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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

A Misericórdia do Senhor


“Pois assim como o Céu está elevado acima da Terra, assim é grande Sua misericórdia para com os que O temem.” Sal 103;11

A maioria da vezes em que enfatizamos a Grandeza Divina, o fazemos no tocante ao Poder. Não sei se é um subproduto de nossa fraqueza, nos impressionarmos mais com força, (ainda que seja impressionante) do que, com outro aspecto do Criador.

No verso do salmista vemos em realce a admiração pela grandeza da misericórdia.

Quando, mediante Isaías somos desafiados a cambiar nossos pensares pelos Divinos que são mais altos, (Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque, como os Céus são mais altos que a Terra, assim são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9)

Essa mudança é requerida para que, a grandeza da misericórdia atue a nosso favor; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque ‘grandioso é em perdoar’.” V 7

Essa grandeza não deve ser entendida como licença para pecar; antes, como estímulo a, tendo pecado, voltar-se arrependido para Aquele que perdoa. Como disse João: “Filhinhos, não pequeis...” o ideal; “... mas, se pecarmos temos um advogado...” o possível.

O Salvador chegou ao “absurdo” de rogar perdão aos que O crucificavam; não por que no fundo esses fossem bons; tampouco, porque a maldade humana não importasse para Deus; mas, porque a mesma era praticada sob patrocínio da ignorância. “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem.”

Então, se a Justiça Divina faz necessária a manifestação da Ira, O Amor do Santo traz a Misericórdia sempre disposta a germinar, onde encontra a terra fértil do arrependimento. Por isso a oração do profeta Habacuque: “Ouvi, Senhor, Tua Palavra, e temi; aviva, ó Senhor, Tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na Tua ira lembra-te da misericórdia.” Hab 3;2

Aliás, foi num cenário de terra arrasada pelo Juízo Divino contra Jerusalém e adjacências que Jeremias, o Profeta das lagrimas, compondo suas Lamentações exaltou ainda a misericórdia de Deus; “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque Suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a Tua fidelidade.” Lam 3;22 e 23 Fora consumida a cidade, debelado o poder, o governo entregue aos caldeus; mas, a maioria das vidas ainda fora poupada; o profeta via nisso a Santa Misericórdia.

Então, são falsos os argumentos dos que, amando às trevas mais que a Luz “justificam-se” dizendo agir assim por não ter escolha. “Para mim não tem mais jeito, já fiz maldade demais; Deus não me perdoaria”. Paulo argumenta; “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação; Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para a vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Paulo fora cúmplice da morte de Estevão, perseguira à igreja embrionária; tais atos, vistos depois com melhores olhos o faziam sentir-se o príncipe dos pecadores; mesmo assim, foi perdoado e feito ministro da Palavra. “Dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério; a mim, que dantes fui blasfemo, perseguidor, injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.” I Tim 1;12 e 13

Outra vez, a ignorância como atenuante; não sem precedentes, pois, o apóstolo discursando aos atenienses disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”.

Entretanto, invés de erros derivados dessa, ultimamente temos visto agressões ao Santo, por meio de gente esclarecida, que decidiu abraçar à oposição.

Nesses tristes casos, onde, a humana obstinação faz inútil a Divina Misericórdia, só resta o juízo que é retardado, contudo, pela Longanimidade do Eterno cujo prazer maior é salvar. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis...” Ez 33;11

Não será O Senhor que matará a alguém em juízo; serão as escolhas suicidas que frutificarão, contra a vontade do Santo que envia o convite do amor e é rejeitado.

“Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33