu Cheiro; “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. Para estas coisas quem é idôneo? Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.” II Cor 2;15 a 17

Sendo a distinção entre falso e veraz, sutil desse modo, que as mesmas falas podem comportar espíritos antagônicos, onde resta espaço para o famigerado ecumenismo em gestação?? O que têm Budismo, hinduísmo, islamismo, animismo, falicismo e outros ismos mais com a Voz do Bom Pastor?

Todavia, seu proponente maior, o Papa Francisco acena com a construção global de um “novo humanismo”; como estranhariam vozes espúrias os que jamais ouviram a do Pastor?

Desgraçadamente o infortúnio se repetirá; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6